segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ensaio: CAPAS DE LIVROS - SOBRE PADRÕES DE MARKETING



Todo mundo costuma confundir pessoas famosas, sejam autores, sejam cantores, sejam atores. É muito mais fácil, é claro, você confundir Keira Knightley com Natalie Portman, ou Julia Roberts com Sandra Bullock, já que são parecidas fisicamente e estão direto aparecendo fisicamente nas mais populares mídias, do que confundir escritores, no entanto, que ainda estão numa margem um pouco distante em comparação a alguns outros tipos de arte mais adorados pelas pessoas (você sabe que é verdade – ainda que este quadro esteja, graças aos céus, mudando). Às vezes, os nomes são parecidos e você faz uma confusão ali, outra acolá (que nem meu amigo que insiste em confundir toda maldita vez Robert Jordan, autor de A Roda do Tempo, com “o carinha que escreveu o Percy Jackson”), mas nunca é nada demais, é só uma doidicezinha básica que nos acomete de vez em quando. A doidice, no entanto, que me fez confundir essas três autoras – a situação é muito pior, vejam: não confundi só duas, confundi três (o desastre foi consideravelmente mais desastroso que o normal) –, não teve muita explicação. E foi tão certa quanto, às vezes, algumas pessoas pensam que seus sonhos tidos pelas madrugadas aconteceram de verdade, em algum momento do passado: eu tinha certeza que elas eram a mesma pessoa. Como não poderiam ser?

Emily Giffin, Jane Austen e Nora Roberts.


Os títulos dos livros eram meio parecidos (na minha cabeça), os nomes também (céus, como diabos alguém vai confundir Emily com Nora?); as capas não se diferenciavam tanto – principalmente as das duas primeiras –, e os enredos sempre se assemelhavam de alguma forma. Era sempre um amor, que no meio tinha um drama, e depois se tornava algo legal de onde poder-se-ia tirar uma mensagem bacana pra sua vivência amorosa e eu sentimental. Não estou desprezando esse tipo de livro, veja bem: eu leio este tipo de literatura. Sou apaixonado por este tipo de texto. O que estou tentando explicar aqui é o quanto que alguns pontos dos estilos dessas escritoras de certa forma são próximos a ponto de me fazerem ver, na tríade, uma só pessoa. Pensando bem, na verdade, talvez eu esteja até agora tentando ver exatamente como diabos eu confundi essas autoras. Acho que o mais absurdo é ter metido a Jane Austen no meio. Ela tem quantos anos de diferença entre Roberts e Giffin, cem?

O fato é que eu aprendi a diferenciar as três grandes autoras – nunca vou me esquecer da cara de desprezo divertido que a minha amiga Jeniffer (a proprietária do Meu Outro Lado, aliás) fez pra mim quando eu disse que achava que Orgulho e Preconceito havia sido escrito pela Nora Roberts –, e isso de confundir escritores nunca mais aconteceu. Entrei de cabeça e estou afogado até agora nesse mundo bibliófilo maravilhoso, e aprendi a reconhecer nuances de obras, escritores e enredos – até porque resenho, então isso é algo necessário: você conhecer traços, detalhes de estilos de escritores. E é com esse novo ótimo conhecimento obtido pela experiência que finalmente percebi que existe realmente como nos confundirmos com algumas coisas na literatura, e que isso, de certa forma, é normal. Afinal: com uma enxurrada tão grande de literaturas e novos escritores nascendo pra todo lado, é impossível não cometer algumas confusõezinhas.

Mas o fato é que algumas coisas são propositais. Estão ali para causar certa confusão na cabeça do leitor justamente por uma questão de puro marketing. Eu realmente peço perdão a qualquer mágoa que posso causar em citar esse autor que é tão assustadoramente aclamado pelas pessoas e crítica, mas acho que não tem como fugir desta citação: Nicholas Sparks é o maior exemplo disso. Existe um padrão para esse autor, um padrão criado para que seus livros sejam identificados sem que você se preocupe muito em olhar a sinopse. É um padrão feito para você pensar: “Opa, é livro do Nicholas Sparks”. O exemplar é reconhecido tão obviamente que você, se é fã, já pega o livro com pressa, ou se não gosta do autor, já nem se digna muito em olhá-lo. Isso, apesar de ser um golpe de marketing e divulgação bastante astuto, tem seus furos quando se é considerada essa gama de pessoas que nem ao menos olha o livro por saber que o mesmo já é do autor em questão. Sparks escreve sobre romance, obviamente: este é seu estilo. Entretanto, existem obras e enredos do mesmo que sim, se divergem daquilo que é seu costumeiro e que possuem uma originalidade interessante, fatores que contribuiriam, sem dúvida alguma, para que os livros de Sparks alcançassem mais leituras e estantes. Não vou afirmar que algumas de suas publicações não alcancem leitores que não exatamente apreciam romances e seu estilo, mas se os designs de capa se alternassem, saíssem do que é comum – não fosse quase sempre um casal caucasiano se olhando e quase se beijando –, quem sabe o quanto mais a escrita do autor poderia alcançar? Um grande amigo meu (Jônatas, dono do Alma Crítica), leitor assíduo do autor, já me afirmou que existem leituras diferenciadas do que se tem ideia do que seja “livros de Nicholas Sparks”: livros lotados de exacerbado sentimentalismo. “Ele é realmente um bom autor”, ele me disse, “O problema é que todo mundo pensa que Sparks é só Querido John e Um Amor para Recordar, e não é bem assim”. Ele citou Um Homem de Sorte e O Melhor de Mim como leituras que apresentam propostas diferentes, do Nicholas Sparks. Vão entrar, sem dúvidas, pra minha lista de leitura, para que eu realmente tire isso a limpo. (Quando ela folgar um pouquinho, de preferência)

