tag:blogger.com,1999:blog-34752637875388459682024-03-13T11:26:22.650-07:00uma cabana celta......você aceita um pouco de chá?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-10831750213742691052015-02-06T09:27:00.000-08:002015-02-06T09:58:14.853-08:00Uma volta pela cabana<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><iframe width="853" height="37" src="https://www.youtube.com/embed/XMiRwNo8ymo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
</div><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big> </big></span> <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big><br />
</big></span> <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Eu estive longe desse espaço por mais de cinco meses. Ele não tinha esse nome; <i><a href="http://umacabanacelta.blogspot.com.br/search/label/do%20antigo%20blog%20%22Achou%20o%20Qu%C3%AA%3F%22" target="_blank">Achou o Quê?</a></i> era como se chamava, e se tratava de um blog que, na minha ânsia de ser popular na Blogosfera, acabou se tornando uma grande e, ao meu ver, quase sem sentido gaveta recheada de assuntos que me interessavam, mas que não exatamente traziam meu espírito, quem realmente eu sou. Um blog para resenhas de livros e postagens de cinema, onde eu não me sentia à vontade – olha só que loucura: você não se sentir à vontade no seu próprio espaço – para postar minhas pessoalidades. Meus intimismos, meus pensamentos.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Era uma boa casa. Um organizado e elegante lugar para se viver. Mas desconfortável, que não tinha a minha cara e era certamente quase nada acolhedor.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Eu estive pensando em retornar prum blog há muito tempo, mas foi apenas ontem que tive o estalo, quando, depois de uma longa seca sem escrever nada, sem fazer o que mais amo da vida, dei à luz a uma crítica sobre um filme que adorei. Foi quando percebi que sentia falta da escrita mais do que tudo nesse mundo, e que precisava fazer algo relacionado a isso; precisava recomeçar. Mas de onde? Conversando com uma grande amiga, também blogueira, percebi que simplesmente precisava recomeçar. Dar o primeiro passo. Ter o ímpeto e ir em frente.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvpk2t-w5hvxUwSPu37m2jyubtQXy1BMBQ2Jj45qJi-yogruMOUUS7Rr5bWAG0r0H4UofucIkkugttYTNQORjALgVIIIaDxHDunez7Swf_nr97WqcOiRs-WZ1qQdztqGu2eC6EEeiuATi/s1600/the+cottage.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHvpk2t-w5hvxUwSPu37m2jyubtQXy1BMBQ2Jj45qJi-yogruMOUUS7Rr5bWAG0r0H4UofucIkkugttYTNQORjALgVIIIaDxHDunez7Swf_nr97WqcOiRs-WZ1qQdztqGu2eC6EEeiuATi/s1600/the+cottage.jpg" height="320" width="303" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">our cottage</td></tr>
</tbody></table><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>O ímpeto veio hoje, quando me sentei nesse sofá e disse que só sairia com o esse mesmo blog completamente renovado e, agora sim, do meu jeito. Com a minha cara, sem preocupação com popularidade, parcerias com editoras famosas e falso estrelismo. Um blog meu. Meu, e eu.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>E o que saiu foi isso aqui, que vocês estão vendo ao redor. Deem uma olhada comigo.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Essa é uma cabana simples, tranquila, deliciosamente silenciosa, maculada apenas pelas abençoadas vozes dos pássaros e o assoviar do vento no entremeio do inquieto farfalhar constante das árvores. Aqui o clima é deliciosamente ameno, puxadinho pro frio (seria interessante você vestir meias); as paredes e o assoalho são simples, porém firmes e charmosos, e tudo o que preenche os espaços vazios é de uma verdade minha, e só minha. Você pode ver que agora não há tanta coisa assim, mas você vai notar, se continuar por aqui, o meu eu em cada mobília que preencher espaço. Apesar disso, ora, não quer dizer que você não possa também deixar sua marca – isso é uma das coisas mais importantes para mim, se você quer saber. Portanto, por favor: não vá embora sem deixar seu rastro. Essa cabana não é lá tão grande, mas, acredite: nela pode caber você e o mundo inteirinho. Então se aconchegue à lareira. Diga sempre o que acha, o que pensa; resguarde e ponha em punhos sua gentileza, obviamente, mas seja verdadeiro. O poder de verdades unidas por um propósito pode ser catártico.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big><br />
</big></span> <span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Então deixe-me dar um propósito a esse negócio todo: discutir. Conversar. Estar junto. Compreender, amigalizar. Introspectar. Empatizar. Ser.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Dei vários propósitos, sim, perdão. Mas sei que somos todos capazes de fazer isso.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Sente-se, portanto. Puxe uma poltrona. Aqui à lareira está mais quentinho. Juro.<o:p></o:p></big></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big>Você aceita um pouco de chá?</big></span><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><big><br />
</big></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-3940012054289953412015-02-06T08:28:00.000-08:002015-02-06T08:28:50.994-08:00playlist: FANTASIA<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;">Todo mundo que me conhece sabe que se há uma área da literatura, e da mitologia, e das histórias em geral pela qual sou apaixonado é pela fantasia. A maior regra na Fantasia é trazer algo que não existe na nossa realidade, e isso sempre, sempre me cativou demais. Olhar para algo e ver aquilo que não vejo todos dias sempre foi reconfortante. Fugir um pouco da realidade, ou até mesmo comparar realidades e procurar uma na outra: a Fantasia, pra mim, sempre foi uma válvula de escape e muito mais que uma distração: foi, inicialmente, uma forma de passatempo, que cresceu para uma curiosidade e passou a ser um verdadeiro e profundo amor. E provavelmente ainda crescerá para o grau "ganha-pão", já que pretendo ter uma carreira como escritor. E é claro que escreveria meu estilo favorito (não só, obviamente – realmente não gosto e nem apoio limitações –, porém principalmente).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"> Aqui vai, então, uma playlist de dez músicas que trazem esse tema como plano de fundo ou como ponto principal. São músicas de preferência pessoal, que estão no meu dia a dia e que não só me fascinam, mas me inspiram. Nessa playlist, você encontrará vozes e melodias de fadas, anjos, elfos – absolutamente tudo o que o mundo da magia pôde derramar sobre este mundo para oferecer a nós, queridos humanos. Espero que gostem!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<center>
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="250" id="gsPlaylist9445776835" name="gsPlaylist9445776835" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/widget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=94457768&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/widget.swf" width="250" height="250"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=94457768&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/playlist?q=M%C3%BAsicas%20Fant%C3%A1sticas%20Breno%20Torres" title="Músicas Fantásticas by Breno Torres on Grooveshark">Músicas Fantásticas by Breno Torres on Grooveshark</a></span></object></object></center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
Gostou da playlist? Tem alguma música a ver com o tema para indicar? Diz nos comentários!</center>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-23425210261983485482015-02-06T07:11:00.000-08:002015-02-06T08:20:41.137-08:00de John Connolly, THE BOOK OF LOST THINGS (2006)<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: O Livro das Coisas Perdidas;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> John Connolly;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Bertrand Brasil <b><span style="color: #cccccc;">(selo do Grupo Record)</span></b>;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Cecília Prada;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Número de Páginas</b></span>: 364;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Fantasia, Infanto-Juvenil;</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>(de 0 a 5)</b></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">: </span><u style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">5</u><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqBPX1Suc4rJMUD9iKMbUku925hnu4GjEb8qzUsMZf24K3FdzhzkPsiXuuGaLpn_xwRk2DP4HorGjdsk8uftd-vyqkhzSJdwYoiN6oENpGBWxZ0-DtsaPMEk-UKk0qH1xzonPP1n-CTG0G/s1600/O+Livro+das+Coisas+perdidas+cover.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqBPX1Suc4rJMUD9iKMbUku925hnu4GjEb8qzUsMZf24K3FdzhzkPsiXuuGaLpn_xwRk2DP4HorGjdsk8uftd-vyqkhzSJdwYoiN6oENpGBWxZ0-DtsaPMEk-UKk0qH1xzonPP1n-CTG0G/s1600/O+Livro+das+Coisas+perdidas+cover.jpg" height="410" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Namorei tanto um exemplar de <i>O Livro das Coisas Perdidas</i> da livraria
pertinho da minha casa que, finalmente, há um mês, o comprei. Era sempre
clássico eu pegar um dos que estavam na estante, olhar carinhosamente, mas
nunca levar – sempre acabar preferindo por outro. Eu estava com exatamente
vinte e oito reais e oitenta centavos quando fui, enfim, numa terça-feira,
vindo da faculdade, até a livraria para comprar esse livro. Eu havia visto o
preço um dia antes, e tinha certeza que era aquela a quantidade exata de reais
que ele iria me custar. Foi só quando cheguei ao caixa e a moça anunciou que o
preço era vinte e oito reais e oitenta e <i>cinco</i>
centavos que eu me espantei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 21.3pt;">–</span> Mas moça... São só cinco centavos... –
Fiz a minha melhor cara de Gato-de-Botas. Ela sorriu docemente e disse que iria
cobrir os cinco centavos que faltavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>O
Livro das Coisas Perdidas</i>
conta a história de David, um garotinho inglês que, após perder a amada mãe
(mesmo com todos os inocentes esforços feitos para tentar mantê-la viva),
começa a estranhamente ouvir seus livros conversando entre si. É quase ao mesmo
tempo que uma criatura estranha, um Homem Torto esquisito, começa a aparecer em
seus sonhos e logo em realidade, e David acaba indo parar, na noite de um
atentado, no estranho mundo desse Homem Torto. É quando David começa uma
jornada perigosa, impetuosa e por vezes até sanguinária para alcançar seu
objetivo: voltar para a Inglaterra, para seu mundo. Local de onde não deveria
ter saído jamais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O livro de John Connolly tornou-se um dos
meus livros favoritos de todos os tempos por um motivo simples: escorre
fantasia. Há uma grande leva de livros de Fantasia nos dias de hoje, mas
poucos, muito poucos, conservam aquelas raízes clássicas da literatura
fantástica que tanto amamos. Não é realmente tão fácil encontrar escritas e
enredos com uma qualidade tão grande como tanto vimos outrora em C. S. Lewis,
Anne Rice, J. K. Rowling e J. R. R. Tolkien, e eu pensava que não encontraria
mais algo tão magnífico e bom quanto esses autores. Até ler John Connolly.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Connolly recupera as velhas raízes da
literatura fantástica de uma forma incrível, retratando uma perfeita
linearidade nos acontecimentos com o protagonista: uma perda intensa, uma
realidade de confusão, a fuga, o descobrimento de um novo universo fantasioso,
as provações e, enfim, o amadurecimento do personagem. A forma com que essa
linearidade é descrita é simplesmente cativante, tudo sendo feito com uma
interatividade absurdamente contagiante, fazendo com que a clássica ideia do
leitor se sentir na história realmente aconteça. O universo real e o universo
fantasioso de Connolly são igualmente palpáveis e perfeitamente bem criados e
organizados, ricamente detalhados com uma parcimônia, sem exageros,
encantadora. É um livro onde tudo pode se encontrar, mas sem fazer o leitor
sentir-se pesado pela quantidade de informações colocada ao longo das páginas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">É muito óbvio que John Connolly trabalhou
neste livro com uma sutileza e um cuidado muito grande, pois é tudo muito bem
organizado e interligado, além de tudo muito, em questão de enredo, fluido. O
enredo escorre como um rio sem empecilhos, calmo, intenso e sem de forma alguma
travar. Ler <i>O Livro das Coisas Perdidas</i>
é sentar para ler uma leitura relaxante e se divertir com ela. Os personagens
são todos incríveis, sejam os com menos aparição, sejam os protagonistas, e
algo que realmente me surpreendeu muito no livro foi a questão da vilania. Há
dois grandes vilões em <i>O Livro das Coisas
Perdidas</i>, além de outros também assustadores vilões: o Homem Torto e Leroi.
Toda a maldade e crueldade do livro gira em torno desses personagens, e é
exatamente aquilo que você pode chamar de real vilania. São vilões absurdamente
cruéis, inescrupulosos, e o que esses personagens fazem acaba por manter e
intensificar toda a tensão do enredo. Aliás, esse é um ponto que precisa ser
enunciado sobre<i> O Livro das Coisas
Perdidas</i>: é um livro que, apesar de fluido e relaxante, também é
incrivelmente medonho, cruel e arrepiante. Existe real vilania nesse livro, e
não só na questão de acontecimentos e dos vilões em si, mas também em pensamentos
e índoles, e também na situação toda que envolve o próprio David. Houve
momentos em que realmente fiz cara feia para as páginas do livro, e realmente
houveram momentos em que me arrepiei e me assustei com o que li.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Entretanto, ao mesmo tempo que existe
real e cruel vilania, também contém real e magnífico heroísmo. Nesse quesito,
Rolando (meu personagem favorito) e O Lenhador se encaixam perfeitamente como
exemplos: homens exemplares, brilhantes e corajosos, verdadeiros exemplos,
mantém o equilíbrio do enredo por pesarem no lado da bondade e magnificência da
balança. São personagens trabalhados com uma maestria incrível, que esbanjam
empatia e importância no enredo; são partes importantíssimas para o
amadurecimento do personagem David, assim, é claro, como os vilões também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">É o grande trunfo do livro, na verdade: o
aprendizado incessante de David. <i>O Livro
das Coisas Perdidas </i>é uma grande e grandiosa alegoria sobre o
amadurecimento de uma criança. David, que entra perdido, triste, amargurado e
assustado num mundo cruel e fantasioso, aprende acontecimento após
acontecimento, dia após dia naquele lugar, e sua mudança e crescimento podem
realmente ser notados pelo leitor. Os aprendizados que David recebe ao longo do
livro são inúmeros, assim como as questões trabalhadas no enredo: questões
históricas (entender uma guerra, já que o livro se passa no período da Primeira
Guerra Mundial), questões familiares (a perda de um ente querido; aceitação de
uma nova família), questões sociais (aqui eu realmente poderia citar várias,
mas uma me surpreendeu tão enormemente que é a que merece destaque: a
homoafetividade – abordada da forma mais sensível, doce, gentil, poética e
edificante que eu já li) se misturam em meio à fantasia, que é o que faz <i>O Livro das Coisas Perdidas </i>um livro
único por, como até mesmo o <i>Daily Express</i>
comentou, intrinsecar o real e o fantasioso de uma forma sensata, surpreendente
e admirável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E em termos de escrita: é
impecável. Simples e riquíssima, com um vocabulário encantador e um lirismo
hipnotizante, não há como não se apaixonar pela escrita de Connolly. Ela
lembrou-me a escrita de C. S. Lewis, tão completa e mágica quanto. Connolly se
tornou um dos meus autores favoritos da vida, e com certeza procurarei mais
coisas do autor, publicado no Brasil pela Bertrand Brasil, selo da editora
Record. Editora, aliás, a qual ando admirando muito e me apaixonando pelo
catálogo. O trabalho técnico feito com <i>O
Livro das Coisas Perdidas</i> é incrível: tradução, revisão, impressão,
diagramação – maravilhoso. Tudo maravilhoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>O Livro das Coisas Perdidas </i>é um livro de
fantasia que realmente ficou marcado na minha memória, e do mesmo para sempre
vou não só lembrar, mas também indicar. É um livro que merece ser lido pelo
mundo inteiro, um livro que merece virar um best-seller e que também merece ser
tombado como um clássico da Fantasia. Se você ainda não leu, dê uma chance para
essa viagem mágica de John Connolly. Realmente vale a pena conferir!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Já leu o livro? Ainda não? Discorda de
alguma coisa, concorda, tem algo a acrescentar? Deixe suas opiniões nos
comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-61414900199431775062014-08-26T18:48:00.000-07:002015-02-06T08:21:06.800-08:00de A. N. Roquelaure (Anne Rice), THE CLAIMING OF SLEEPING BEAUTY (1983)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Os Desejos da Bela Adormecida;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Rocco;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Amanda Orlando;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Ficção Erótica;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>5</u>.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq4-chPUNg9k3iiyQdufe1FZtIYgqGNQETfqDWrysZQmJIQr-4cjuldZ-6lE1X9clTZw9MPareYgrSCb3NkNH3acT0Xu2pV3U42R60B9rioS7qKqyZd4tEl_Y4Kj3AuOiAaF2EymmYvO6P/s1600/Os+Desejos+da+Bela+Adormecida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq4-chPUNg9k3iiyQdufe1FZtIYgqGNQETfqDWrysZQmJIQr-4cjuldZ-6lE1X9clTZw9MPareYgrSCb3NkNH3acT0Xu2pV3U42R60B9rioS7qKqyZd4tEl_Y4Kj3AuOiAaF2EymmYvO6P/s1600/Os+Desejos+da+Bela+Adormecida.jpg" height="422" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"> </span><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Depois de
ter lido <i>Chore Para o Céu</i>, ficção
histórica de Anne Rice, me apaixonei completamente pela autora. Caí,
literalmente, aos pés da escrita brilhante, absurdamente poética e inteligente
da considerada rainha do gótico moderno. Ela foi para o pódio magnífico da
minha vida literária que antigamente pertencia apenas a Elizabeth Gilbert e J.
