Nome no Brasil: Questão de Tempo;
Gêneros: Romance/Drama;Roteiro: Richard Curtis;
Elenco: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy, Tom Hollander, Lydia Wilson;
Nota (de 0 a 5): 4.
Eu confesso que o primeiro motivo para meu
interesse em assistir About Time foi Rachel
McAdams. Quando vi o banner desse filme bem de frente pros meus olhos no site
onde costumo fazer meus lindos grátis downloads e vi a imagem da linda Rachel
McAdams sorrindo docemente, criei grandes expectativas, e de forma alguma meus
dedos se seguraram até que o download estivesse devidamente em andamento. Foi
um filme que não ficou tão na moda assim – ao menos não ouvi falar dele tanto;
achei seu trailer perdido pelo Youtube dias antes de ver o banner e já fiquei
enormemente ansioso para assisti-lo –, e eu estava procurando por filmes
basicamente muito comentados para assistir e me divertir. Não sei porquê.
Talvez pensando futuramente em escrever críticas pro Blog. Mas o fato é que
isso mudou, e, graças aos céus, eu saí da rotina de baixar filmes em alta e
baixei About Time. Pois é um filme
que não me arrependi de ter assistido.
O filme conta a história de um jovem
rapaz que, quando vivia na Cornuália, sul da Inglaterra, descobriu com seu pai
que os homens de sua família têm um poder: eles podem viajar para qualquer
momento do passado, desde que já tenham estado fisicamente presente no momento
em que desejam voltar. Após usos e mais usos e as primeiras descobertas sobre
seu poder, o jovem ruivo finalmente muda-se para Londres para tentar ganhar sua
vida, e é lá que conhece o doce amor de sua vida, Mary. É neste instante que a
vida dos dois se cruzam, que os laços familiares se tornam intrínsecos e mais e
mais Tim aprende sobre si mesmo e seu dom. Seria a vida uma questão de tempo?
Serão os dias tão contáveis e imutáveis? O quanto vale a pena alterar seu curso
de vida?
É
um lindo, lindo filme. Pessoalmente, About
Time me conquistou demais. Leve, deliciosamente sutil, este filme é aquele
tipo de filme o qual você deve assistir para passar uma tarde/noite chuvosa,
sem expectativas, com o coração inteiramente aberto. É um filme que,
trabalhando temáticas familiares e certo tom de fantasia (presente na questão
das viagens do tempo), de forma alguma traz um peso significativo de profundidade
ideológica e aprendizagem: simplesmente as oferece, com sabedoria e maciez. About Time é uma bela metáfora sobre a
vida de todos nós, e sobre o uso que fazemos dela e de seu contador oficial: o
tempo. Eu aprendi coisas assistindo e ouvindo os ensinamentos que são
oferecidos no Longa. É um filme, acima de muita coisa, com ensinamentos sábios.
Ensinamentos que, por vivermos nossas vidas caóticas e por muitas vezes
apressadas, deveríamos receber o mais cedo possível na vida.
Essencialmente familiar, About Time traz aquele velho e gostoso
estilo de filme o qual não tem a necessidade de alcançar picos de tensão para
que o expectador se impressione com o enredo. Eu pelo menos não o vi assim. Vi
em About Time um filme tranquilo,
pacato e despretensioso, com uma linearidade tensional ótima. Com personagens
encantadores e interessantes, o forte desse filme está exatamente naquilo que
não ele não promete. Se você olhar para o pôster do filme, obviamente pensará
que é um filme de romance, e daí então inesgotáveis de ideias sobre o que é um
filme de amor irão passar por sua mente. Coisas que certamente não acontecem
neste Longa. Sou um profundo amante dos clichês de romances, os clichês
clássicos e encantadores que nos arrebatam na história de amor, mas
convenhamos: também não é muito gostoso quando uma história de romance nos
surpreende? Sai do convencional? Se você concorda com esta pergunta, eu recomendo
que assista About Time.
E, se não concorda, eu recomendo da mesma
forma, já que meu argumento seguinte é que não é por ser um romance
não-convencional que ele é anticonvencional. A não-convencionalidade de About Time existe pelo simples fato de
que este filme não traz como foco o amor romântico de dois estranhos. O foco
desse filme vai além. Vai ao amor familiar, à durabilidade e importância do
amor quando este já está maduro e existente, e, como já dito, à proposta
inicial do filme: falar sobre o tempo.
Sobre o que é o tempo na vida do protagonista (e na de todos nós). Portanto,
amantes de romance, fiquem tranquilos: vocês encontrarão tudo aquilo que
veneram num filme desse calibre. Só não esperem que seja um filme
essencialmente romântico, pois aviso: não é.
Gentilmente engraçado, também tem boas
atuações, o que, confesso, me surpreendeu um pouco. Rachel McAdams, é claro,
continua com seu incrível talento e seu lindo jeito de atuar. A meu ver, é uma
grande atriz e merece grandiosos papeis. Domhnall Gleeson, que faz o protagonista
(E FEZ O GUI WEASLEY, GENTE), também me surpreendeu de forma boa; Lydia Wilson,
que interpreta a irmã do protagonista, também me agradou muito. Em suma é um
filme aprazível, porém, o que não o fez levar “5”, na minha opinião (ou seja: Ótimo),
foi por, talvez, vez ou outra ter se tornado um pouquinho arrastado. O ritmo no
início é um pouco caído; a história começa a tomar um rumo realmente bacana um
pouco depois, o que não tira o teor delicioso da história, é claro. Porém,
talvez devesse ter sido melhor trabalhado o início.
O que não faz desse filme, repito, ruim.
É um filme muito o bom, o qual traz ensinamentos que podem mudar aqueles que o
assistem, e inspirar. About Time é
uma história sobre o tempo, como manejá-lo em nosso dia-a-dia, e amor, com suas
mais diversas ramificações. Recomendo About
Time a todos aqueles que desejam assistir um filme para relaxar, quem sabe
chorar um pouquinho (como eu – mas eu choro até com comercial da O Boticário, então...) e se renovar.
Vale a pena conferir.
E você, achou o quê? Concorda, discorda
de algo? Tem pretensão de assistir o filme? Conta pra mim nos comentários!