E não é só com Nicholas Sparks que isso acontece, aliás. Se você prestar atenção nas capas dos livros de Emily Giffin (sempre seu nome em letras garrafais escrito por cima de um fundo opaco, as capas com uma fotografia romântica e paisagista), nos de John Green (aquelas capas com estilo divertido, nerd, com fontes diferentes do usual), nos de Harlan Coben, nas de Cecelia Ahern (ela é quase o Nicholas Sparks versão feminina, nessa questão de capas – o último lançamento pela editora Novo Conceito deu uma diferenciada no que estava sendo publicado, graças aos céus), e de todos aqueles romances de banca, você notará padrões. É claro que padrões são estritamente necessários em alguns casos, como em séries de livros (como Percy Jackson, Harry Potter, Beautiful Creatures, Ciclo da Herança, As Crônicas do Gelo e Fogo) e nos casos de um design de capa padrão de todos os livros de alguma editora (o selo Alfaguara da editora Objetiva é exemplo), mas quando este design se torna taxador e obviador de uma obra por conta de um autor, eu pessoalmente discordo. Há um grande risco de tirar a identidade do livro e torna-lo vítima de prévios conceitos de leitores.

Como alguém que pretende um dia viver apenas de literatura e ter obras publicadas, honestamente não apoio este tipo de padrão de marketing e, ainda num espírito de total franqueza, não gostaria nem um pouco que fizessem isso com minhas obras. Consigo entender todo esse método de divulgação, e até consigo pensar que isso possa ser algo mais barato para as editoras (para quê pagar por outra ilustração de capas, e possivelmente por outro ilustrador, enquanto se tem ali um modelo de design pronto e viável?), e também inúmeros outros motivos e dificuldades de editoras no Brasil hoje em dia para bancar publicações e muitos dos caprichos de escritores, mas, como aspirante a escritor profissional, não concordo. Ainda que algo mais barato, ainda que algo não tão espalhafatoso ou As Crônicas do Gelo e Fogo (que, pra mim, é um exemplo cabal de um design de capa impecável – esse ilustrador francês, o qual o trabalho deve custar mais do que qualquer um de nós, reles mortais, pode pagar, é realmente brilhante), acredito totalmente que diferenciar e inovar são sempre opções válidas para surpreender e encantar aqueles que as editoras, os escritores, os revisores e todos os que trabalham com esse/nesse meio editorial querem impressionar e agradar: os leitores.


Mas acho que, talvez, tenhamos que esperar o dia em que a literatura no Brasil seja tão apreciada e valorizada como é em países como Inglaterra, Estados Unidos, França – e não vamos tão longe: Argentina também, logo aqui do lado. Talvez tenhamos que esperar este dia para que possamos exigir de nossas queridas e quebradiças editoras tudo o que realmente queremos quanto a publicação, divulgação e design. O que coloca sempre nós, que escrevemos críticas em relação ao mundo editorial brasileiro, em saias justas e entre a cruz e a espada. Afinal: entender o lado da editora? Entender o lado do escritor? Entender o lado do leitor?

Se possível, todos. Sempre todos.



O que achou do ensaio? Você concorda comigo, discorda? Deixe sua opinião nos comentários!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

de R. J. Palacio, WONDER (2012)

Título no Brasil: Extraordinário;
Quem escreveu? R. J. Palacio;
Editora: Intrínseca;
Tradução: Rachel Agavino;
Número de Páginas: 320;
Gênero: Infanto-Juvenil, Drama;
Nota (de 0 a 5)5.