K. Rowling, o pódio de “autores favoritos”, e foi exatamente após a última
página do livro já citado ser lida que admiti pra mim mesmo: preciso ler tudo
dessa mulher. E foi o que comecei a fazer – comprar livros de Rice e iniciar
minha jornada pela brilhante história literária da autora. Foi com uma amiga
que consegui a trilogia da Bela Adormecida, mas já muito antes de compra-la eu
havia ouvido falar da história e as opiniões de quem leu – e, bem, é quase
unanimidade a reação das pessoas ao lerem-na: repulsa. Susto, horror. Uma amiga
minha leu antes de mim, e a reação foi a mesma – e olha que foi uma pessoa que
suportou muito mais coisas chocantes na Literatura que eu. Pensei “<i>pronto, lascou</i>”. Mas ainda assim não
desisti da leitura. E, com toda a sinceridade: que bom que não.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> A trilogia da Bela Adormecida de
Anne Rice se trata de um <i>retelling </i>do conto original da Bela Adormecida – ou
seja: trata-se da base da história que já conhecemos do conto de fadas, porém
recontada por outra perspectiva. Por alto, podemos defini-la como uma
perspectiva sexual. Nesse remodelado universo, Bela é despertada por um
príncipe já por um ato sexual, e é por um acordo de seu mundo, onde príncipes e
princesas de reinos devotos a um grande reino principal são enviados como
tributos, e por ter sido despertada pelo dito Príncipe do reino principal, que
Bela é obrigada a servir não só a ele, mas também a toda a corte de um reino
famoso por sua educação de futuros e exemplares monarcas através de uma
escravização sexual completa, onde a dor e o prazer não possuem distinção e os
limites da entrega e do pudor são colocados em teste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Não é um livro de fácil leitura, de
fato. A escrita <i>Anne Rice </i>que vi pela primeira vez, no livro <i>Chore Para o Céu</i>,
trazia uma dificuldade de leitura imensa por conta de um rebuscamento vocabular – em
<i>Os Desejos da Bela Adormecida</i>, isso já acontece por seu conteúdo. Trata-se
realmente de um livro pesado, absurdamente forte, onde o sexo protagoniza as
cenas de forma fortíssima – e não, não um sexo atraente, sexy, como em outras
conhecidas obras de literatura erótica, mas um sexo pesado. A exploração sexual
neste livro de Anne Rice traz como ponto focal, na maioria das vezes, especificamente
a entrega despudorada e sem limites. Ou seja: as cenas são fortes, impetuosas,
dolorosas e por vezes angustiantes, mas necessárias para o cumprimento do que
foi, ao meu ver, o objetivo da autora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> E é exatamente aqui o ponto onde eu
gostaria de chegar: não foi o erotismo o foco de Rice. Não foi do objetivo da
autora fazer seus leitores sentirem ondas de excitação e divertirem-se com a
leitura de <i>Os Desejos da Bela Adormecida</i>. Os objetivos de Anne Rice, ao meu
ver, foram claramente dois: a exploração dos limites e o choque.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> É clara a vontade imensa de Anne
Rice trabalhar com limites. Seu trabalho é claramente trabalhar o sexo não só
por um viés prazeroso, nem mesmo só por um viés doloroso, mas sim os pontos
máximos de todos os pontos de vista que o ato sexual pode possuir. E as formas
com que Anne Rice planejou alcançar e desenrolar os limites sexuais dos
personagens de seu romance foram justamente o que causaram tanto horror a
tantos leitores. Foram utilizadas mentes de personagens inescrupulosos e
impetuosos; resgatadas e criadas horrendas fantasias sexuais; utilizados
métodos, objetos, posições, abordagens, e outros variados utilitários para
trabalhar essencialmente com a questão: até onde o ato sexual e todas suas
dimensões podem chegar? Esse é o epicentro, em meu ponto de vista: o trabalho
não com o sexo pelo sexo, nem com o sexo pelo comum, mas o sexo por seus
limites. E só quem tem sangue frio e não tantas amarras com o politicamente
correto que pode, de fato, compreender o fator de essência da obra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Obra que, aliás, discordo novamente
com o que é imensamente dito por muitas resenhas por aí: não se trata de
pornografia. Pornografia, ao meu ver, não está no conteúdo do que é escrito, ou
toda obra que trabalha com sexualidade, que demonstra o sexo, tratar-se-ia de
pornografia. Pornografia está na forma de escrita e demonstração daquele
conteúdo. Anne Rice em nenhum momento é rude, suja ou depreciativa em sua
escrita: trata-se de uma obra de leitura extremamente fluida, até mesmo fácil,
mas que mantém os traços costumeiros da autora: a inteligência da escrita e o
uso correto de palavras, principalmente na forma sutil e educada com que
descreve os momentos sexuais, o que não deixa, em questão de escrita, o que é
lido repugnante. O choque, aqui, será com o <i>conteúdo</i>,
e não com a escrita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> E, pois bem: o choque. No último
domingo, dia dez, assisti à ótima entrevista da cantora Pitty com a jornalista
entrevistadora Marília Gabriela, onde ambas se encontraram para as famosas
entrevistas reveladoras e inteligentes da profissional. Foi em algum momento da
entrevista que, discutindo sobre a realidade do Rock no Brasil, ambas
entremearam-se na conversa sobre dois tipos de Rock: um Rock mais ameno e um
Rock mais pesado, áspero. E Pitty disse palavras que me fizeram imediatamente
fazer uma correlação com a obra de Anne Rice: “O que é limpo, o que é
aceitável, ele obviamente é mais fácil de chegar nos lugares. O que é mais
diferente, áspero, é uma coisa que é mais segmentada. Não é tão popular. [...]
Uma estética [...] que é feita pra incomodar...” E então Marília Gabriela
completa com a palavra perfeita para o que quero alcançar: “Pra te provocar.
Pra provocar uma reação”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Provocação. Ato de incomodar.
Cutucar. Sei que é um pecado terrível prum resenhista tentar adivinhar as
intenções de um escritor, mas pela experiência que possuo de Anne Rice sei que
posso arriscar isso: foi proposital. E previsto – e, certamente, premeditado, o
rebuliço sobre esta obra. Anne Rice trabalha homossexualismo explícito, em suas
obras; Anne Rice sempre trabalhou com a luxúria explícita, lasciva, em seus
escritos. Anne Rice trabalha com ideais religiosos, crenças e dogmas; Anne Rice
cutuca verdades sentimentais, emocionais e de diversas outras dimensões do ser
humano em seu trabalho de escrita. Um escritor que trabalha com tantos pontos
delicados não faz isso sem saber o que está fazendo, ou inocentemente. Anne
Rice busca e sempre buscou cutucar, incomodar, provocar, fazer seu leitor
pensar – e, ora, por que em sua literatura erótica seria diferente? O que vi
nas páginas de Os Desejos da Bela Adormecida foram as seguintes provocações,
dentre inúmeras outras: “<i>Me deixe cutucar
nos recantos obscuros de você...</i>” “<i>Você
aceita isso?</i>” “<i>Como você reagiria a
isso?</i>” “<i>Isso te dá nojo?</i>” “<i>Você consegue aguentar mais algumas páginas?</i>”
“<i>O quanto de você existe aqui?</i>” – e é
exatamente isso que faz, ao meu ver, um autor ser esplendoroso e inigualável. A
capacidade de chegar até o ser humano. Anne Rice faz isso com absoluta
perfeição nestas quase trezentas e cinquenta páginas, já que, ora: se é um
livro que causou tanto choque e foi tão odiado por causar <i>tanto</i>, de fato trata-se de um ótimo livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Mas o livro também não se trata
apenas de sexualidade e erotismo: <i>Os
Desejos da Bela Adormecida</i> traz uma inteligente e criativa releitura para o
clássico conto de fadas. Chocante, sim; angustiante, sim; cruel? Bastante. Mas
indubitavelmente inovadora e interessante. Nesse doido mundo onde o lascivo é
bateria dos personagens (Anne Rice, numa entrevista sobre a obra, disse: "eu queria fazer a Disneylândia do S&M"), o medieval é simples e convincentemente implantado, e alguns
vestígios do clássico e reconhecido teor gótico de Anne Rice ainda podem ser
percebidos cá e acolá; os personagens são elegantemente apresentados ao leitor,
basicamente divididos entre aqueles escravizados e aqueles não escravizados, e,
atraindo o foco para os escravizados sexualmente, outra questão também é
interessantemente trabalhada por Anne Rice: o aprendizado e moldagem de um
alguém no meio em que se encontra. Personagens como Princesa Lizetta e Príncipe
Gerald são mostrados como alguns dos que foram manipulados de acordo com o que
é ensinado e esperado dos escravos – um processo de lavagem cerebral bizarro,
porém bem construído –, mas foram Bela e Príncipe Alexi em quem Rice aumentou o
zoom e trabalhou os caminhos de todo o processo da aceitação e entendimento do
que é vigente em derredor, e é um processo interessantíssimo de se ler.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> E mais, para finalizar os
comentários sobre esta ótima obra: não acho que se trate de um conteúdo
machista, como muito li ser taxada. Machismo, numa definição simples, é um meio
onde o homem encontra-se em posições mais importantes no derredor e faz uso de
força, psicológica ou bruta, para repreender, humilhar ou diminuir mulheres. E,
bem, quando há uso de algum tipo de diminuição ou repreensão com personagens
neste livro, o sofredor e o acusador variam de sexo. Traduzindo: homens e
mulheres aqui batem, fazem loucuras sexuais e exploram outros homens e mulheres assim como homens
e mulheres sofrem dos que infringem (homens ou mulheres). O fato de Bela ser a personagem em quem
tudo vai ser demonstrado não faz dessa obra machista, já que homens também no
universo criado sofrem do que Bela sofre – e, bem, na verdade sofrem coisas bem
piores do que ela. E, sinceramente falando, as personagens femininas são as mais cruéis desse livro (kkk).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Como fã de Anne Rice, eu precisava
dizer absolutamente tudo o que pensava sobre a obra e tudo com o que discordava
do que já havia lido anteriormente – por isso o tamanhão da resenha. E, de
fato, ela é o <i>meu</i> ponto de vista
sobre a obra, que eu sei que é divergente do da maioria, e isso não o faz
melhor ou pior. Faz ser só mais um ponto, dentro tantos outros diversos
espalhados pelo mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> A. N. Roquelaure, ou Anne Rice – que pseudônimo classudo! –, concebeu mais uma de suas obras brilhantes,
explorando o mundo da sexualidade, do prazer, da dor e do pudor como poucos
antes e, possivelmente, depois. De uma coragem extrema e da inteligência
imensurável, aplaudo mais uma vez a autora, que só provou ser uma das melhores
que já existiram, ao meu ver. É um livro para poucos, pois poucos possuem
estômago; entretanto, para quem o percebe e compreende, pode tratar-se de uma
inesquecível, intrigante e instigante obra. Se for consumir, esteja pronto, e
abra sua mente! É a única forma de fazê-lo com exatidão.<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-17708598563649734312014-08-22T17:16:00.000-07:002015-02-06T08:21:28.691-08:00de Yann Martel, LIFE OF PI (2001)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: As Aventuras de Pi;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Nova Fronteira;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Maria Helena Rouanet;</span><br />
<b style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;">Revisão</span></b><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">: Rachel Rimas;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Ficção (?);</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>5</u>.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTScikg364zy08zASdPyxd78cUa7JppvEcmt_SDK6Sd0hTARWo9h5a5PwEGzqJzcekrSvrc1mBip1ghaR9ToKM43v4YH2EZH3TEJgQyouc900ylNq5lBAi2dSq7ODD3atEOIdyig-JIVH5/s1600/Life+of+Pi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTScikg364zy08zASdPyxd78cUa7JppvEcmt_SDK6Sd0hTARWo9h5a5PwEGzqJzcekrSvrc1mBip1ghaR9ToKM43v4YH2EZH3TEJgQyouc900ylNq5lBAi2dSq7ODD3atEOIdyig-JIVH5/s1600/Life+of+Pi.jpg" height="312" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ter
<i>As Aventuras de Pi</i> em mãos foi um
golpe de sorte. Não deveria ser meu; comprei prum amigo e, quando vi que tinha
em mãos um livro de um filme que queria ver há muito tempo, decidi ficar com
ele e dar um outro ao tal amigo – já que, bem, é uma regrinha básica para a
maioria de nós, leitores, sempre ler o livro antes de ver o filme em que foi
baseado (e eu sigo essa regra feito o chatérrimo bookaholic que sou). E, como
dito: um golpe de sorte. <i>E que sorte</i>.
Pois acabei tendo em mãos um dos melhores livros que li esse ano – e, quem
disse que não?, da minha vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As Aventuras de Pi</span></i><span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> conta
a história, baseada em fatos reais, de Piscine Molitor Patel – que, por razões
inúmeras, rebatiza socialmente a si mesmo como Pi. Um menino inteligente e de
mente aberta, vegetariano, que é ao mesmo tempo cristão, muçulmano e hindu
(sim), descobre que precisa deixar a Índia com seus pais, irmão e animais do
zoológico onde vive em direção ao Canadá para recomeçarem suas vidas. Na viagem
de ida, porém, Pi vê-se num bote com uma hiena, uma zebra, uma orangotango e um
tigre (Richard Parker – sim, esse é o nome do tigre, e o porquê dele ter esse
nome você também vai descobrir), após o assustador naufrágio do navio <i>Tsimtsum</i>. E são sobre os meses – sim: no
plural – que Pi Patel, um jovem sagaz, corajoso e perseverante sobrevive no
meio do oceano que você irá saber. E entender. E, com ele, se aventurar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
meio do livro, eu fiquei me perguntando se o título “As Aventuras de Pi” havia
sido realmente uma boa escolha para a tradução do nome original, <i>Life of Pi</i>, no Brasil. O substantivo “aventuras”
me passa uma imagem por demais... Romântica, quando se atribui a uma
trajetória. É levar o leitor imediatamente a pensar em grandes aventuras
mitológicas, sobre um forte, indestrutível e brilhante ser divino <i>à la grega</i> – e foi isso, confesso, que
estupidamente me levei a acreditar. E, consequentemente, estupidamente fui
jogado para fora do que eu acreditava pelo enredo. Pois foi também assim que
foi <i>As Aventuras de Pi</i>, para mim: um
soco na cara e no estômago. Assim como um beliscão na consciência, e em muitas
verdades que eu achava serem sólidas dentro de mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> A primeira parte do livro é brilhante.
Trata-se basicamente de uma apresentação de Pi, da mentalidade de Pi e da
realidade em que vive; é nesse momento em que o leitor irá conhecer o seu herói.
Como dito, e provavelmente deve ter parecido confuso para quem não leu o livro,
Pi Patel se trata de um menino um tanto diferente: ele se considera de várias religiões.
E é esse o ponto que Yann Martel perfura com maior intensidade e maior foco,
nesta primeira parte da obra, lindamente expressando o que quer expressar sem
parecer um desesperado espiritualizado que quer converter pessoas – não, nem
pense nisso. Sou pessoalmente apaixonado por qualquer coisa que traga
discussões sobre religiões – desde entrevistas na TV a livros especializados no
assunto –, e encontrei nesse livro uma mina simples, nada pedante e preciosa
disso. Preciosa por não querer profetizar, ou dogmatizar, espiritualizar, mas
por esclarecer: pelas palavras de um homem sábio, é descrita toda uma vibrante
discussão sobre essa realidade pessoal de Pi, sua grande quantidade de crenças
religiosas, o porquê dele ser assim, e o
porquê de não ser errado ele ser assim; do porquê todo tipo de crença ter seu
valor e sua beleza, apesar de suas grandes obscuridades, e, principalmente:
como o seu eu cheio de fé e crenças foi uma grande arma para sua sobrevivência.