Consegui Extraordinário – naquela linda primeira versão de capa, a “vermelha” – quase no período de lançamento e por um preço ótimo, revendido pela amiga de uma amiga. Dezoito reais foi o que paguei para ter o livro que tantos estavam falando sobre, e que, como sempre, eu me perguntava o porquê de tantos comentários. Curioso foi que eu simplesmente não quis lê-lo logo que comprei, sendo que estava realmente interessado antes de tê-lo em mãos. Eu acho que estava em outra vibe literária. Mas o fato é que, após eu ter o rosto praticamente enfiado dentro do livro por uma colega que havia lido o mesmo e se apaixonado pela história, eu finalmente decidi lê-lo. Eu precisava de uma escrita leve, pela qual minha leitura fluísse sem esforço. E escolhi Extraordinário para isso. O que eu posso dizer, pra início de conversa, é que foi uma sapientíssima decisão.

Esse livro fala sobre August (ou “Auggie”), garoto o qual cresceu com uma deformidade facial por conta de uma rara síndrome genética. Vivente de uma família maravilhosa e que sempre o cercou de amor e cuidados, Auggie se vê num novo mundo quando decide finalmente ir aonde todas as crianças comuns vão: à escola regular. É nesse novo mundo, com novas pessoas e a verdadeira realidade sobre seu eu que Auggie não só enfrentará os desafios e preconceitos de uma sociedade confusa – e por vezes perversa –, como também transformará a realidade e as mentes ao seu redor.

Extraordinário, apesar de estar “escondido” por detrás de uma narrativa “fictícia” – já que a própria autora deixou claro que muito desse livro é baseado em suas experiências pessoais –, é um livro essencialmente crítico. Foca, pelo ponto de vista de várias pessoas – não só do protagonista, Auggie, mas como também de seus amigos, dos amigos da irmã etc. –, no desafio que é viver na pele desse garoto tão especial, especificamente no quão confusas podem ser as pessoas defronte ao que lhes é diferente. Pessoalmente, eu me recuso a acreditar que o ponto central deste livro é o preconceito. Ao menos não completamente. Obviamente existem pessoas realmente preconceituosas no livro – os pais de Julian são a expressão completa da intolerância –, porém o livro trata não exatamente do pensamento preconceituoso, mas da incerteza e confusão na mente das pessoas perante o que não lhes é comum. A prova disso é que a maioria dos personagens do livro não exatamente odeia Auggie por sua aparência, mas sim tomam um choque ao vê-lo por antes nunca terem visto alguém como ele, e também temem lidar com isso. O foco do livro, então, essencialmente, eu digo que é o aprendizado: daqueles que estão ao redor de Auggie, daqueles que sempre conviveram com Auggie, dos que se afastaram de Auggie por qualquer motivo e, obviamente, do próprio Auggie.

O ensinamento do quão magnífico pode ser o poder de mudança nos corações é aquilo que mais me encantou no trabalho de R. J. Palacio. A verdade é que Auggie não é um simples menino: ele é uma força da natureza. Um garoto completamente comum, completamente comum, que tem a força e o poder de, apenas sendo ele mesmo, transformar e ensinar tanto às pessoas à sua volta. Essa “comunzeza” que a autora faz sempre, sempre questão de ressaltar, aliás, é muito importante: que Auggie é um garoto como todo e qualquer outro, com sentimentos, com gostos; que gosta de brincar no recreio e é fã de Star Wars. Esse trabalho de introspecção psicológica e emocional que R. J. Palacio fez, não só com o personagem principal, mas com todos os outros secundários, para demonstrar o que se passa em suas mentes e o quanto todas as situações os afetam, foi fascinante, a meu ver. Com uma indiscutível leveza e simplicidade, R. J. Palacio muito corretamente mergulhou no tema trabalho e mostrou tudo como realmente é.

Essa crueza do livro, aliás, por vezes é realmente chocante. Se você for alguém sentimental e que se envolve de verdade com os personagens de uma trama, como eu, então prepare-se para momentos de real choque. Esse livro realmente mexe com as suas emoções, se você se permitir levar por ele. Eu me vi rindo para as páginas desse livro; me vi realmente furioso com situações (e eu não sou do tipo de pessoa que se irrita facilmente); me vi profusamente chorando com outras (não me lembro de ter chorado assim com um livro desde que vi Ninfadora Tonks e Dobby morrerem em Harry Potter); e por aí vai. É também digno de nota que não é apenas Auggie e sua vida em si que são trabalhados, mas sim toda a realidade ao seu redor e todos aqueles que estão envolvidos em sua vida – e é por esse ponto que acho Extraordinário um livro com sua riqueza. R. J. Palacio trabalhou toda a teia que envolve August, não apenas o próprio, e conseguindo com verdade ser aqueles personagens na escrita. A abrangência é ótima, e também o teor de “mistério”, “suspense” (por falta de uma palavra melhor) é muito, muito bom. Existem pontos de vista, personagens e suas índoles que mudam de uma hora para a outra, e eu, sim, por três ou quatro vezes me vi embasbacado por ter sido pego de surpresa por R. J. Palacio. O que parece muitas vezes não é o que é – esse é outro ponto muito trabalhado por ela nessas 320 páginas. Acho que é por isso que nunca devemos, como diz a contracapa, julgar um livro pela capa. Eu me surpreendi com essa leitura como não pensei que me surpreenderia.