<i>As Aventuras de Pi </i>é um livro
lindamente universal, verdadeiro e corajoso nesse sentido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
então quando o livro parece mudar de tom. A escrita leve, muitíssimo
bem-humorada (o humor inteligente de Yann Martel me arrancou <i>gargalhadas</i> em sua primeira parte) e
descompromissada tomba exatamente quando o navio de Pi Patel também tomba, para
uma escrita mais dura e seca – e o leitor é levado com a história para o fundo
do poço da nova realidade do herói de Martel. Magnífica, essa mudança de tom –
do claro para o negrume, onde a tensão de Pi pode ser sentida na pele, quase
que literalmente de tão real. É aí então que a história de fato começa. E o que
Pi Martel passa em alto oceano, nos meses em que fica perdido... É cruel. Nuamente
desenvolvida ao longo do enredo, as provações de Pi são lancinantes: seu estado
emocional; seu estado físico; seu estado espiritual; seu estado existencial;
seu estado psicológico – tudo, tudo, absolutamente tudo que poderia ser
trabalhado em Pi para descrever a história de um garoto perdido em alto mar é
trabalhado com perfeição – por isso me atrevo com toda a confiança do mundo a definir
Piscine Molitor Patel como um dos mais completos protagonistas que já li.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
trajetória sofrida de Pi é desenvolvida num universo ironicamente “mínimo”:
simplesmente um bote, uma engenhoca e imensidões verticais e horizontais (um
céu infinito, um horizonte infinito, um oceano infinito). O passo a passo da
sobrevivência nesse “mínimo” é acachapante: ver como Pi compreende sua
realidade, encontra e constrói suas chances de vida e adapta-se inteiramente à
necessidade é incrível, tudo em meio de uma escrita viciante, dinâmica,
inteligente, baseada numa ótima pesquisa e inteira repleta de discussões
relacionadas aos processos de identificação, entendimento, percepção, dentre
outros, de Pi. É também tudo muito cru, seco, quando precisa ser. O que
acontece realmente é dito <i>como acontece</i>,
e isso me chocou algumas vezes – a ponto de me fazer virar o olho das páginas,
tomar um fôlego e só em seguida continuar (claro que isso vai do nível de
sensibilidade de cada um, mas acho que nenhum passaria ileso ao que acontece à
zebra...). Mas mais interessante mesmo é a... Eu ia dizer “amizade”, mas é
tanto mais como menos o que se desenrola entre Pi e seu fiel companheiro,
Richard Parker, o tigre que tem nome de gente. O processo de entendimento,
compreensão, habituação, rotina, sobrevivência de ambos é... Uau. <i>Uau</i>, de fato. E, por favor, um momento
pro derretimento do resenhista: que coisa mais linda, incrível, fofa, fodástica
é Richard Parker?! Esse tigre é LINDO, gente! Pelo amor de Deus!!! Fodástico e
absurdamente metafórico – pode deixar o leitor doido, doidinho da silva, se ele
se permitir pensar sobre todas as metáforas escondidas nas entrelinhas desse
livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
final, enfim, é outro fôlego que a escrita toma nos poucos capítulos da
terceira parte do livro – e qualquer informação que eu dê sobre esse fôlego eu
corro o risco de dar <i>spoiler</i>, então
prefiro deixar meu leitor por ele mesmo descobrir o que acontece (apesar de
ser, bem, meio óbvio o principal do desfecho da história). O fim do livro é
feito de uma forma que é bastante satisfatória – mas, bem, só. Fiquei meio em
dúvida se gostei ou não. Se merecia mais poesia, algo mais inebriante...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
isso, um mero milímetro perto de quilômetros de maravilhas, não faria o livro
perder nem um pouco seu brilho. <i>As
Aventuras de Pi</i> é um livro precioso, um achado; uma prosa de ouro, que
merece ser eternizada como um livro inspirador e poderoso. Aliás, por fim, eu
finalmente concordei com o título dado no Brasil: <i>As </i>Aventuras<i> de Pi</i>.
Porque o caráter de divino nessa história existe. Que não pode ser definida de
outra forma além de: um milagre.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-31724416914494463862014-08-15T16:42:00.000-07:002015-02-06T08:21:52.541-08:00Lenha na Fogueira: LADO DE LÁ, PITTY<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
minha criatividade e processos criativos de projetos pessoais borbulhando,
percebi que muita coisa ao redor me dá fôlego e recarrega minhas baterias
quando eu preciso. E sempre foi assim. Todos nós que trabalhamos com arte temos
métodos que nos fazem manter o foco ou então manter a perseverança e vontade –
e, como escritor, posso dizer que muitas vezes são essas injeções de
criatividade e vontade que nos fazem persistir e alcançar alguns de nossos
objetivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De
métodos: música, cinema, literatura, pintura, escultura, natureza etc. etc.
etc. As especificidades são de cada um, e são as minhas que serão mostradas sempre,
nessa nova coluna. A <i>Lenha na Fogueira</i>
trará pra vocês alguns exemplos do que me dá fôlego e o que me inspira nesse
meu processo criativo de escritor, e trará também as razões daquilo dito me
instigar tanto!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Espero que gostem da ideia.
Espero os comentários de vocês!</span></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-large;">música <b>LADO DE LÁ</b>, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: x-large;">banda <i>Pitty</i>.</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" src="//www.youtube.com/embed/BJ7nUE5YcfU" width="853"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pitty,
de longe, sempre foi uma das minhas maiores inspirações. Desde moleque mesmo
que as letras e a sonoridade inovadora da cantora trouxeram pra minha vida o
discurso corajoso, inteligente que me instigava a pensar; a mente aberta e
corajosa, na qual eu me espelhava pra ser igual; a voz deliciosa, de mulher,
puta gênero incrível pra ter representante brilhante, e em português, que me
representava: uma grande influência que desde quando gritava que <i>o importante é ser você!</i> marcou minha
vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
foi quando esse incrível novo trabalho, intitulado <i>Setevidas</i>, saiu que eu realmente respirei fundo e confirmei o
quanto essa artista é grandiosa. Músicas criativas, inteligentes, bem
trabalhadas e profundas, as faixas do <i>Setevidas</i>
resgataram o Rock mais denso, obscuro e de raiz da Pitty, muito voltado pra
temas um pouco mais lúgubres e uma sonoridade mais obscura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
o que poderia ser melhor para alguém que escreve sobre criaturas obscuras?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No
momento estou em processo de escrita de uma história sobre uma raça fantástica <i>dark</i>, por assim dizer, e uma música
deste álbum caiu como uma luva para essa realidade: <b>Lado de Lá</b>, com sua loucura crepuscular e seu ímpeto intenso, quase
incômodo, é um prato cheio pro meu processo criativo. Minha escrita ficcional
costuma ser enormemente contínua, quase sem pausas pra respirar, com intensos
acréscimos de intensos fluxos de pensamento, adjetivos, advérbios e coisas que
a deixam às vezes até mesmo lotada (do jeito que eu gosto, hehe), e a <i>vibe</i> inesgotavelmente crescente, rica e
impetuosa dessa canção me ajuda a continuar no mesmo ritmo, sem cansar,
enquanto ela estiver rolando no meu ouvido. É abrir meu <i>Spotify</i>, colocar a música na repetição por horas e, acredite:
consigo escrever por horas (testado: consigo mesmo). E sem perceber cansaço. É
tipo energético sonoro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pra
entrevista que Pitty deu pro blog da revista <i>O Grito</i>, é dito pela cantora que a faixa se trata de um réquiem, e
é exatamente essa a sensação que sempre tive da música, tanto por sua
sonoridade quanto por sua letra. “Se arrancou, e partiu daqui e levou de mim aquele
talvez...”, “Pra quê essa pressa de embarcar na jangada que leva pro lado de
lá?” “E o silêncio [...] que atravessou domingo de sol, e eu chovi sem parar...”
são trechos que trazem uma atmosfera lúgubre, cadavérica, mas com uma poesia e
melodia elegantes no entremeio, o que torna o universo da canção infinitamente
instigante, instigante a produzir algo no estilo. Algo mais gótico, culto,
sagaz, e poderoso – e, como mexo com criaturas desse porte, no momento, é
exatamente esse o perfeito tipo de música pra mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portanto,
se trata de uma canção pra inspirar um lado mais obscuro do meu processo
criativo. Um lado mais rebuscado, também, poético, e uma música pra não deixar
o fôlego acabar. É realmente uma música importante pro meu atual processo criativo,
e é pros mesmos fins que indico ela a você, se precisa botar alguma lenha na
fogueira! Não só ela, aliás, mas todo o novo álbum da Pitty – exceto a última
canção, <i>Serpente</i>, que...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Bem,
ela virá em outro <i>Lenha na Fogueira</i>, então
é melhor não dizer nada. Fique ligado!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-12941849227971966462014-07-31T18:22:00.000-07:002015-02-06T08:22:15.275-08:00de Robert Galbraith, THE CUCKOO'S CALLING (2013)<br />
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: O Chamado do Cuco;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> Robert Galbraith (pseudônimo de J. K. Rowling);</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Rocco;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Ryta Vinagre;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Ficção Policial;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>5</u>.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNHItP7H74OpMJxXRRz6Jq6P-ScyikyewixN1YD7OqOG41NBo75uni26KxMP_7_73IBnJWiRWod1oY581oFRHfnmoFtFdNms9PcixcenptMLQzkPLCLf5UQcxL6RwnXMA8XIBJdC_R0Fe/s1600/O+Chamado+do+Cuco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNHItP7H74OpMJxXRRz6Jq6P-ScyikyewixN1YD7OqOG41NBo75uni26KxMP_7_73IBnJWiRWod1oY581oFRHfnmoFtFdNms9PcixcenptMLQzkPLCLf5UQcxL6RwnXMA8XIBJdC_R0Fe/s1600/O+Chamado+do+Cuco.jpg" height="354" width="640" /></a><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não
fui apenas eu quem teve a agradável surpresa de que um recente livro policial
com razoável sucesso na Inglaterra havia sido escrito por ninguém mais, ninguém
menos que J. K. Rowling, sob um pseudônimo vago e comum. A autora do maior
fenômeno literário da história da Literatura Infantil, <i>Harry Potter</i>, havia agido soturnamente, mas acabou que sua obra
policial tornou-se um fenômeno de vendas assim que seu nome começou a ser
atrelado a ela oficialmente – e, bem, será assim com tudo que essa mulher se
atreva a escrever agora. É claro que fiquei interessado, ora essa: Rowling foi
a mulher que descaradamente me empurrou e afogou no amor pela Literatura, e,
após a leitura de seu primeiro livro para <i>crescidos</i>
(já que “Literatura Adulta” hoje em dia não tem uma conotação muito ortodoxa), <i>Morte Súbita</i>, eu tinha certeza de que
essa doce britânica poderia escrever absolutamente tudo o que quisesse. Mas
ainda assim a notícia e primícias de <i>O
Chamado do Cuco</i> me atordoavam um tantinho: literatura policial? J. K.
Rowling? Um novo herói detetive? Aquilo me deixava um tantinho inseguro, e,
curiosamente igual a seu primeiro livro para adultos lançado, demorei quase um
ano após sua publicação no Brasil para tê-lo em mãos e lê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
digo: não me arrependo nem um tiquinho de finalmente ter mergulhado nesta
incrível história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cormoran
Strike se trata de um falido detetive particular que, quase num golpe de sorte,
é contratado por um cabisbaixo e nervoso homem chamado John Bristow, o qual
recruta seus serviços para o assunto o qual notavelmente o perturba: o
assassinato de Lula Landry, a incrível, admirável e esplendorosa modelo que
três meses antes estampara todo tipo de mídia por conta de seu trágico “suicídio”,
quando caiu do alto de sua sacada no terceiro andar de uma construção de luxo. A
investigação, agora silenciosamente sob os olhos de Cormoran Strike e sua
naturalmente habilidosa e inteligente secretária Robin Ellacott, toma absurdos
e intrínsecos caminhos ao longo de uma investigação minuciosa, que revira o
passado da supermodelo e daqueles que lhe eram próximos até um desfecho
visceral, marcante e acachapante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
leitor pode sentir-se um pouco incomodado no início da leitura de <i>O Chamado do Cuco </i>– eu entendo aqueles
que reclamam que mal conseguiram passar da página cinquenta. O negócio pode
realmente ser um pouquinho cansativo: pessoalmente, até mais ou menos a página
cem eu olhava com olhos sonolentos e um estado de espírito entediado para
aquelas páginas. Elas podem ser um tanto tediosas por serem o início
engatinhador do enredo: as sutis primeiras verdades, opiniões, e as rasas
primeiras percepções jogadas para o leitor; peças soltas, depoimentos
interessantes, porém aparentemente vagos, que só a partir de mais ou menos um
quarto da leitura feita começam a perturbar o leitor pelos encontrões que dão
com outros fatos e percepções que o confundem, e que, assim, começam a de fato
entretê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
estrutura do livro é feita basicamente em cima dos depoimentos coletados por
Cormoran Strike; a falta de participação da mente do personagem protagonista,
do detetive, de suas percepções no texto, é o que dá o ar de grande suspense e
confusão. De certa forma, me senti deliciosamente perdido pela quantidade de
novas suspeitas, novas informações, novas confirmações e mais e mais problemas
sendo todos misturados ao longo das quase quatrocentos e cinquenta páginas, e
que não sofriam da participação ativa do personagem protagonista (por ser um
texto em terceira pessoa, certamente, e perceptivelmente também por decisão da
autora em sua narração): não é dito o que é percebido por Cormoran Strike no
decorrer do texto, salvas sutis demonstrações mínimas de percepções do
detetive. Na maioria das vezes, o leitor é levado às cegas às informações, e,
assim, o leitor tem sua completa liberdade de imaginar uma infinidade de
possibilidades de resolução do mistério de Lula Landry – o que, ao meu ver, é o
que dá o gosto mais delicioso em tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
fato de se tratar, também, de um livro fortemente ambientado no universo
londrino só soma. Para quem gosta de descrições de locais, da geografia do
espaço onde se passa a história – e principalmente se esse espaço for, ora, <i>Londres</i>! –, <i>O Chamado do Cuco</i> pode ser um mapa útil, relaxante e interessante. Vez
ou outra me sentia realmente habitando aquele lugar onde se passava a cena de
tão pungente é a forma com que J. K. Rowling nos adentra da história através de
seu detalhismo simples. A escrita simples, maravilhosamente fluida, e
inteligente, que não força a barra, de Rowling nos dá uma imensa sensação de
conforto pelas cenas que vão por entre os mais diversos âmbitos de hierarquias
sociais. Cormoran Strike vai de grandes construções do mundo da moda a PUBs
envelhecidos e malcuidados do subúrbio – e a demonstração de cada um desses
universos é feita de forma fiel, crua, e inteiramente realista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aliás,
um dos grandes pontos de meditação após o livro pode ser exatamente este: como
universos tão diferentes podem estar mais envolvidos do que se imagina.
Entretanto, os maiores deles, indubitavelmente, se tratam de duas questões: a
fama e o âmbito familiar. É a fama quem destroça Lula Landry, uma personagem
brilhante – mais uma vez a proeza de J. K. Rowling em trabalhar magnificamente
num contexto de enredo circundando um alguém que já não existe, de fato –,
tridimensional, incrivelmente bem construída pelos ao longo da narrativa pelos
relatos. A fama, que possui seu lado enegrecido pela necessidade de atenção e
que pode levar as pessoas às ruínas pelos mais diversos motivos e caminhos. E
as relações construídas ao redor de mentiras, segredos e loucuras quase
patológicas que podem ser danosas para toda uma família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quanto
aos personagens, todos são de um cuidado e veracidade ótimos – convincentes,
nada plásticos ou inúteis: quase praticamente todos possuintes de algo a
oferecer para o decorrer da história. E <i>humanos</i>,
o que é importante dizer. Aqui vai ser tocado um ponto um tanto polêmico que
foi gerado em torno da obra de Rowling e que eu acho que merece atenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Li
muitas resenhas, comentários de resenhas, comentários de vídeos do Youtube – li
e assisti bastante coisa sobre esse livro antes de decidir finalmente lê-lo.