E, falando dos personagens: muito, muito bons. Existem personagens nesse livro que realmente conquistam você e o surpreendem de verdade. Pessoalmente, gostei muito de Jack – o melhor amigo de Auggie – e acho que me identifiquei com ele em muitas coisas. A sabedoria e sensatez de Sr. Buzanfa também é lindamente cativante. A doçura e maturidade de Summer também são lindas, lindas de se ler; o trabalho feito por Palacio na introspecção de Via, a irmã de Auggie, é realmente muito bom – a força, o amor dessa irmã são simplesmente emocionantes; o teor de redenção, em geral, também é um amor de acompanhar no decorrer do livro. Mas acho que os que mais me tocaram, sem sombra de dúvida alguma, foram os imensuravelmente maravilhosos pais de August. E Daisy, a cadela da família Pullman – a qual é uma metáfora maravilhosa e traz um grande ensinamento para os leitores.

Extraordinário me ensinou coisas preciosas que vou levar para o resto da vida. Esse livro me mudou, e é aquele tipo de livro que a gente acaba querendo que todo mundo leia. É um livro sobre humanidade, ensinamentos e, principalmente, amor. E não tenho dúvidas em dizer que se essas três coisas fossem ventiladas mundo afora, pessoas como Auggie não precisariam se representadas num livro para provar o quão comuns e extraordinárias são por simplesmente serem quem são. E nada mais.



Você já leu Extraordinário? O que achou da resenha? Discorda de algo, tem a acrescentar? Escreva nos comentários!

sábado, 15 de fevereiro de 2014

best videos ever: Parte I




Essa TAG é sobre vídeos que me tocam e que por algum motivo são lindos de se assistir e ouvir. É, como puderam ver no título, a parte I; haverão outras e outras partes - E, PUTS, eu tô tão feliz de estar escrevendo ela! Eu adoro de vez em quando só passear pelo Youtube, sem fazer absolutamente nada de importante, para ver performances e coisas do tipo, e muitas vezes acabo descobrindo coisas muito, muito boas e que me encantam. Esses vídeos abaixo são vídeos que, para mim, são encantadores e muito bonitos. Os porquês estarão explicados abaixo de cada vídeo.



Kelly Clarkson: Breakaway (UK)


Eu acho esse vídeo uma das coisas mais bonitas e doces do mundo. É da minha cantora favorita, Kelly Clarkson, a versão acústica de uma de suas maiores músicas. O vídeo foi feito para ser exibido na TV britânica durante sua turnê mundial, e é uma compilação da gravação de um show ao vivo com cenas dos bastidores do show. Esse vídeo mostra Kelly como ela é: divertida, alegre, simpática, introspectiva e carinhosa. É um vídeo lindo, que vale a pena assistir – e que também vale a pena ouvir, já que estamos tratando de uma das melhores e mais poderosas vozes do século XXI.


Avril Lavigne: Knockin On Heaven's Door


Esse vídeo foi feito quando Avril, no começo da carreira, regravou a canção de Bob Dylan para lançar no belo War Child Hope. O clipe tem uma belíssima, belíssima finalidade filantrópica. Avril é filmada nas gravações da música, e durante o clipe são mostradas tocantes imagens de crianças em meio às terríveis e injustas guerras que aconteciam na época, além de percentuais e informações sobre as consequências que as mesmas trouxeram ao mundo. É um vídeo... Lindo. E profundo. Que realmente vale a pena conferir.


Regina Spektor: How (ao vivo)


Essa é uma das músicas mais lindas dessa cantora que, ao meu ver, é uma das maiores pérolas da música atual. Regina Spektor é fascinante; tem um timbre doce, grande habilidade vocal e uma musicalidade simplesmente encantadora. Como eu disse, essa é uma das melhores canções da cantora, e, na minha opinião, uma das melhores composições de dor de amor. É uma música profunda, teatral e, ao meu ver, linda. Essa é uma performance impecável, e a qual eu realmente acho que vale a pena ouvir e assistir.


Birdy: Skinny Love (One Take)


Sei que esse vídeo vai parecer extremamente entediante pra maioria das pessoas e que elas nem ao mesmo vão clicar quando eu explicar como é, por isso devo dizer antes o porquê dele estar aqui: acho-o um vídeo que, por ser tão lindamente simples, é rico e tocante. É simplesmente Birdy – a dona de uma das vozes mais estonteantes que já ouvi, e a melhor cantora jovem (com menos e vinte anos) na atualidade, para mim – alternando o olhar (da câmera ao piano) e as expressões (da delicada tristeza à gentil impassibilidade) no vídeo. Aparentemente nada demais. Mas, na minha opinião, algo belo, poético e simplório. O que o torna digno de apreciação.