Das críticas ruins, muito vi sendo dito que era falha, péssima a tentativa de
J. K. Rowling de tentar “fazer acontecer” um novo herói detetive. Okay, certo:
num mundo onde existe Sherlock Holmes, Hercule Poirot e Myron Bolitar, vir com
Literatura Policial de cara com um detetive como protagonista e não acontecer
comparação é impossível. Certo, possuímos nossos cânones no assunto, mas, pelo
amor de Deus, quem disse que não pode acontecer de outros detetives surgirem na
Literatura? Então é isso: precisamos agora esquecer qualquer tipo de escrita
moderna que trate de especialistas solucionando casos porque para sempre apenas
leremos Sherlock Holmes? Sandice. Para ser agora completamente sincero e talvez
ofender alguns corações literários, Cormoran Strike curiosamente me arrebatou
de uma forma mais poderosa do que Holmes o fez, quando li Conan Doyle há pouco
mais de um ano. E vou dizer o porquê: achei Strike humano. Um dos pontos mais
fortes de <i>O Chamado do Cuco</i> é trazer
um detetive que passa pelo que qualquer ser humano de carne e osso passa, como
dores físicas e dor emocional. Simplesmente aplaudi deveras o fato de J. K.
Rowling ter também construído um universo emocional e palpável para Strike e
Robin, pois isso me fez acreditar nele como um de nós, e não como uma entidade
assombrosamente brilhante, quase um Deus, como Sherlock Holmes foi dito por seu
companheiro fiel, Watson. Acalmemos aqui: não estou dizendo que um é melhor que
o outro. Mas me senti no dever de expressar minha opinião sobre isso, e que tenho
minha preferência, agora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "Georgia","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
capa desse livro é a coisa mais linda desse mundo, aliás; a edição da Rocco,
assim como a revisão, encadernação e a diagramação: maravilhosas. Um livro
construído em torno das loucuras, pompas e consequências da fama; entre os
cigarros, os PUBs, os mistérios de uma Londres nua e crua: <i>O Chamado do Cuco</i> é um grande livro policial. Uma brilhante estreia
de J. K. Rowling no estilo, série a qual, sem dúvidas, promete ainda muitas
incríveis e arrebatadoras histórias de Cormoran Strike e sua fiel escudeira,
Robin Ellacott. Vale a pena conferir!<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-73987246431337002452014-04-22T14:20:00.000-07:002015-02-06T08:23:18.443-08:00de Richard Curtis, ABOUT TIME (2013)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;">Nome no Brasil</span></b><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">: </span><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">Questão de Tempo</span><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">;</span></div>
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;">Gêneros</span></b><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">: Romance/Drama;</span><br />
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;">Roteiro</span></b><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">: Richard Curtis;</span><br />
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;">Elenco</span></b><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy, Tom Hollander, Lydia Wilson;</span><br />
<b style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #38761d; margin: 0px; padding: 0px;">Nota </span><span style="color: #cccccc; margin: 0px; padding: 0px;">(de 0 a 5)</span></b><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">: <u>4</u></span><span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;">.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #363636; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: 13px; line-height: 18.200000762939453px; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.98fm.com/content/006/legacy-images/abouttime-trailer-thumb-jpg_1634401.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.98fm.com/content/006/legacy-images/abouttime-trailer-thumb-jpg_1634401.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Eu confesso que o primeiro motivo para meu
interesse em assistir <i>About Time</i> foi Rachel
McAdams. Quando vi o banner desse filme bem de frente pros meus olhos no site
onde costumo fazer meus lindos grátis downloads e vi a imagem da linda Rachel
McAdams sorrindo docemente, criei grandes expectativas, e de forma alguma meus
dedos se seguraram até que o download estivesse devidamente em andamento. Foi
um filme que não ficou tão na moda assim – ao menos não ouvi falar dele tanto;
achei seu trailer perdido pelo Youtube dias antes de ver o banner e já fiquei
enormemente ansioso para assisti-lo –, e eu estava procurando por filmes
basicamente muito comentados para assistir e me divertir. Não sei porquê.
Talvez pensando futuramente em escrever críticas pro Blog. Mas o fato é que
isso mudou, e, graças aos céus, eu saí da rotina de baixar filmes em alta e
baixei <i>About Time</i>. Pois é um filme
que não me arrependi de ter assistido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O filme conta a história de um jovem
rapaz que, quando vivia na Cornuália, sul da Inglaterra, descobriu com seu pai
que os homens de sua família têm um poder: eles podem viajar para qualquer
momento do passado, desde que já tenham estado fisicamente presente no momento
em que desejam voltar. Após usos e mais usos e as primeiras descobertas sobre
seu poder, o jovem ruivo finalmente muda-se para Londres para tentar ganhar sua
vida, e é lá que conhece o doce amor de sua vida, Mary. É neste instante que a
vida dos dois se cruzam, que os laços familiares se tornam intrínsecos e mais e
mais Tim aprende sobre si mesmo e seu dom. Seria a vida uma questão de tempo?
Serão os dias tão contáveis e imutáveis? O quanto vale a pena alterar seu curso
de vida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="http://www.upcoming-movies.com/image/new/about-time-image-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="http://www.upcoming-movies.com/image/new/about-time-image-1.jpg" height="213" width="320" /></a><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;">É
um lindo, lindo filme. Pessoalmente, </span><i style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;">About
Time</i><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;"> me conquistou demais. Leve, deliciosamente sutil, este filme é aquele
tipo de filme o qual você deve assistir para passar uma tarde/noite chuvosa,
sem expectativas, com o coração inteiramente aberto. É um filme que,
trabalhando temáticas familiares e certo tom de fantasia (presente na questão
das viagens do tempo), de forma alguma traz um peso significativo de profundidade
ideológica e aprendizagem: simplesmente as oferece, com sabedoria e maciez. </span><i style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;">About Time</i><span style="font-family: Georgia, serif; line-height: 115%;"> é uma bela metáfora sobre a
vida de todos nós, e sobre o uso que fazemos dela e de seu contador oficial: o
tempo. Eu aprendi coisas assistindo e ouvindo os ensinamentos que são
oferecidos no Longa. É um filme, acima de muita coisa, com ensinamentos sábios.
Ensinamentos que, por vivermos nossas vidas caóticas e por muitas vezes
apressadas, deveríamos receber o mais cedo possível na vida. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">Essencialmente familiar, <i>About Time</i> traz aquele velho e gostoso
estilo de filme o qual não tem a necessidade de alcançar picos de tensão para
que o expectador se impressione com o enredo. Eu pelo menos não o vi assim. Vi
em <i>About Time</i> um filme tranquilo,
pacato e despretensioso, com uma linearidade tensional ótima. Com personagens
encantadores e interessantes, o forte desse filme está exatamente naquilo que
não ele não promete. Se você olhar para o pôster do filme, obviamente pensará
que é um filme de romance, e daí então inesgotáveis de ideias sobre o que é um
filme de amor irão passar por sua mente. Coisas que certamente não acontecem
neste Longa. Sou um profundo amante dos clichês de romances, os clichês
clássicos e encantadores que nos arrebatam na história de amor, mas
convenhamos: também não é muito gostoso quando uma história de romance nos
surpreende? Sai do convencional? Se você concorda com esta pergunta, eu recomendo
que assista <i>About Time</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">E, se não concorda, eu recomendo da mesma
forma, já que meu argumento seguinte é que não é por ser um romance
não-convencional que ele é anticonvencional. A não-convencionalidade de <i>About Time</i> existe pelo simples fato de
que este filme não traz como foco o amor romântico de dois estranhos. O foco
desse filme vai além. Vai ao amor familiar, à durabilidade e importância do
amor quando este já está maduro e existente, e, como já dito, à proposta
inicial do filme: falar <i>sobre o tempo</i>.
Sobre o que é o tempo na vida do protagonista (e na de todos nós). Portanto,
amantes de romance, fiquem tranquilos: vocês encontrarão tudo aquilo que
veneram num filme desse calibre. Só não esperem que seja um filme
essencialmente romântico, pois aviso: não é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="http://s2.djyimg.com/n3/eet-content/uploads/2013/10/5681_D026_00448R-676x450.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://s2.djyimg.com/n3/eet-content/uploads/2013/10/5681_D026_00448R-676x450.jpg" height="213" width="320" /></a><span style="font-family: "Georgia","serif";">Gentilmente engraçado, também tem boas
atuações, o que, confesso, me surpreendeu um pouco. Rachel McAdams, é claro,
continua com seu incrível talento e seu lindo jeito de atuar. A meu ver, é uma
grande atriz e merece grandiosos papeis. Domhnall Gleeson, que faz o protagonista
(E FEZ O GUI WEASLEY, GENTE), também me surpreendeu de forma boa; Lydia Wilson,
que interpreta a irmã do protagonista, também me agradou muito. Em suma é um
filme aprazível, porém, o que não o fez levar “5”, na minha opinião (ou seja: Ótimo),
foi por, talvez, vez ou outra ter se tornado um pouquinho arrastado. O ritmo no
início é um pouco caído; a história começa a tomar um rumo realmente bacana um
pouco depois, o que não tira o teor delicioso da história, é claro. Porém,
talvez devesse ter sido melhor trabalhado o início.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">O que não faz desse filme, repito, ruim.
É um filme muito o bom, o qual traz ensinamentos que podem mudar aqueles que o
assistem, e inspirar. <i>About Time</i> é
uma história sobre o tempo, como manejá-lo em nosso dia-a-dia, e amor, com suas
mais diversas ramificações. Recomendo <i>About
Time </i>a todos aqueles que desejam assistir um filme para relaxar, quem sabe
chorar um pouquinho (como eu – mas eu choro até com comercial da <i>O Boticário</i>, então...) e se renovar.
Vale a pena conferir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://eastvalleymomguide.com/wp-content/uploads/2013/11/Photo3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://eastvalleymomguide.com/wp-content/uploads/2013/11/Photo3.jpg" height="412" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";">E você, achou o quê? Concorda, discorda
de algo? Tem pretensão de assistir o filme? Conta pra mim nos comentários!<o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-65573733626523692942014-04-13T09:15:00.000-07:002015-02-06T08:22:56.401-08:00de Michela Murgia, ACCABADORA (2009)<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Acabadora;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> Michela Murgia;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Alfaguara <b><span style="color: #cccccc;">(selo da editora Objetiva)</span></b>;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Federico Carotti e Denise Bottmann;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Drama, Familiar, Ficção italiana;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>5</u>.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cccccc; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: xx-small;"><i>não tem fotinho de apresentação porque não achei na </i>internet <i>uma decente pra cortar</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cccccc; font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: xx-small;"><i>sorry.</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Foi em alguma promoção relâmpago nesses sites grandes que vi <i>Acabadora</i><span style="font-size: small;"> à venda, pela primeira vez. Eu nunca havia ouvido falar do livro, a verdade é essa, e talvez, sendo sincero, se eu houvesse o visto em qualquer outro lugar que não numa estante virtual sob o preço promocional irrisório (tão irrisório que quase ridículo) de dez reais não o haveria comprado. Pra falar a verdade </span><i>mesmo</i><span style="font-size: small;">, eu não cheguei nem a comprar o livro: mandei o link pr’uma amiga super legal e me aproveitei da data próxima do meu aniversário pra fazer a chantagem emocional costumeira.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">“Compra pra mim?”, perguntei pra ela.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">“Compro.” Ela disse prontamente. “Só porque é teu aniversário.”<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">E, apesar de ela não ter dito, aposto que completou em pensamento essa frase com “<i>e porque tá com esse preço</i>”.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Havia, acho, mais de trezentos livros em promoção, mas foi <i>Acabadora</i> que me chamou verdadeiramente a atenção, dentre vários. Pra começar, se você quer saber, essas promoções gigantes de sites gigantes são meio enganosas: eles só colocam livros que costumam não realmente interessar as pessoas para se livrar logo deles. Nada contra este tipo de livro e quem o lê, mas eu realmente não vou gastar dinheiro com algo chamado “<i>Vinte Dicas para o Sucesso</i>” ou coisa do tipo; segundo que, quando bati o olho, simplesmente me apaixonei pela capa: a menina de cabeça baixa, vulneravelmente triste e introspectiva imediatamente me cativou. Sem contar com o nome, é claro, que, somado à energia que emana do design da <i>cover</i>, nos faz pensar logo em algo dramático, obscuro e até fúnebre.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Já bastaria para me conquistar de cara e me fazer comprar apenas por esses atributos – ou seja: fazer uma compra irresponsável –, <i>Acabadora</i>. Entretanto, tive mais algumas deliciosas e surpreendentes surpresas que foram o bastante para me decidir pedi-lo de presente.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Além de ser um livro italiano e que fale sobre a Itália tradicional do século passado (eu sou perdidamente apaixonado por esse país e estou sempre tentando aprender de forma quase assustadora sobre o mesmo), o livro nos traz um enredo que simplesmente me arrebatou: uma garotinha, Maria, que, rodeada pela realidade de uma Sardenha supersticiosa e enovelada de regras e tradições antigas, é adotada pela misteriosa e poderosa Bonaria Urrai, uma mulher possuidora de uma estranha e quase macabra posição, se não uma função, tradicional no lugar onde vive. Os destinos dessas duas mulheres, presos a uma realidade e a eventos e acontecimentos dramáticos e poderosamente incisivos em suas vidas, personalidades e formas de pensar e agir, são desenvolvidos numa trama imponente, firme e arrebatadora por Michela Murgia – mulher que se tornou uma das autoras mais brilhantes que existem, na minha concepção.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Foi só depois que pedi que comecei a ler que me dei conta de que algo me angustiava em relação ao livro de Murgia: seu tamanho. Pela percepção que tive do enredo, simplesmente não conseguia imaginar como aquela mulher italiana conseguiria desenvolver um enredo tão poderoso como aquele em irrisórias 154 páginas. Eu realmente estava temeroso: o livro que minha amiga havia me dado com tanto carinho, no meu pensamento bobo, poderia se tornar uma grande decepção por não ter um enredo tão bem desenvolvido por conta do tamanho do livro. Eu não conseguia enxergar como Murgia conseguiria dar a tudo seu tempo e sentido em tão poucas páginas – simplesmente não conseguia. Mas é claro que eu estava sendo um completo melodramático, como percebi com o passar das páginas: Michela Murgia é uma mestra na adequação de tempo e espaço em enredo – ao menos foi, nesse livro que li. Isso pode parecer um ponto bobo para se sublinhar numa resenha, porém isso para mim é algo extremamente importante e deve ser tratado com muito cuidado. Já tive antes experiências com livros que, talvez por sua pressa em se adequar a certa quantidade de páginas “querida” pela maioria massiva dos leitores (de duzentas a trezentas páginas) – ou realmente por preguiça do escritor, sabe-se lá –, acabaram se tornando desastres melindrosos por não conseguirem dar um ritmo adequado ao que sua história pedia. Murgia soube fazê-lo com magnitude. Poucas vezes vi um livro tão completo, nesse sentido (menos vezes ainda com livros de menos de duzentas páginas; talvez seja o primeiro).