Amanda Seyfried's Love Song


Esse é um vídeo tão... Simples. E tão lindo exatamente por isso. Cruamente gravado, é apenas Amanda Seyfried (que, meu Deus, dona de uma voz tão... Linda – quem viu Les Misérables e ouviu “A Heart Full of Love” sabe disso) tocando e cantando uma música. Dois minutos. Simples dois minutos ouvindo e vendo uma mulher e uma voz açucaradas e delicadas numa canção tanto quanto. Esse vídeo é amor. Muito, muito amor. Amo assistir ele inúmeras, inúmeras vezes, initerruptamente.


P!nk - Dear Mr. President


Eu amo essa mulher. Eu amo essa voz. E mais do que tudo, eu amo essa música e essa performance, em especial. É tão... Chocantemente bela. P!nk consegue colocar suas emoções mais profundas em sua voz, trejeitos e expressões de uma forma avassaladora – e “avassaladora” é a palavra exata para escrever essa canção. Ela foi explicitamente escrita para George W. Bush, antigo presidente dos Estados Unidos (permitam-me vomitar agora por ter citado esse nome), e os ensinamentos que traz no meio de frases tão bruscas e emocionantes são lindos, lindos e importantes. Se você não entende perfeitamente o inglês, confira aqui a tradução da canção.


Booktrailer: Livre (de Cheryl Strayed)


Esse é... O melhor booktrailer da história dos booktrailers, na minha opinião. A história dessa mulher é simplesmente fascinante. Fascinante. Desde que li Comer Rezar Amar me apaixonei loucamente por histórias de superação e vitória, e esse é um perfeito e completo exemplo disso. Não vou spoilar nada, não vou dizer nada mais. Mas li esse livro, e é um livro absurdamente lindo e profundo. E o booktrailer é encantador, diferente de todos os outros que você já viu. Já repeti isso vezes o bastante nesse post, mas realmente vale a pena conferir.




Espero que tenha gostado do post! Eu realmente me diverti demais fazendo ele, e pretendo repetir isso mais vezes: postar minhas aleatoriedades importantes. Me diz o que achou nos comentários!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

de Margaret Stohl e Kami Garcia, BEAUTIFUL CHAOS (2011)

Título no Brasil: Dezoito Luas;
Quem escreveu? Margaret Stohl e Kami Garcia;
Editora: Galera (selo da editora Record);
Tradução: Regiane Winurski;
Número de Páginas: 405;
Gênero: Fantasia, Young Adult;
Nota (de 0 a 5)5.




Foi um mês de hiato até conseguir comprar o outro exemplar da série Beautiful Creatures, Dezoito Luas. Um hiato repleto de ansiedade e sede de leitura, o qual eu insistia em me torturar lentamente ao ler resenhas, opiniões, críticas, ver a capa (a qual é magnífica) etc. Assim como a Bienal do Livro, aqui em Belém temos a Feira Panamazônica do Livro, e foi lá que consegui meu exemplar em português de Beautiful Chaos. E a verdade é que: valeu a pena. Realmente valeu a pena esperar e me manter na expectativa para conferir outro livro incrível da dupla Margaret Stohl e Kami Garcia.

Caos: é a realidade de Gatlin. Trata-se do fim dos dias. As plantações secaram, o clima enlouqueceu, as pessoas murcharam, e tudo parece mais desajustado do que antes: a ordem de tudo está alterada desde que Lena finalmente se Invocou, e a realidade do medo sentido por Ethan perante o receio dos perigosos Conjuradores das Trevas dominarem e acabarem com tudo o que ama e conhece está mais latente do que nunca. Alterações estranhas em seu comportamento acontecem, e pessoas ao seu redor começam a agir de forma estranha, até mesmo aquelas que sempre antes pareceram tão imutáveis. É nesse entremeio que Ethan Wate descobre que pode ter mais vínculo com absolutamente tudo em que se envolveu do que jamais pensou. Afinal: qual o seu papel na jornada em que se envolveu? E o quanto de si será necessário ser doado para que tudo se reestabeleça e seu mundo volte a ser o que era?

Somos presenteados na sequência de Dezessete Luas com, outra vez, um cenário diferente – parece que as autoras não se cansam de nos surpreender nesse aspecto (e não há do que reclamar quanto a isso): uma Gatlin não mais orgulhosa e pomposa, mas decadente, instável, com acidentes misteriosos acontecendo e o aspecto climático mais alterado do que nunca. Um cenário árido, morto, é onde uma trama bem mais leve que todos os outros antigos livros da saga se desenvolve. O peso da saga diminui neste terceiro livro – até mesmo fisicamente, já que o livro é menor do que os outros –, o que faz a leitura correr de uma forma muito mais relaxada. Coisa que é digna de nota, aliás, já que sempre parabenizei essa série pela forma despretensiosa e leve com que o enredo se desenvolve, agora de uma forma ainda mais latente do que antes.

O que é arrebatador deste livro: a forma ainda mais fluida com que permite um enredo denso se desenvolver. A densidade existe, e agora está focada principalmente em aspectos históricos de personagens. Dezoito Luas é uma grande retomada: passados não só como os de Lena e Ethan são pescados para não apenas completar a história, mas também para acrescentar enredos e novidades à história. A leva de coisas surpreendentes ainda se mantém nesse livro, que é algo que considero ser uma das preferências das autoras: não se cansarem de arregalar os olhos dos leitores página após página, revelação após revelação.

Personagens antes com não tanto foco para a real importância no decorrer do enredo ganham maior espaço nas páginas – como Ridley (a qual, céus, tem uma cena épica neste livro), nossa amada Amma (que é uma das grandes personagens e peças chave do livro) e Marian –, e algo também maravilhoso em relação a um personagem acontece: Ethan ganha foco primordial. Pode ser estranho o personagem narrador da história não ter isso, mas o fato é que, durante Dezesseis Luas e Dezessete Luas, absolutamente tudo sempre girou em torno de Lena Duchannes, a amada de nosso herói. Isso agora muda, já que, além de que o maior problema de Lena já está “solucionado” (ela finalmente se Invocou, no livro anterior), há a óbvia demonstração de que Ethan Wate tem um papel muito mais direto e impactante no enredo. A jornada de descoberta de quem realmente é Ethan Wate é que é a grande sacada e trunfo do livro: ir com ele, descobrir com ele, entender e raciocinar com ele é que é o atrativo principal. Por isso que tenho logo de avisar: pessoas que não são tão fãs assim de Ethan possivelmente não irão gostar tanto assim do livro.

Mas há também outros atrativos interessantes, como o novo humor gerado pelo trio hilário das velhacas tias de Ethan (elas estão mais próximas dele do que nunca, literalmente); o irresistível e divertidíssimo amor de tapas e beijos, ódio e desejo de Ridley e Link; o teor gótico, que está tão apurado quanto antes e deliciosamente atraente; a demonstração ainda que superficial de um novo seguimento de bruxaria: o Vodu (as partes com o bokor são arrepiantes); a ameaça que se torna consideravelmente maior, e pode ser, por vezes, quase sentida; mais e mais revelações sobre Sarafine, a personagem que sem dúvida alguma é a mais complexa e bem trabalhada da série e, como é óbvio, uma de minhas favoritas; e muito, realmente muito mais. “Muito” esse que eu gostaria realmente de citar aqui, mas aí estaria cometendo o maior pecado de um resenhista: spoiler.

Quanto à parte mais técnica do livro, a tradução está, como sempre digo e estou cansado de dizer, impecável (aliás, srta. Regiane Winarski: meus parabéns); a capa é absurdamente linda; as páginas são amareladas; e tudo estaria perfeito se não fosse um problema com a minha edição: as letras estão com a cor meio fraca, às vezes era cansativo ler (principalmente no meu caso: tenho miopia). Também achei a fonte um pouco pequena demais, acho que isso realmente deveria ser ajustado. Mas está tudo ótimo em outros pontos: diagramação, revisão. Tudo nos conformes e bem feito.

Sou apaixonado por esse livro da série Beautiful Creatures, e continuo afirmando que essa é uma das melhores séries de Young Adult Fantástico que já li. Se você já leu a série e ainda não leu esse, corra! Realmente não perca tempo: Dezoito Luas está imperdível. E se você ainda não leu nenhum livro da série, também não perca tempo: leia! Aqui e aqui você confere os links das resenhas dos dois primeiros livros, postadas antes no Blog.



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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

de David O. Russell, AMERICAN HUSTLE (2013)


Nome no BrasilTrapaça;
Gêneros: Drama/Policial/Comédia;
Roteiro: Eric Warren Singer e David O. Russell;
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence;
Nota (de 0 a 5)5.




Desde que esse filme saiu que eu estava perdido de vontade de assisti-lo. Eu sinceramente não tenho paciência alguma para esses atrasos exorbitantes de lançamento no Brasil – isso é algo que realmente me estressa, apesar de eu ter noção de todos os porquês disso –, então quando o meu site preferido de Downloads liberou um RMVB legendado e bonito, eu imediatamente coloquei pra baixar. Me estressava ver tantas premiações acontecendo, tantas coisas no mundo do Cinema surgindo, e eu não entender a maioria das coisas que os comentaristas e críticos diziam. Crítica ajuda, mas não enche barriga e nem mata vontade: o negócio é assistir o filme. E, além de tudo isso, um dos amores da minha vida da arte da atuação estava ganhando inúmeros prêmios por sua interpretação nesse filme – não, não é a Jennifer Lawrence (apesar de ter muitos bons comentários sobre essa moça nessa crítica) –, e estava sendo uma traição eu demorar tanto tempo assim para dar-lhe o merecido prestígio. Eu não poderia mais esperar para ver Amy Adams em American Hustle. Por isso que quando vi na página inicial do site que o filme já estava disponível corri com o dedo, cliquei e suspirei, animado e ansioso, quando o download começou. Logo, logo eu veria se realmente aquele filme tão bem criticado e bem comentado supriria os meus gostos e me surpreenderia.