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><span style="line-height: 18.399999618530273px;">Acabadora</span></i><span style="line-height: 18.399999618530273px;"> é um livro rico, que retrata um drama familiar numa realidade interiorana, portanto cheio de demonstrações – retratadas de forma belíssima e fidedignas – da forma com que o universo nesse tipo de realidade funciona. Não se deve esperar de um livro assim floreios modernos e contemporâneos, em questão de tempo e espaço do enredo; espere o retratar do simples pensamento de uma cidade pequena, a complexidade das teias que formam as tradições seculares seguidas por habitantes de uma realidade como essa. Esperem o retratar de questões comuns pelo imaginário popular de uma Itália rural da segunda metade do século XX, o trabalho com a demonstração do sentimento e da psique de diversos personagens e caricatos comuns dessa época e habitualidade. Essas são coisas que verdadeiramente se podem encontrar no livro de Murgia.<o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Além, é claro, de uma escrita digna de ser aplaudida de pé. Tão belamente ornamentada, a escrita de Michela Murgia é serpeada por belas colocações de palavras e adjetivos – <i>belas</i>, não cansativas. É realmente bem chato quando um escritor isso faz para apenas embelezar o texto ou torna-lo pseudointelectual. Murgia não: sua escrita é natural, delicada, e realmente flui: é um livro que pode ser lido, dependendo do ritmo de leitura de cada um e identificação com o texto, com calmaria e prazer. E melhor, para aqueles que gostam de logo terminar leituras: como já dito, pequeno. Cento e cinquenta e quatro páginas, apenas.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><span style="font-size: small;">A pequena grande obra de Michela Murgia, </span><i>Acabadora</i>, indubitavelmente é uma obra que não só superou expectativas, mas que também inspirou, instigou e, mais que tudo: ensinou. Sobre a Itália, sobre os costumes de uma vida tradicional, sobre bucólicos e sombrios costumes populares e sobre o quanto que a vida e a morte são fatores tanto relevantes quanto cruciais para a transformação de pessoas e seus destinos.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-89758187390568728642014-03-26T11:55:00.000-07:002015-02-06T08:25:40.499-08:00como não amar KELLY CLARKSON?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E é com muito prazer que anuncio, senhoras e senhores: esta é a estreia da nova coluna do Blog <i>Achou o Quê?</i>, a "<i>Como Não Amar?</i>"! Cada post terá como protagonista uma pessoa famosa a qual admiro e adoro, e sobre essa irei pesquisar e falar sobre para vocês! Aproveitem!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpZlAB1R73WcxjSs82TuYclq5PsJnRTUYaajTqOvBZUEtLcgHxCopVuWg3XaNFHtSwrJq9I_59ZhJ-gJnyROAXP-MGze8NL_Vhvupl329myeLIMlNT8iovtZFgDRXR8cvh1BNqf7oByMK8/s1600/Banner.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpZlAB1R73WcxjSs82TuYclq5PsJnRTUYaajTqOvBZUEtLcgHxCopVuWg3XaNFHtSwrJq9I_59ZhJ-gJnyROAXP-MGze8NL_Vhvupl329myeLIMlNT8iovtZFgDRXR8cvh1BNqf7oByMK8/s1600/Banner.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Acho que eu não poderia escolher pessoa melhor para estrear essa coluna aqui no Blog. A verdade é que, quando eu parei por uns minutos, há alguns dias, para fazer uma lista das pessoas que fariam parte dela, a primeira que veio à minha cabeça foi essa texana. Não só pelo meu profundo amor por essa mulher – para deixar logo tudo em pratos limpos, ela é minha cantora favorita no mundo inteiro –, mas pela admiração que tenho por sua luta, por sua determinação e pela sua inspiradora personalidade. Kelly Clarkson é uma das melhores pessoas que já ouvi falar do mundo da Música, em todos os sentidos: como cantora, como personalidade pública e, principalmente, como ser humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxsPsEmeR54VF-RQ0_GNmCgMozYHPLeZYqKMzQCcZGS-rkLLjX06q8MT9RCDtH14nQOBIoPWj41i_7wkvgm4yT-GJqiRkdp-L5_ZlhtvyLDcufN_pHHZ8hVORRA59c4WFD6WwY7WFz58_h/s1600/1.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxsPsEmeR54VF-RQ0_GNmCgMozYHPLeZYqKMzQCcZGS-rkLLjX06q8MT9RCDtH14nQOBIoPWj41i_7wkvgm4yT-GJqiRkdp-L5_ZlhtvyLDcufN_pHHZ8hVORRA59c4WFD6WwY7WFz58_h/s1600/1.bmp" height="282" width="640" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Clarkson nasceu em Forth Worth, Texas, uma pequena cidade de Nashville. Praticamente criada apenas pela mãe, descobriu-se para o canto quando, no corredor da escola em que estudava, uma professora a ouviu cantando por diversão e com ela se surpreendeu. Entrou para o coral da escola, cresceu, e finalmente, quando teve idade o suficiente para seguir seu próprio caminho, saiu de casa em busca do sonho de ser uma cantora profissional. Após tentar por inúmeros caminhos que não deram assim tão certo – inclusive ser desprezada num teste para participar de um grupo <i>teen</i> por ter “uma voz muito poderosa” – e um desastre com a casa onde morava (que pegou fogo), as audições da primeira edição do <i>American Idol</i> foi onde buscou, por impulso de uma amiga, algum caminho de luz. Graças a essa amiga, Kelly Clarkson acabou se tornando não só a cantora mais conhecida mundialmente revelada pelo <i>American Idol</i> como também a com maior vendagem. Kelly Clarkson já foi considerada a maior voz do pop contemporâneo por uma famosa revista americana, conquistou três <i>Grammy</i> e tem mais de vinte milhões de álbuns vendidos; até no <i>Guiness Book</i> Clarkson já marcou presença! Após o grandioso sucesso de seu último álbum lançado, <i>Wrapped In Red</i> – um álbum natalino que se tornou o álbum de Natal mais vendido do ano, do qual um especial de TV foi gerado (o <i>Kelly Clarkson Cautionary Music Tale</i>) –, foi chamada até mesmo de “a nova Rainha do Natal” pela crítica. A cantora, que casou-se recentemente com Brandon Gladstock (e que está grávida de uma menina!), agora se prepara para lançar um novo projeto voltado para o gênero Country, gênero o qual sempre esteve relacionada por amizades e paixão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sempre gostei de música. Música, que sempre foi pra mim uma paixão imensa, acabou se tornando mais que isso no dia em que decidi que queria cantar. Eu realmente não era afinado, não tinha habilidade vocal nenhuma; tinha uma voz simples, um pouco normal, grave. Mas eu queria cantar. Queria muito cantar. Nessa mesma época, descobri que era moda nos EUA você fazer sucesso como cantor se você conseguisse atingir notas vocais altíssimas – tradução: se você gritasse de um jeito potente e afinado. Eu curtia muito Hayley Williams, uma potentíssima cantora, mas ela, na minha percepção, tinha uma voz muito difícil de alcançar, principalmente pelo fator timbre/voz: ela é um Soprano (a voz mais aguda na escala vocal feminina), e eu estava penso entre um Tenor (a voz masculina mais aguda) e um Barítono (a voz masculina intermediária, nem a mais grave, nem a mais aguda); minha voz ainda estava se formando, se adequando à música, então começar com coisas como Hayley Williams era algo realmente difícil. No entanto, eu lembrei-me de uma cantora a qual uma grande amiga havia me apresentado. A tal Kelly Clarkson tinha aquela música famosa da novela,<i> Because Of You</i> (a única dela que eu realmente havia conhecido), e eu me meti a ouvi-la e tentar cantá-la. E não foi que deu certo? Apesar de Kelly também ser um Soprano (e, pessoalmente, acho ela mais difícil de cantar que Hayley Williams), minha voz encaixou-se na dela de uma forma que eu realmente nunca poderia imaginar. Eu podia cantar Kelly Clarkson. Eu conseguia cantar Kelly Clarkson. Foi aí então que meu mundo musical começou a girar em torno dela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sabe aqueles artistas que têm altos e baixos na carreira? Talvez Kelly Clarkson seja um dos maiores exemplos disso. Sua vida, que começou com uma grande explosão de fama, já que ganhou um dos mais populares e primeiros reality shows musicais do mundo, teve grandes impactos causados pela indústria da música e toda essa pressão que sempre ouvimos falar os artistas desse meio sofrerem. O primeiro foi justamente esse: ser lançada numa vida de sucesso muito rapidamente. Como todo artista, Kelly Clarkson precisou se acostumar com isso, já que essa seria sua vida a partir daquele momento; ela poderia ter optado por desistir, porém, não. Era seu sonho. E caiu com força em seu primeiro álbum, <i>Thankful</i>, lançado em 2003: um poderoso álbum que mistura R&B, Soul e Pop, o qual foi um sucesso de vendas razoável para uma estreante oriunda de um reality show – alcunha a qual Clarkson precisa lidar desde cedo. Existe um grande preconceito em relação a artistas que são descobertos nesse tipo de programa, e Clarkson foi extremamente julgada e sofreu com variadas e perversas críticas por ter sido descoberta no <i>American Idol</i>. Ela precisava se provar uma grandiosa artista, precisava emplacar mais do que o fez com os singles <i>A Moment Like This</i> (que entrou para o <i>Guiness Book</i> pela estrondosa venda) e <i>Miss Independent</i> (que estourou nas rádios americanas e mundiais). Precisava mudar sua imagem, colocar mais de si mesma nas músicas. Pegar mais pesado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi3N7uNsyPoBHNWXSRcSo16V9mj1vlkgtWaM0pUC3h7eGUgL2099iOFhf9nbdP2klswl9Kf98n5-d0D0vK2kYALQ-Vg8uhk3rXWsOYcavqeeVXeLYrN_KxkrUluCYEr0P3UM7PP84n3y1zO6HWNTdXnVkE87Vp-hDj6NLv_6iPbQYAzYyLgaL_Y5v1LwrUQTdrvuxjrhCPMXoEIujnSqA=" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="http://25.media.tumblr.com/1f7906d6a32454085dfe214db97784fc/tumblr_miaa0hvu4Q1rkfsxoo1_500.gif" height="183" style="cursor: move;" width="320" /></span></a><span style="font-family: inherit;">E foi que surgiu o álbum de maior vendagem, o <i>Breakaway</i>, que a consagrou de vez no mundo da música. Hits como <i>Since U Been Gone</i> (ganhador do <i>Grammy</i> de “Melhor Performance Vocal Pop Feminina”), <i>Breakaway</i> (música tema do filme <i>O Diário da Princesa 2</i>) e <i>Because Of You</i> (considerada uma das maiores baladas da história) levaram-na a inúmeros prêmios, capas de revistas e ao auge da fama: mais de treze milhões de cópias foram vendidas, e a tornaram a artista mais reconhecida e “badalada” de 2005 e 2006.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Entretanto, o seu primeiro “baixo” na carreira aconteceu. Nos preparativos de um álbum que Clarkson tinha como objetivo fazer para si mesma, composta por si e com mais ainda de sua veia musical, houve contradições em relação ao lançamento e as músicas compostas pela artista. A RCA, gravadora de Clarkson, haveria rejeitado as músicas que a cantora compusera, e uma briga entre cantora e gravadora iniciou-se. Há quem diga que Clarkson até mesmo recebeu propostas em dinheiro para mudar algumas de suas músicas do CD e que inclusive quiseram lhe fazer cantar uma regravação de Lindsay Lohan, coisas que a texana recusou imediatamente. Foi depois de lutas que Clarkson conseguiu lançar seu terceiro álbum, o <i>My December</i>, um álbum de composições belas, introspectivas e poéticas, considerado por muitos fãs o melhor álbum da cantora – em contramão, é seu álbum de menor divulgação (o que dizem ter sido boicote da própria gravadora) e com menos singles. A briga entre Kelly Clarkson e a RCA foi tão intensa que dizem até mesmo que a cantora chegou a sofrer agressões verbais sérias de Clive Davis, o “chefão” da gravadora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="http://images6.fanpop.com/image/photos/35600000/Kelly-GIFs-kelly-clarkson-35624825-500-275.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="http://images6.fanpop.com/image/photos/35600000/Kelly-GIFs-kelly-clarkson-35624825-500-275.gif" height="176" width="320" /></span></a><span style="font-family: inherit;">O próximo álbum de Kelly Clarkson, <i>All I Ever Wanted</i>, ainda que não tão poderosamente divulgado, alcançou resultados inesperados. O maior susto foi, logo na semana seguinte à do lançamento da música <i>My Life Would Suck Without You</i>, primeiro single do álbum, a música alcançar o grandioso número 1 na parada mais importante dos EUA, estando uma semana antes na posição simples de 97º na <i>Billboard Hot 100</i>. Foi o maior salto de uma música da história da <i>Billboard</i>, mérito que rendeu a Clarkson outra entrada no <i>Guiness Book</i>. Foi também na era desse álbum que Kelly Clarkson foi considerada por uma famosa revista americana uma das cem mulheres mais importantes do mundo, sendo citada como “a maior voz do pop contemporâneo”. No entanto, a sua nova entrada para o sucesso veio realmente quando o álbum <i>Stronger</i> foi lançado. Um álbum de “pazes” com a gravadora, de acordo com Clarkson, a qual revelou ter sido gravado sem embates e com vontade, já que era realmente o que a cantora queria fazer musicalmente. Kelly voltou aos topos das paradas de sucesso e a ser comentada em todo o mundo, principalmente após sua música <i>What Doesn’t Kill You (Stronger)</i> virar um poderoso hit radiofônico e global. Esse álbum é considerado importantíssimo, tanto pelos fãs quanto pela própria cantora, já que se trata de um álbum feito com prazer pela artista, e também por ser um álbum de poderosas doses vocais e grandiosa qualidade (tão aclamado pelos vocais de Clarkson que com este que ganhou outro Grammy, o terceiro de sua carreira: “Melhor Álbum Vocal de Pop”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Um álbum reunindo seus grandes hits também foi lançado (o “<i>Greatest Hits – Chapter 1</i>”), e logo em seguida outro triunfo, tanto vocal, tanto em relação à produção, à diversidade musical, foi alcançado pela cantora: <i>Wrapped In Red</i>, um sonho de Clarkson que foi finalmente lançado. O álbum de Natal, lançado no fim de 2013, foi considerado o melhor álbum natalino do ano, e foi também o álbum com essa temática mais vendido. Clarkson foi aplaudida pela grande potência vocal e riqueza do CD, que inclui tanto músicas clássicas natalinas (clássicos do Cinema, culturais, clássicos da Broadway) quanto composições próprias. É considerado pela cantora seu álbum favorito, até então.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Não foi só por eu ter me construído como cantor em cima de Kelly que ela é minha cantora favorita, não só por eu ter me espelhado muito nela, mas principalmente pela grande pessoa que Kelly Clarkson é. Vou lhes dizer uma coisa: se há algo que eu realmente admiro em alguém é seu coração e sua personalidade. Isso pode soar estranho, mas eu não gosto de um artista que tenha uma personalidade que não me agrade, que me irrite ou que me enoje; posso curtir uma ou outra música, mas paixão, por ele, de verdade? Eu nunca terei. O que torna alguém um ídolo, pra mim, é o conjunto. É aquela pessoa como ser humano, como cantor, como intérprete, como artista, como mente pensante, como personalidade, como índole e muito mais aspectos; eu realmente sou um chato para admirar alguém. E encontrei em Kelly Clarkson alguém tão absurdamente admirável que me perdi, realmente, de amor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Alguém que nunca precisou fazer bobagem alguma com a própria vida e carreira por apelação, alguém que nunca se meteu em problemas mais sérios (como, por exemplo, judiciais); alguém, como costumo dizer, super de boa. Kelly é, antes de tudo, uma pessoa incrível. Pode ser dito ferinamente que eu não a conheço pessoalmente para saber disso, e realmente não conheço, porém confio cegamente na minha capacidade de sensibilidade e percepção, além de acompanha-la por muitos anos para ter total e completa certeza disso. Kelly Clarkson é extremamente amável. É humana, antes de tudo. É um ser humano doce, é extremamente gentil, e absurdamente engraçada e divertida – tudo para Kelly é riso, tudo é feito rindo, tudo é construído em cima de diversão e prazer. Não existe na cantora uma aura pesada que vez ou outra identificamos em alguns artistas, ou uma aura forçada. Não: Kelly Clarkson é Kelly Clarkson. Ela é simplesmente ela. Aquela pessoa que está ali, numa entrevista, é a mesma por detrás das câmeras; o sorriso é o mesmo, o riso é o mesmo, a pessoa é a mesma. Ponto final. Isso é algo que me encanta realmente em alguém: alguém que é quem é, sem máscaras ou qualquer forma de mentira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Acho que outra coisa também admirável é o fato de Kelly ser muito corajosa. Vejo-a realmente como um puta mulherão. Ela passou por tanta coisa, tantos altos e baixos, tanto sofrimento, e continua firme, forte e apaixonada pelo que faz, sem dar o braço a torcer ao que dela querem fazer por conta de imagem e mídia. Kelly também tem minha profunda admiração pelas resistências e combate a tudo o que foi dito e comentado sobre seu peso. Perdoem-me a sinceridade, mas, pelo amor de Deus: por quê peso realmente importa? Qual é a desse maldito conceito de beleza mundial da mídia? O nome dela já esteve em inúmeras bocas malévolas e irônicas por conta do peso que adquiriu, coisas todas que foram, se não dignamente ignoradas pela artista, respondidas com simplicidade com frases como “<i>eu engordei porque sou um ser humano</i>” e “<i>por que você quer perguntar sobre o meu peso? Eu tenho um trabalho pra mostrar, para conversar sobre ele, e você quer saber o porquê de eu ter engordado?!