E não é que foi isso mesmo que aconteceu?

American Hustle (ou Trapaça, no Brasil) é um filme que se passa na década de 70 e conta a história de uma grande trapaça de dois talentosíssimos trapaceiros. Irving RosenFeld (Christian Bale) e Sydney Prosser (Amy Fucking Brilliant Adams), após descobrirem serem o que chamam de alma gêmea, resolvem criar uma agência falsa de transações bancárias para conseguir dinheiro fácil de pessoas desesperadas. Irving e Sydney crescem no negócio trapaceiro, até serem descobertos pelo charmoso e interesseiro agente do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper), o qual demonstra estar muito mais interessado nos negócios de trapaça que Sydney e Irving poderiam imaginar. É assim que começa uma jornada pela inteligência do crime, suborno, mundo político, traições e noitadas de gala e de dança: conseguirão Sydney, Irving e Richie alcançar o novo grandioso objetivo? Estariam mesmo eles sendo justos uns com os outros? Até que ponto em que a fidelidade e a ambição podem andar juntas?

Diferente do que muitos podem pensar por se tratar de um filme com uma temática um tanto policial e comediante, American Hustle é um filme com uma boa densidade e pluralidade. Lembro-me que li em algum lugar que se tratava de um filme “policial de comédia-dramática”, e olhei aquilo com ceticismo. Como diabos algo poderia conter doses de um filme policial, apresentar comédia e ainda envolver-nos em drama? Para mim, isso era impossível – até assistir ao filme de David O. Russel. American Hustle traz as doses clássicas de um filme policial – FBI envolvido num caso de descoberta de crimes e no plano de fundo de capturas –, porém com uma dose realista e interessante, já que o ponto policial converge quase totalmente em Richie (Cooper), o qual definitivamente não se trata de um policial honesto. A ambição é um ponto trabalhado magnificamente, atirado para todos os lados. É a ambição que move o enredo. A ambição de Sydney (Adams) e Irving (Bale) os impulsiona a criar um negócio grandioso de trapaças; a ambição de Richie o induz a juntar-se aos trapaceiros e tirar seu próprio proveito deste mundo criminoso; a ambição dos políticos os compromete com os enganadores para conseguirem alcançar seus desafiadores objetivos, e assim por diante. E esta ambição, que é aonde todas as linhas se cruzam, é o que consegue manter todos os “gêneros” do filme em harmonia. A comédia, o drama: tudo é movido pelo desejo de ter mais – e, por vezes, pela inescrupulosidade.

Nenhum personagem no filme é linear, algo que me encantou bastante. Existe sempre algum tipo de mudança, em algum momento, nos personagens – algo que, se não os muda completamente, ao menos os balança profundamente e mexe com suas personalidades e índoles, coisas que sempre trazem impacto para toda a história e suas próprias vidas. American Hustle também é, essencialmente, um filme de muita intensidade. As emoções são muito bem transmitidas para o expectador. Há uma cena, mais ou menos lá pra uma hora de filme, que é o perfeito, perfeito exemplo disso: a cena em que Sydney está numa danceteria com Richie, o policial. É uma cena de emoções intensas, e, talvez, para a personagem de Adams, a mais significativa emocionalmente para a personagem: é uma cena de liberdade. Liberdade, aliás, é o que sempre está sendo buscado no filme, seja para qual for o personagem e qual seja o sentido de liberdade. Acho que encontrei as duas palavras que definem o filme: ambição e liberdade. É aonde o enredo gira em torno.

O filme também é muito engraçado. Gosto do jeito cru que o humor é exposto em filmes com a temática de American Hustle: não é um humor falso, maquiado. É um humor explícito, forte, às vezes pesado, às vezes negro. O humor da vida real. Acho que a maior expressão do humor no filme é a personagem de Jennifer Lawrence, Rosalyn – uma personagem digna de nota, aliás, apesar de ser apenas coadjuvante. O humor extremamente irônico, por vezes cínico, desleixado e até impetuoso no qual a personagem de Lawrence gira em torno é incrível. É realmente uma personagem interessantíssima, já que representa cabalmente a margem daquele mundo de trapaças. Rosalyn é a esposa real de Irving, com a qual tem um filho, que está sempre à margem da vida do marido e que por isso é tão perdida, confusa e amargurada. O medo também é outra temática trabalhada na personagem Rosalyn: o medo de tentar, de ir em frente. Porém, também ouso dizer que a maior expressão da liberdade do filme – o que citei como sendo um dos maiores pontos do enredo – é também da personagem Rosalyn. É realmente uma grande, grande personagem.