</i>” – com as quais eu concordo em cada vírgula. Os fatos de Kelly ter se aceitado do jeito que é (convenhamos: Kelly nunca foi magra – sempre teve suas curvas), de ter tido intrepidez contra todas as críticas da mídia e ainda ter feito de um single uma música que fala exatamente sobre isso (<i>Mr. Know It All</i>) são realmente, realmente dignos de aplauso. Não são todas as pessoas que são fortes o suficiente para lutarem contra os Senhores Sabem Tudo do mundo, suas palavras e mentes grosseiras, e ainda conseguirem ser felizes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.giphy.com/media/cIfyGNdsolIWI/giphy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="http://media.giphy.com/media/cIfyGNdsolIWI/giphy.gif" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Além de que, vocalmente falando, não se pode negar a qualidade vocal magnífica, inúmeras vezes surreal, de Kelly Clarkson. Com uma voz plena e volumosa, a cantora vai de bons e afinados graves até agudos poderosíssimos e altíssimos, às vezes incrivelmente estridentes e fora do normal, coisas que embasbacam os fãs e a crítica. É, sem dúvidas, um dos vocais mais poderosos do mundo Pop atual – vocais os quais, aparentemente, só melhoram e amadurecem. Músicas como <i>Anytime</i>, <i>Addicted</i>, <i>Sober</i>, <i>Whyyawannabringmedown</i>, <i>Let Me Down</i> e a brilhante versão do clássico <i>Run Run Rudolph </i>são grandes provas do potencial de Kelly Clarkson como cantora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">A minha questão com Kelly Clarkson é algo que já se tornou tão intrínseco à minha vida que tê-la como ídolo passou de uma simples sensação. Hoje em dia é algo simples: ela é importante na minha vida, simples, ponto, acabou. Uma mulher que não só influenciou minha vida e meus gostos, mas como continua influenciando. E todos esses motivos apresentados ainda são muito poucos para demonstrar o quão amável esta cantora e vencedora é. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Como não amar</i> a doce, gentil e talentosíssima Kelly Clarkson?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JWSfzeyIQgAXihD4J9_g2JaF4IHOkUVCxK8PrgoPM11peUTYXMjcIypwmxSS22weuk52cAkcf7cJx-mBYKXptDtpspmlD6Vg-l1YOXD4x8Jr3u30FbuRD3PktvOFIaIepT-1B_17kXCi/s1600/kelly-clarkson-people-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JWSfzeyIQgAXihD4J9_g2JaF4IHOkUVCxK8PrgoPM11peUTYXMjcIypwmxSS22weuk52cAkcf7cJx-mBYKXptDtpspmlD6Vg-l1YOXD4x8Jr3u30FbuRD3PktvOFIaIepT-1B_17kXCi/s1600/kelly-clarkson-people-1.jpg" height="300" width="400" /></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Confira uma playlist de grandes músicas de Kelly Clarkson preparada para você!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="250" id="gsPlaylist9650693867" name="gsPlaylist9650693867" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/widget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=96506938&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/widget.swf" width="250" height="250"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=96506938&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/playlist?q=Kelly%20Clarkson's%20best%20songs%20Breno%20Torres" title="Kelly Clarkson's best songs by Breno Torres on Grooveshark">Kelly Clarkson's best songs by Breno Torres on Grooveshark</a></span></object></object></div>
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F25.media.tumblr.com%2F1f7906d6a32454085dfe214db97784fc%2Ftumblr_miaa0hvu4Q1rkfsxoo1_500.gif&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image%2F*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEi3N7uNsyPoBHNWXSRcSo16V9mj1vlkgtWaM0pUC3h7eGUgL2099iOFhf9nbdP2klswl9Kf98n5-d0D0vK2kYALQ-Vg8uhk3rXWsOYcavqeeVXeLYrN_KxkrUluCYEr0P3UM7PP84n3y1zO6HWNTdXnVkE87Vp-hDj6NLv_6iPbQYAzYyLgaL_Y5v1LwrUQTdrvuxjrhCPMXoEIujnSqA=" -->Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-45483188032249067512014-03-19T16:56:00.002-07:002015-02-06T08:25:00.485-08:00de J. K. Rowling, CASUAL VACANCY (2012)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Morte Súbita;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> J. K. Rowling;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Nova Fronteira <b><span style="color: #cccccc;">(selo da editora Ediouro)</span></b>;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Izabel Aleixo e Maria Helena Rouanet;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Ficção inglesa;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>5</u>.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7LlHGw0v0Bql9XNDWWn1btxbWL0b4_AgkbOCHkkA5hvPYglPyw45qObPXhq-fE8Z_kw58AViQYytWc0X7Ejd83UJlt_rnnFf7Wo86j1C7t_V04xRKNQJ71LYLrUzxr9DMGHqy34FNdoTd/s1600/Morte+S%C3%BAbita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7LlHGw0v0Bql9XNDWWn1btxbWL0b4_AgkbOCHkkA5hvPYglPyw45qObPXhq-fE8Z_kw58AViQYytWc0X7Ejd83UJlt_rnnFf7Wo86j1C7t_V04xRKNQJ71LYLrUzxr9DMGHqy34FNdoTd/s1600/Morte+S%C3%BAbita.jpg" height="448" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Quis este livro desde a primeira vez que ouvi falar dele. Entretanto, por um motivo chamado “falta de dinheiro no bolso” – já que ele costumava ser muito, muito caro em todos os sites e lojas em que eu o via –, protelei por mais de um ano depois de seu lançamento para finalmente tê-lo em mãos (e não por mérito próprio, mas sim por presente de aniversário – aliás, Adauto, você marcou minha vida me dando de presente um dos livros que mais queria ler e me agradaram na vida: obrigado). Esse hiato de tempo longe de tê-lo em mãos para finalmente lê-lo, entendê-lo e formar minha opinião sobre foi, acho, extremamente necessário e saudável. Amadureci literariamente, amadureci como escritor; amadureci também de inúmeras outras formas, todas necessárias para que eu pudesse ver, com olhos maduros, críticos e devoradores, a obra que J. K. Rowling, a famosa autora da série de livros mais vendida no mundo – Harry Potter –, havia lançado dizendo ser seu “primeiro livro para adultos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Prefiro não enrolar muito dessa vez na introdução, porque, como não acontecia em muito tempo, estou ansiosíssimo e animado para discutir logo de uma vez o porquê deste livro ter se tornado, para mim, um dos melhores livros que já li na vida e um dos que mais me ensinou, emocionou e tocou.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Morte Súbita</i> fala sobre a realidade do vilarejo de Pagford, o qual, afogado em discussões locais, dramas pessoais de seus moradores e suas ambições íntimas e públicas, é o palco para inúmeros acontecimentos valorosos e intensos numa realidade semi-interiorana da Inglaterra. Pagford – que é como qualquer outro lugar do mundo, com os mesmos tipos de pessoas que podemos encontrar em qualquer esquina, com problemas comuns e verdades universais – é o âmbito para o desenrolar de uma trama intrinsecada, complexa, intensa e cheia de detalhes e mistério. Uma grande história sobre um grande mundo – um mundo plural e bem construído, de um pequeno vilarejo da Grã-Bretanha.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu não poderia começar a discutir sobre <i>Morte Súbita</i> antes de deixar clara a minha opinião sobre esta literatura, já que as opiniões são normalmente muito divergentes, de pessoa para pessoa, e eu quero deixar logo explícito pra onde o rumo desta resenha vai: eu amei <i>Morte Súbita</i>. Eu sou apaixonado por este livro. E o grande motivo, sem dúvida alguma, que resumiria o que causou o meu encantamento pelas 500 páginas desse livro se resume numa palavra: riqueza. <i>Morte Súbita</i> é um dos livros mais ricos e bem planejados que já li. Extremamente detalhista, com esses detalhes embolados numa linearidade contínua, sem falha alguma no ritmo que a história pede e é colocada, que simplesmente flui entremeada em mistério e nas doses inesgotáveis de pluralidade de enredo e profundidade de personagens, <i>Morte Súbita</i> é uma obra que, intensa e rítmica, nos leva aos descobrimentos do enredo num desbravar impetuoso que se mantém até a última página. Você descobre, entende, junta detalhes e monta o quebra-cabeça principal até as últimas páginas, o que o torna um livro algemador: um livro que prende, cativa.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Aliás, a forma com que J. K. Rowling conseguiu costurar a história de <i>Casual Vacancy </i>é fenomenal. Além do fato de que o fluxo do tempo foi um tanto singularmente – porém otimamente – planejado, o modo o qual tudo, tudo está interligado é absurdamente inteligente e articulado. Como escritor, diria que até quase impossível de se fazer. Cada personagem está, de alguma forma, ligado ao outro; cada trama tem a necessidade de outras para ser continuada; cada ponto pessoal nos personagens é influenciado por motivos que, comumente, vêm de atos e acontecimentos passados, ou necessitam, esperam acontecimentos futuros para terem seus sentidos completos, na trama. É de causar inveja a forma com que tudo é interligado, como uma grande teia de aranha: nada é solto, nada é desligado. Tudo está unido numa rede de informações complexa e sombria que forma o enredo. E esta forma complexa, que é ao mesmo tempo simples de entender e que exige grandes doses de bom senso, com que tudo é organizado é fascinante. Fascinante. Fiquei embasbacado com cada detalhe, encaixe de peças.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Quanto à escrita de J. K. Rowling, acho que não tenho na manga tantos adjetivos para aplaudir. J. K. Rowling é estupenda. É acessível, por vezes lindamente poética; cheia de floreios metafóricos, sem falhas de intensidade, sem deixar com que o ritmo de tudo caia (pois, quando isso acontece, a coisa se torna um desastre). Bastante detalhista – mas sem ser cansativa –, dividida interminavelmente entre a sutileza e a crueza. Isso, na verdade, me chocou um pouco: o jeito com que Rowling consegue ser tão sutil em momentos, e depois transformar a escrita, antes um tanto doce, em algo cru, verdadeiro, real, forte. Isso, na verdade, varia muito dos personagens, e isso também é fascinante: além dela respeitar um tipo de escrita para cada personagem sem perder a própria forma de escrever, o personagem, muitas vezes, mistura-se à narração, e narrador e ser descrito, em momentos brilhantemente escritos (sem confundir o leitor de forma que atrapalhe o seu fluxo de leitura), tornam-se um só. Talvez eu não tenha conseguido descrever aqui o quanto acho isso fascinante: a capacidade de continuar com o próprio estilo, mas alterá-lo levemente para torna-lo condizente com o personagem, e sua personalidade. Fiquei apaixonado por isso.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E por estarmos falando da escrita, talvez agora seja a hora de citar algo considerado muito polêmico nesse livro: a questão dos palavrões. Sinceramente, e perdoe-me se você que está lendo achou o contrário, eu não entendo o porquê de tanto <i>alarde</i> (isso sendo completamente educado, porque eu queria mesmo era usar a palavra “frescura”) por conta de palavrões. Com toda a sinceridade: só porque a autora passou dez anos escrevendo literatura infantil ela não tem o direito de amadurecer sua forma de escrita? <i>Morte Súbita</i> é um livro adulto, e as partes em que continham palavrões necessitavam dos palavrões pelos traços dos personagens que a autora planejou e criou. Acho, honestamente, desnecessária e até ridícula toda a crítica com relação ao palavreado por vezes chulo da autora, na obra. Isso de forma alguma desmerece a qualidade da escrita. Pelo contrário: torna-a mais fidedigna e completa. Eu digo sem sombra de dúvidas que personagens como Krystal Weedon, Terri Weedon e alguns outros que enunciam o tão polêmico palavreado não teriam tido a profundidade e convencimento que tiveram/apresentaram se alguns caralhos e porras não houvessem sido escritos. É preciso, sim, analisar o contexto do personagem, entender o porquê, emocional, psicológica e até geograficamente aquele ser disse o que foi dito, seja de forma chula, seja de forma pseudocorreta. Dessa forma, sim, será entendido os motivos, e compreendida a autora e sua criação. (No entanto, honestamente, acredito que é preciso um pouco menos de falso moralismo, também)<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E, já que foi dita a palavra “polêmico”, é necessário dizer, também, que<i> Morte Súbita</i> é um livro extremamente polêmico pela pluralidade de assuntos que se propôs a trabalhar. Pedofilia, transtornos mentais, bullying, ambição, ciúmes, homoafetividade (de forma singela, mas satisfatoriamente trabalhada do ângulo que foi proposta), inescrupulosidade, traição, e inúmeros, inúmeros, inúmeros outros que, infelizmente, não tive a ideia de listar para aqui escrever: os mais diversos assuntos são incrivelmente trabalhados, descritos e pontuados, sejam dentro das várias subtramas, sejam na trama principal, e de uma forma franca e madura, sem que o livro se pareça com um drama mexicano. E, para os despreparados de plantão – como eu fui pego de surpresa –, às vezes a franqueza da autora é digna de uma tapa na cara justamente pelo nível de introspecção e profundidade psicológica com que se propõe a trabalhar alguns personagens e pontos do enredo. Eu destacaria, sem sombra de dúvida alguma, Bola/Stuart, Sukhvinder Jawanda e Krystal Weedon como perfeitos, perfeitos exemplos do que acabei de dizer. São personagens chocantes, em seus próprios jeitos, em suas singularidades. Como a maioria, na verdade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O que consigo perceber, aqui, depois de tudo o que foi dito, e lembrando-me das inúmeras críticas e resenhas lidas/ouvidas, é que <i>Morte Súbita</i> é aquele tipo de livro que ou você gosta profundamente e se encasqueta por lê-lo e descobri-lo, ou você logo se cansa e desiste. É claro que foi um livro muitas vezes mal entendido e julgado de forma errada por muitas pessoas, mas eu consigo compreender o que realmente pôde incomodá-las. Na verdade, isso, pra mim, faz o livro parece ainda mais intenso e bom: não seria uma coisa qualquer que causaria tamanho furor como o primeiro livro adulto de Rowling causou. E essa é uma das provas de que é um livro que precisa ser lido – e mais: que precisa se tornar um clássico moderno.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu ri, chorei, enfureci (muitas vezes no telefone, trêmulo, com minha amiga Mayara no telefone, que havia lido antes de mim e dividiu comigo todos os sentimentos e sensações durante a leitura) e senti muitas outras coisas lendo <i>Morte Súbita</i>. Foi um livro que me proporcionou uma quantidade e intensidade de sensações que eu só havia experimentado antes com poucos livros, e isso o tornou, para mim, uma leitura inesquecível. Inesquecível. Eu realmente sou outro depois que li <i>Morte Súbita</i>, assim como fui outro quando li <i>Comer Rezar Amar </i>de Elizabeth Gilbert (livro que gabo sempre por ser meu livro favorito), e também como acontecia quando terminava de ler cada um dos livros do bruxinho Harry Potter.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Estou percebendo agora que talvez esse seja o trabalho de J. K. Rowling na minha vida: me transformar. Me amadurecer. E me enriquecer. E, mais uma vez, depois de outras sete, ela conseguiu.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
Você tem algo a acrescentar? Alguma crítica a fazer? Discorda, concorda com o quê? Deixe nos comentários!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-25268812802982574622014-03-04T14:46:00.000-08:002015-02-06T08:25:21.667-08:00playlist: SWEET FOOLISH HAPPINESS<center>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></center>
<center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sabe quando você se sente feliz? Só
feliz? Alegre? Sem nenhum profundo motivo ou qualquer real e reconhecível
razão? Sabe quando você simplesmente acorda... E o sol está mais brilhante que
o normal? E o seu sorriso não sai do seu rosto? Quando por dentro você é todo
primavera, e no seu sorriso brilha o mais fulgurante e inspirador verão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sabe quando a felicidade, a alegria não
têm motivos – motivo realmente algum, e você acaba se sentindo um tolo? Um doce
tolo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">A playlist <i>Sweet Foolish Happiness</i> é para aqueles momentos em que nos sentimos
exatamente assim: motivos, bobamente alegres sem motivo algum. E para aqueles
que amam a pureza da felicidade inexplicável: o melhor e mais gostoso tipo de
felicidade que pode existir.</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="250" id="gsPlaylist9585254114" name="gsPlaylist9585254114" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/widget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=95852541&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/widget.swf" width="250" height="250"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=95852541&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/playlist?q=Sweet%20Foolish%20Happiness%20Breno%20Torres" title="Sweet Foolish Happiness by Breno Torres on Grooveshark">Sweet Foolish Happiness by Breno Torres on Grooveshark</a></span></object></object></center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
Você gostou da playlist? Não gostou? Acrescentaria alguma música? Diz pra mim nos comentários!</center>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-43779596648226277512014-02-24T11:42:00.000-08:002015-02-06T08:26:07.217-08:00ensaio: CAPAS DE LIVROS - SOBRE PADRÕES DE MARKETING<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Todo mundo costuma confundir pessoas famosas, sejam autores, sejam cantores, sejam atores. É muito mais fácil, é claro, você confundir Keira Knightley com Natalie Portman, ou Julia Roberts com Sandra Bullock, já que são parecidas fisicamente e estão direto aparecendo fisicamente nas mais populares mídias, do que confundir escritores, no entanto, que ainda estão numa margem um pouco distante em comparação a alguns outros tipos de arte mais adorados pelas pessoas (você sabe que é verdade – ainda que este quadro esteja, graças aos céus, mudando). Às vezes, os nomes são parecidos e você faz uma confusão ali, outra acolá (que nem meu amigo que insiste em confundir toda maldita vez Robert Jordan, autor de <i>A Roda do Tempo</i>, com “o carinha que escreveu o Percy Jackson”), mas nunca é nada demais, é só uma doidicezinha básica que nos acomete de vez em quando. A doidice, no entanto, que me fez confundir essas três autoras – a situação é muito pior, vejam: não confundi só duas, confundi <i>três</i> (o desastre foi consideravelmente mais desastroso que o normal) –, não teve muita explicação. E foi tão certa quanto, às vezes, algumas pessoas pensam que seus sonhos tidos pelas madrugadas aconteceram de verdade, em algum momento do passado: eu tinha certeza que elas eram a mesma pessoa. Como não poderiam ser?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span lang="EN-US">Emily Giffin, Jane Austen e Nora Roberts.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXWxl1z77kq9ZkYXb7_BYjVY5nw62WyODtylyIEEUEsFizWrCIkR8rs7Khebqd5iINs2Ui206uh57ejfAIPgixFeftPV7sL0WuCLWupGeVLA89F1LDW1auzzEKSRjRJIHpxzowZuf-wFk/s1600/Giffin,+Austen,+Roberts.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXWxl1z77kq9ZkYXb7_BYjVY5nw62WyODtylyIEEUEsFizWrCIkR8rs7Khebqd5iINs2Ui206uh57ejfAIPgixFeftPV7sL0WuCLWupGeVLA89F1LDW1auzzEKSRjRJIHpxzowZuf-wFk/s1600/Giffin,+Austen,+Roberts.jpg" height="214" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Os títulos dos livros eram meio parecidos (na minha cabeça), os nomes também (céus, como diabos alguém vai confundir <i>Emily</i> com <i>Nora</i>?); as capas não se diferenciavam tanto – principalmente as das duas primeiras –, e os enredos sempre se assemelhavam de alguma forma. Era sempre um amor, que no meio tinha um drama, e depois se tornava algo legal de onde poder-se-ia tirar uma mensagem bacana pra sua vivência amorosa e eu sentimental. Não estou desprezando esse tipo de livro, veja bem: eu leio este tipo de literatura. Sou apaixonado por este tipo de texto. O que estou tentando explicar aqui é o quanto que alguns pontos dos estilos dessas escritoras de certa forma são próximos a ponto de me fazerem ver, na tríade, uma só pessoa. Pensando bem, na verdade, talvez eu esteja até agora tentando ver exatamente como diabos eu confundi essas autoras. Acho que o mais absurdo é ter metido a Jane Austen no meio. Ela tem quantos anos de diferença entre Roberts e Giffin, cem?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O fato é que eu aprendi a diferenciar as três grandes autoras – nunca vou me esquecer da cara de desprezo divertido que a minha amiga Jeniffer (a proprietária do <a href="http://mon-autre.blogspot.com.br/" target="_blank">Meu Outro Lado</a>, aliás) fez pra mim quando eu disse que achava que <i>Orgulho e Preconceito</i> havia sido escrito pela Nora Roberts –, e isso de confundir escritores nunca mais aconteceu. Entrei de cabeça e estou afogado até agora nesse mundo bibliófilo maravilhoso, e aprendi a reconhecer nuances de obras, escritores e enredos – até porque resenho, então isso é algo necessário: você conhecer traços, detalhes de estilos de escritores. E é com esse novo ótimo conhecimento obtido pela experiência que finalmente percebi que existe realmente como nos confundirmos com algumas coisas na literatura, e que isso, de certa forma, é normal. Afinal: com uma enxurrada tão grande de literaturas e novos escritores nascendo pra todo lado, é impossível não cometer algumas confusõezinhas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIN8Ica-NpFdso7na6AQE45Vq66PRhfKPjB7_CGw-ISLFBFrl4VvSTVv4THYTIhBEVUEQbXpVNLxJLvsTXNICgDUOGpmCGHOcHYtPysFjRrGYVK3UZMOmmAlwZb8cXQoStj8CtmPRyf8/s1600/Sparks+books.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcIN8Ica-NpFdso7na6AQE45Vq66PRhfKPjB7_CGw-ISLFBFrl4VvSTVv4THYTIhBEVUEQbXpVNLxJLvsTXNICgDUOGpmCGHOcHYtPysFjRrGYVK3UZMOmmAlwZb8cXQoStj8CtmPRyf8/s1600/Sparks+books.jpg" height="400" width="298" /></a><span style="font-family: inherit;">Mas o fato é que algumas coisas são propositais. Estão ali para causar certa confusão na cabeça do leitor justamente por uma questão de puro marketing. Eu realmente peço perdão a qualquer mágoa que posso causar em citar esse autor que é tão assustadoramente aclamado pelas pessoas e crítica, mas acho que não tem como fugir desta citação: Nicholas Sparks é o maior exemplo disso. Existe um padrão para esse autor, um padrão criado para que seus livros sejam identificados sem que você se preocupe muito em olhar a sinopse. É um padrão feito para você pensar: “Opa, é livro do Nicholas Sparks”. O exemplar é reconhecido tão obviamente que você, se é fã, já pega o livro com pressa, ou se não gosta do autor, já nem se digna muito em olhá-lo. Isso, apesar de ser um golpe de marketing e divulgação bastante astuto, tem seus furos quando se é considerada essa gama de pessoas que nem ao menos olha o livro por saber que o mesmo já é do autor em questão. Sparks escreve sobre romance, obviamente: este é seu estilo. Entretanto, existem obras e enredos do mesmo que sim, se divergem daquilo que é seu costumeiro e que possuem uma originalidade interessante, fatores que contribuiriam, sem dúvida alguma, para que os livros de Sparks alcançassem mais leituras e estantes. Não vou afirmar que algumas de suas publicações não alcancem leitores que não exatamente apreciam romances e seu estilo, mas se os designs de capa se alternassem, saíssem do que é comum – não fosse quase sempre um casal caucasiano se olhando e quase se beijando –, quem sabe o quanto mais a escrita do autor poderia alcançar? Um grande amigo meu (Jônatas, dono do <a href="http://alma-critica.blogspot.com.br/" target="_blank">Alma Crítica</a>), leitor assíduo do autor, já me afirmou que existem leituras diferenciadas do que se tem ideia do que seja “livros de Nicholas Sparks”: livros lotados de exacerbado sentimentalismo. “Ele é realmente um bom autor”, ele me disse, “O problema é que todo mundo pensa que Sparks é só <i>Querido John</i> e <i>Um Amor para Recordar</i>, e não é bem assim”. Ele citou <i>Um Homem de Sorte</i> e <i>O Melhor de Mim</i> como leituras que apresentam propostas diferentes, do Nicholas Sparks. Vão entrar, sem dúvidas, pra minha lista de leitura, para que eu realmente tire isso a limpo. (Quando ela folgar um pouquinho, de preferência)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E não é só com Nicholas Sparks que isso acontece, aliás. Se você prestar atenção nas capas dos livros de Emily Giffin (sempre seu nome em letras garrafais escrito por cima de um fundo opaco, as capas com uma fotografia romântica e paisagista), nos de John Green (aquelas capas com estilo divertido, nerd, com fontes diferentes do usual), nos de Harlan Coben, nas de Cecelia Ahern (ela é quase o Nicholas Sparks versão feminina, nessa questão de capas – o último lançamento pela editora Novo Conceito deu uma diferenciada no que estava sendo publicado, graças aos céus), e de todos aqueles romances de banca, você notará padrões. É claro que padrões são estritamente necessários em alguns casos, como em séries de livros (como Percy Jackson, Harry Potter, Beautiful Creatures, Ciclo da Herança, As Crônicas do Gelo e Fogo) e nos casos de um design de capa padrão de todos os livros de alguma editora (o selo Alfaguara da editora Objetiva é exemplo), mas quando este design se torna taxador e obviador de uma obra por conta de um autor, eu pessoalmente discordo. Há um grande risco de tirar a identidade do livro e torna-lo vítima de prévios conceitos de leitores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Como alguém que pretende um dia viver apenas de literatura e ter obras publicadas, honestamente não apoio este tipo de padrão de marketing e, ainda num espírito de total franqueza, não gostaria nem um pouco que fizessem isso com minhas obras. Consigo entender todo esse método de divulgação, e até consigo pensar que isso possa ser algo mais barato para as editoras (para quê pagar por outra ilustração de capas, e possivelmente por outro ilustrador, enquanto se tem ali um modelo de design pronto e viável?), e também inúmeros outros motivos e dificuldades de editoras no Brasil hoje em dia para bancar publicações e muitos dos caprichos de escritores, mas, como aspirante a escritor profissional, não concordo. Ainda que algo mais barato, ainda que algo não tão espalhafatoso ou <i>As Crônicas do Gelo e Fogo</i> (que, pra mim, é um exemplo cabal de um design de capa impecável – esse ilustrador francês, o qual o trabalho deve custar mais do que qualquer um de nós, reles mortais, pode pagar, é realmente brilhante), acredito totalmente que diferenciar e inovar são sempre opções válidas para surpreender e encantar aqueles que as editoras, os escritores, os revisores e todos os que trabalham com esse/nesse meio editorial querem impressionar e agradar: os leitores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyd-32VY9hvyAPaO6hvy-nizi50TM3o9TCwPIe1_bZcoURGvxSlROOh9htj8R0BbE5MKByXSC0McHFRNpoPQXpYui7_ppgrMwoILqkcW7Sq9CL7RuCRouTtLrBxOoKQxswAZXUkl9qrxc/s1600/Martin+covers.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyd-32VY9hvyAPaO6hvy-nizi50TM3o9TCwPIe1_bZcoURGvxSlROOh9htj8R0BbE5MKByXSC0McHFRNpoPQXpYui7_ppgrMwoILqkcW7Sq9CL7RuCRouTtLrBxOoKQxswAZXUkl9qrxc/s1600/Martin+covers.jpg" height="434" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Mas acho que, talvez, tenhamos que esperar o dia em que a literatura no Brasil seja tão apreciada e valorizada como é em países como Inglaterra, Estados Unidos, França – e não vamos tão longe: Argentina também, logo aqui do lado. Talvez tenhamos que esperar este dia para que possamos exigir de nossas queridas e quebradiças editoras tudo o que realmente queremos quanto a publicação, divulgação e design. O que coloca sempre nós, que escrevemos críticas em relação ao mundo editorial brasileiro, em saias justas e entre a cruz e a espada. Afinal: entender o lado da editora? Entender o lado do escritor? Entender o lado do leitor?</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Se possível, todos. Sempre todos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
O que achou do ensaio? Você concorda comigo, discorda? Deixe sua opinião nos comentários!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-54795287037147736272014-02-18T15:49:00.001-08:002015-02-06T08:26:28.016-08:00de R. J. Palacio, WONDER (2012)<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Extraordinário;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> R. J. Palacio;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Intrínseca;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Rachel Agavino;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Número de Páginas</b></span>: 320;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Infanto-Juvenil, Drama;</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>(de 0 a 5)</b></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">: </span><u style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">5</u><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuD21ojaa3jKn1hlSxyJYwqOForpqjQlkqsL6lPrQud7ZPyFetcZUdUIJ1B0H6kkRVyrnfpGgpCXcvYFmpnd6PtvzqHXyCbXs0Kh_qGe_wprqcHfXLP1bttL2BUmQJkMVcwpJWMwSeyNE/s1600/Wonder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuD21ojaa3jKn1hlSxyJYwqOForpqjQlkqsL6lPrQud7ZPyFetcZUdUIJ1B0H6kkRVyrnfpGgpCXcvYFmpnd6PtvzqHXyCbXs0Kh_qGe_wprqcHfXLP1bttL2BUmQJkMVcwpJWMwSeyNE/s1600/Wonder.jpg" height="440" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Consegui <i>Extraordinário</i> – naquela linda primeira versão de capa, a
“vermelha” – quase no período de lançamento e por um preço ótimo, revendido
pela amiga de uma amiga. Dezoito reais foi o que paguei para ter o livro que
tantos estavam falando sobre, e que, como sempre, eu me perguntava o porquê de
tantos comentários. Curioso foi que eu simplesmente não quis lê-lo logo que
comprei, sendo que estava realmente interessado antes de tê-lo em mãos. Eu acho
que estava em outra <i>vibe</i> literária.
Mas o fato é que, após eu ter o rosto praticamente enfiado dentro do livro por
uma colega que havia lido o mesmo e se apaixonado pela história, eu finalmente
decidi lê-lo. Eu precisava de uma escrita leve, pela qual minha leitura fluísse
sem esforço. E escolhi <i>Extraordinário</i>
para isso. O que eu posso dizer, pra início de conversa, é que foi uma
sapientíssima decisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esse livro fala sobre August (ou
“Auggie”), garoto o qual cresceu com uma deformidade facial por conta de uma
rara síndrome genética. Vivente de uma família maravilhosa e que sempre o
cercou de amor e cuidados, Auggie se vê num novo mundo quando decide finalmente
ir aonde todas as crianças comuns vão: à escola regular. É nesse novo mundo,
com novas pessoas e a verdadeira realidade sobre seu eu que Auggie não só
enfrentará os desafios e preconceitos de uma sociedade confusa – e por vezes
perversa –, como também transformará a realidade e as mentes ao seu redor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Extraordinário</i>, apesar de estar “escondido” por detrás
de uma narrativa “fictícia” – já que a própria autora deixou claro que muito
desse livro é baseado em suas experiências pessoais –, é um livro essencialmente crítico. Foca, pelo
ponto de vista de várias pessoas – não só do protagonista, Auggie, mas como
também de seus amigos, dos amigos da irmã etc. –, no desafio que é viver na
pele desse garoto tão especial, especificamente no quão confusas podem ser as
pessoas defronte ao que lhes é diferente. Pessoalmente, eu me recuso a
acreditar que o ponto central deste livro é o preconceito. Ao menos não
completamente. Obviamente existem pessoas realmente preconceituosas no livro –
os pais de Julian são a expressão completa da intolerância –, porém o livro
trata não exatamente do pensamento preconceituoso, mas da incerteza e confusão
na mente das pessoas perante o que não lhes é comum. A prova disso é que a
maioria dos personagens do livro não exatamente odeia Auggie por sua aparência,
mas sim tomam um choque ao vê-lo por antes nunca terem visto alguém como ele, e
também temem lidar com isso. O foco do livro, então, essencialmente, eu digo
que é o aprendizado: daqueles que estão ao redor de Auggie, daqueles que sempre
conviveram com Auggie, dos que se afastaram de Auggie por qualquer motivo e,
obviamente, do próprio Auggie.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O ensinamento do quão magnífico pode ser
o poder de mudança nos corações é aquilo que mais me encantou no trabalho de R.