De forma alguma, entretanto, eu poderia esperar tamanha inteligência na forma com que o filme foi destrinchado e nas ações e pensamentos dos personagens. Existe uma clara diferença entre esperteza e inteligência, e normalmente o que vemos em filmes desse porte é a pura esperteza de malandro. Mas realmente não é assim, dessa vez, nesse caso. A dupla Sydney e Irving é realmente inteligente, coisa que se prova com tudo o que demonstram ter feito e planejado com tanta sutileza e perfeição nos últimos vinte minutos de filme. Poucas vezes fiquei com os olhos tão arregalados pr’uma tela de notebook, para um filme, como fiquei nos momentos finais de American Hustle (minha miopia agradece). É incrível. É realmente muito, muito bom. Surpreendente.

E já que dei tantas voltas ao redor de atuação, vamos comentar isso propriamente, agora. Christian Bale e Bradley Cooper estão bons, como sempre. São bons atores; tiveram uma boa atuação, embora nada muito surpreendente. Entretanto, a dupla que realmente merece aplausos, sem dúvida alguma, é Amy Adams e Jennifer Lawrence. Falando primeiramente da querida e linda ruiva, Adams está grandiosa e diferente de tudo o que você já pode tê-la assistido fazendo. Amy Adams está desafiadora. Original. Gosto demais, demais, sempre amei – e por isso ela é uma de minhas atrizes do coração – a forma natural com que Amy Adams atua. Há sempre um toque Amy Adams em todos os personagens da atriz, uma marca só dela, que é certa doçura e placidez. E tudo isso caiu perfeitamente como uma luva no papel de Sydney, já que deveria ser uma mulher manipuladora e sedutora. Por vezes, Amy Adams interpretou tão impecavelmente bem seu papel que eu me perdi realmente nas percepções e acabei realmente me surpreendendo. Adams teve de arcar com a personagem mais complexa do filme, e o fez muito, muito belamente, corretamente e com muita classe. Realmente Adams merece os prêmios aos quais está sendo indicada e aos quais está ganhando.

Mas eu não posso deixar de realmente concordar com o que todo mundo está dizendo sobre ela, Jennifer Lawrence: incrível. Com toda a sinceridade do mundo, eu costumava não gostar nada de Jennifer Lawrence. Nunca entendi toda a grande babação de ovo que existe em torno dela por causa da franquia Jogos Vorazes, não a achava uma atriz tão boa quanto diziam. Simplesmente achava Lawrence uma atriz comum, normal, como muitas outras. Entretanto, seu trabalho como a personagem Rosalyn é absurdo, absurdo de bom. A entrega de Lawrence para a personagem é de embasbacar. Você sente a personagem. Você entende, você se envolve com a personagem – e realmente não acredito que coisas assim sejam só pela personagem em si, excluindo a atriz. O trabalho de montar um personagem envolve muito do psicológico do ator e do entendimento do mesmo sobre aquele ser a ser atuado, e realmente percebe-se que a química que rolou entre Lawrence e Rosalyn foi fabulosa. Não existe como imaginar outra atriz interpretando Rosalyn. Jennifer Lawrence está brilhante, surpreendente, e – Deus do céu, como é difícil falar isso, já que no cast está uma das minhas atrizes favoritas... – realmente rouba a cena.


Vou dizer algo, aqui e agora, que é a prova do quanto Lawrence me surpreendeu no quesito atuação e entrega ao personagem: a última vez que vi tamanho potencial foi lá atrás, quando uma atriz totalmente desconhecida encarou interpretar uma personagem de uma adaptação cinematográfica de um grande best-seller. A atriz em questão interpretou uma princesa, foi um grande sucesso, mas teve muitos dedos apontados em sua cara por não ser assim considerada uma atriz tão grande. Hoje em dia, essa atriz é uma das maiores de Hollywood, e, indubitavelmente, é uma das coisas mais brilhantes que o Cinema já teve em questão de atuação. Vejo, sinceramente, em Jennifer Lawrence, o potencial que não via em alguém desde Anne Hathaway. E Deus queira que ela consiga se tornar tão grande como Hathaway é, hoje em dia. Pois ela merece.

E, sim, a tão falada cena de Amy Adams com Jennifer Lawrence é mesmo boa. Principalmente pelo que acontece no final da mesma.

Eu não havia percebido, até escrever esta crítica, o quanto que American Hustle foi um filme que mexeu comigo. E realmente, realmente mexeu. Um grandioso filme, rico, com atuações surpreendentes e um bom ritmo, um bom texto (e, meu Deus, uma EXCELENTE trilha sonora). Vale a pena conferir Trapaça, que em breve estreará nos cinemas brasileiros.


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