J. Palacio. A verdade é que Auggie não é um simples menino: ele é uma força da
natureza. Um garoto completamente comum, <i>completamente
comum</i>, que tem a força e o poder de, apenas sendo ele mesmo, transformar e
ensinar tanto às pessoas à sua volta. Essa “comunzeza” que a autora faz sempre,
sempre questão de ressaltar, aliás, é muito importante: que Auggie é um garoto
como todo e qualquer outro, com sentimentos, com gostos; que gosta de brincar
no recreio e é fã de <i>Star Wars</i>. Esse
trabalho de introspecção psicológica e emocional que R. J. Palacio fez, não só
com o personagem principal, mas com todos os outros secundários, para
demonstrar o que se passa em suas mentes e o quanto todas as situações os
afetam, foi fascinante, a meu ver. Com uma indiscutível leveza e simplicidade,
R. J. Palacio muito corretamente mergulhou no tema trabalho e mostrou tudo como
realmente é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Essa crueza do livro, aliás, por vezes é
realmente chocante. Se você for alguém sentimental e que se envolve de verdade
com os personagens de uma trama, como eu, então prepare-se para momentos de
real choque. Esse livro realmente mexe com as suas emoções, se você se permitir
levar por ele. Eu me vi rindo para as páginas desse livro; me vi realmente
furioso com situações (e eu não sou do tipo de pessoa que se irrita
facilmente); me vi profusamente chorando com outras (não me lembro de ter
chorado assim com um livro desde que vi Ninfadora Tonks e Dobby morrerem em <i>Harry Potter</i>); e por aí vai. É também
digno de nota que não é apenas Auggie e sua vida em si que são trabalhados, mas
sim toda a realidade ao seu redor e todos aqueles que estão envolvidos em sua
vida – e é por esse ponto que acho <i>Extraordinário</i>
um livro com sua riqueza. R. J. Palacio trabalhou toda a teia que envolve August,
não apenas o próprio, e conseguindo com verdade <i>ser</i> aqueles personagens na escrita. A abrangência é ótima, e também
o teor de “mistério”, “suspense” (por falta de uma palavra melhor) é muito,
muito bom. Existem pontos de vista, personagens e suas índoles que mudam de uma
hora para a outra, e eu, sim, por três ou quatro vezes me vi embasbacado por
ter sido pego de surpresa por R. J. Palacio. O que parece muitas vezes não é o
que é – esse é outro ponto muito trabalhado por ela nessas 320 páginas. Acho
que é por isso que nunca devemos, como diz a contracapa, julgar um livro pela
capa. Eu me surpreendi com essa leitura como não pensei que me surpreenderia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E, falando dos personagens: muito, muito
bons. Existem personagens nesse livro que realmente conquistam você e o
surpreendem de verdade. Pessoalmente, gostei muito de Jack – o melhor amigo de
Auggie – e acho que me identifiquei com ele em muitas coisas. A sabedoria e
sensatez de Sr. Buzanfa também é lindamente cativante. A doçura e maturidade de
Summer também são lindas, lindas de se ler; o trabalho feito por Palacio na
introspecção de Via, a irmã de Auggie, é realmente muito bom – a força, o amor
dessa irmã são simplesmente emocionantes; o teor de redenção, em geral, também
é um amor de acompanhar no decorrer do livro. Mas acho que os que mais me
tocaram, sem sombra de dúvida alguma, foram os imensuravelmente maravilhosos
pais de August. E Daisy, a cadela da família Pullman – a qual é uma metáfora
maravilhosa e traz um grande ensinamento para os leitores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Extraordinário</i> me ensinou coisas preciosas que vou
levar para o resto da vida. Esse livro me mudou, e é aquele tipo de livro que a
gente acaba querendo que todo mundo leia. É um livro sobre humanidade,
ensinamentos e, principalmente, amor. E não tenho dúvidas em dizer que se essas
três coisas fossem ventiladas mundo afora, pessoas como Auggie não precisariam
se representadas num livro para provar o quão comuns e extraordinárias são por
simplesmente serem quem são. E nada mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Você já leu <i>Extraordinário</i>? O que achou
da resenha? Discorda de algo, tem a acrescentar? Escreva nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-86689233737240327022014-02-15T18:57:00.000-08:002015-02-06T08:27:05.111-08:00best videos ever: Parte I<div style="text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Essa TAG é sobre vídeos que me tocam e
que por algum motivo são lindos de se assistir e ouvir. É, como puderam ver no
título, a parte I; haverão outras e outras partes - E, PUTS, eu tô tão feliz de estar escrevendo ela! Eu adoro de vez em quando só
passear pelo <i>Youtube</i>, sem fazer
absolutamente nada de importante, para ver performances e coisas do tipo, e
muitas vezes acabo descobrindo coisas muito, muito boas e que me encantam.
Esses vídeos abaixo são vídeos que, para mim, são encantadores e muito bonitos.
Os porquês estarão explicados abaixo de cada vídeo.</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br /></span></div>
<br />
<br />
<span style="color: #38761d; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-large;"><b><i>Kelly Clarkson: Breakaway (UK)</i></b></span><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/DUdybRPfI70" width="420"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu acho esse vídeo uma das coisas mais
bonitas e doces do mundo. É da minha cantora favorita, Kelly Clarkson, a versão
acústica de uma de suas maiores músicas. O vídeo foi feito para ser exibido na
TV britânica durante sua turnê mundial, e é uma compilação da gravação de um
show ao vivo com cenas dos bastidores do show. Esse vídeo mostra Kelly como ela
é: divertida, alegre, simpática, introspectiva e carinhosa. É um vídeo lindo,
que vale a pena assistir – e que também vale a pena ouvir, já que estamos
tratando de uma das melhores e mais poderosas vozes do século XXI.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;"><i>Avril Lavigne: Knockin On Heaven's Door</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/o_5-Kf2CrLc" width="420"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esse vídeo foi feito quando Avril, no
começo da carreira, regravou a canção de Bob Dylan para lançar no belo <i>War Child Hope</i>. O clipe tem uma
belíssima, belíssima finalidade filantrópica. Avril é filmada nas gravações da
música, e durante o clipe são mostradas tocantes imagens de crianças em meio às
terríveis e injustas guerras que aconteciam na época, além de percentuais e
informações sobre as consequências que as mesmas trouxeram ao mundo. É um
vídeo... Lindo. E profundo. Que realmente vale a pena conferir.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;"><i>Regina Spektor: How (ao vivo)</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/bZ-JbNCLcAU" width="560"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Essa é uma das músicas mais lindas dessa
cantora que, ao meu ver, é uma das maiores pérolas da música atual. Regina
Spektor é fascinante; tem um timbre doce, grande habilidade vocal e uma
musicalidade simplesmente encantadora. Como eu disse, essa é uma das melhores
canções da cantora, e, na minha opinião, uma das melhores composições de dor de
amor. É uma música profunda, teatral e, ao meu ver, linda. Essa é uma
performance impecável, e a qual eu realmente acho que vale a pena ouvir e
assistir.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;"><i>Birdy: Skinny Love (One Take)</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/lT67liGjZhw" width="560"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sei que esse vídeo vai parecer
extremamente entediante pra maioria das pessoas e que elas nem ao mesmo vão
clicar quando eu explicar como é, por isso devo dizer antes o porquê dele estar
aqui: acho-o um vídeo que, por ser tão lindamente simples, é rico e tocante. É
simplesmente Birdy – a dona de uma das vozes mais estonteantes que já ouvi, e a
melhor cantora jovem (com menos e vinte anos) na atualidade, para mim – alternando
o olhar (da câmera ao piano) e as expressões (da delicada tristeza à gentil
impassibilidade) no vídeo. Aparentemente nada demais. Mas, na minha opinião,
algo belo, poético e simplório. O que o torna digno de apreciação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;"><i>Amanda Seyfried's Love Song</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/t7HsdOBemTU" width="560"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esse é um vídeo tão... Simples. E tão
lindo exatamente por isso. Cruamente gravado, é apenas Amanda Seyfried (que,
meu Deus, dona de uma voz tão... Linda – quem viu <i>Les Misérables</i> e ouviu “A Heart Full of Love” sabe disso) tocando e
cantando uma música. Dois minutos. Simples dois minutos ouvindo e vendo uma
mulher e uma voz açucaradas e delicadas numa canção tanto quanto. Esse vídeo é
amor. Muito, muito amor. Amo assistir ele inúmeras, inúmeras vezes, initerruptamente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;"><i>P!nk - Dear Mr. President</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/1f8S5u01E0Y" width="560"></iframe><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu amo essa mulher. Eu amo essa voz. E
mais do que tudo, eu amo essa música e essa performance, em especial. É tão...
Chocantemente bela. P!nk consegue colocar suas emoções mais profundas em sua
voz, trejeitos e expressões de uma forma avassaladora – e “avassaladora” é a
palavra exata para escrever essa canção. Ela foi explicitamente escrita para
George W. Bush, antigo presidente dos Estados Unidos (permitam-me vomitar agora
por ter citado esse nome), e os ensinamentos que traz no meio de frases tão
bruscas e emocionantes são lindos, lindos e importantes. Se você não entende
perfeitamente o inglês, confira <a href="http://www.vagalume.com.br/pink/dear-mr-president-traducao.html" target="_blank">aqui</a> a tradução da canção.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<b style="color: #38761d; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: x-large;">Booktrailer<i>: Livre (de Cheryl Strayed)</i></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Pt-MbN85Bkg" width="560"></iframe><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Esse é... O melhor <i>booktrailer</i> da história dos <i>booktrailers</i>,
na minha opinião. A história dessa mulher é simplesmente fascinante.
Fascinante. Desde que li<i> Comer Rezar Amar</i>
me apaixonei loucamente por histórias de superação e vitória, e esse é um
perfeito e completo exemplo disso. Não vou spoilar nada, não vou dizer nada
mais. Mas li esse livro, e é um livro absurdamente lindo e profundo. E o <i>booktrailer</i> é encantador, diferente de
todos os outros que você já viu. Já repeti isso vezes o bastante nesse post,
mas realmente <i>vale a pena conferir</i>.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Espero que tenha gostado do post! Eu
realmente me diverti demais fazendo ele, e pretendo repetir isso mais vezes:
postar minhas aleatoriedades importantes. Me diz o que achou nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-69194952699271958952014-02-06T16:31:00.000-08:002015-02-06T08:27:31.838-08:00de Margaret Stohl e Kami Garcia, BEAUTIFUL CHAOS (2011)<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Dezoito Luas;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> Margaret Stohl e Kami Garcia;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Galera <b><span style="color: #cccccc;">(selo da editora Record)</span></b>;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Regiane Winurski;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Número de Páginas</b></span>: 405;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Fantasia, Young Adult;</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>(de 0 a 5)</b></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">: </span><u style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">5</u><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9rVqQdw-mseylkstD5L5as_YAOBAulUwZKv0ngWO5waRFnUGRHnMcyUWmHX7ZLde8qYDjfcJSgElOAGLiflMRZpS4jT-amn3g7TeskBoQXCjNNIqhjPW8DYeAzC0Ti6U6sTx_lduCzBnW/s1600/Dezoito+Luas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9rVqQdw-mseylkstD5L5as_YAOBAulUwZKv0ngWO5waRFnUGRHnMcyUWmHX7ZLde8qYDjfcJSgElOAGLiflMRZpS4jT-amn3g7TeskBoQXCjNNIqhjPW8DYeAzC0Ti6U6sTx_lduCzBnW/s1600/Dezoito+Luas.jpg" height="346" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Foi um mês de hiato até conseguir comprar
o outro exemplar da série <i>Beautiful
Creatures</i>, <i>Dezoito Luas</i>. Um hiato
repleto de ansiedade e sede de leitura, o qual eu insistia em me torturar
lentamente ao ler resenhas, opiniões, críticas, ver a capa (a qual é magnífica)
etc. Assim como a Bienal do Livro, aqui em Belém temos a Feira Panamazônica do
Livro, e foi lá que consegui meu exemplar em português de <i>Beautiful Chaos</i>. E a verdade é que: valeu a pena. Realmente valeu a
pena esperar e me manter na expectativa para conferir outro livro incrível da
dupla Margaret Stohl e Kami Garcia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Caos: é a realidade de Gatlin. Trata-se
do fim dos dias. As plantações secaram, o clima enlouqueceu, as pessoas
murcharam, e tudo parece mais desajustado do que antes: a ordem de tudo está
alterada desde que Lena finalmente se Invocou, e a realidade do medo sentido
por Ethan perante o receio dos perigosos Conjuradores das Trevas dominarem e
acabarem com tudo o que ama e conhece está mais latente do que nunca. Alterações
estranhas em seu comportamento acontecem, e pessoas ao seu redor começam a agir
de forma estranha, até mesmo aquelas que sempre antes pareceram tão imutáveis.
É nesse entremeio que Ethan Wate descobre que pode ter mais vínculo com
absolutamente tudo em que se envolveu do que jamais pensou. Afinal: qual o seu
papel na jornada em que se envolveu? E o quanto de si será necessário ser doado
para que tudo se reestabeleça e seu mundo volte a ser o que era?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Somos presenteados na sequência de <i>Dezessete Luas </i>com, outra vez, um
cenário diferente – parece que as autoras não se cansam de nos surpreender
nesse aspecto (e não há do que reclamar quanto a isso): uma Gatlin não mais
orgulhosa e pomposa, mas decadente, instável, com acidentes misteriosos
acontecendo e o aspecto climático mais alterado do que nunca. Um cenário árido,
morto, é onde uma trama bem mais leve que todos os outros antigos livros da
saga se desenvolve. O peso da saga diminui neste terceiro livro – até mesmo fisicamente,
já que o livro é menor do que os outros –, o que faz a leitura correr de uma
forma muito mais relaxada. Coisa que é digna de nota, aliás, já que sempre
parabenizei essa série pela forma despretensiosa e leve com que o enredo se
desenvolve, agora de uma forma ainda mais latente do que antes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O que é arrebatador deste livro: a forma
ainda mais fluida com que permite um enredo denso se desenvolver. A densidade
existe, e agora está focada principalmente em aspectos históricos de
personagens. <i>Dezoito Lua</i>s é uma
grande retomada: passados não só como os de Lena e Ethan são pescados para não
apenas completar a história, mas também para acrescentar enredos e novidades à
história. A leva de coisas surpreendentes ainda se mantém nesse livro, que é
algo que considero ser uma das preferências das autoras: não se cansarem de
arregalar os olhos dos leitores página após página, revelação após revelação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Personagens antes com não tanto foco para
a real importância no decorrer do enredo ganham maior espaço nas páginas – como
Ridley (a qual, céus, tem uma cena <i>épica</i>
neste livro), nossa amada Amma (que é uma das grandes personagens e peças chave
do livro) e Marian –, e algo também maravilhoso em relação a um personagem
acontece: Ethan ganha foco primordial. Pode ser estranho o personagem narrador
da história não ter isso, mas o fato é que, durante <i>Dezesseis Luas</i> e <i>Dezessete Luas</i>,
absolutamente tudo sempre girou em torno de Lena Duchannes, a amada de nosso
herói. Isso agora muda, já que, além de que o maior problema de Lena já está
“solucionado” (ela finalmente se Invocou, no livro anterior), há a óbvia
demonstração de que Ethan Wate tem um papel muito mais direto e impactante no
enredo. A jornada de descoberta de quem realmente é Ethan Wate é que é a grande
sacada e trunfo do livro: ir com ele, descobrir com ele, entender e raciocinar
com ele é que é o atrativo principal. Por isso que tenho logo de avisar:
pessoas que não são tão fãs assim de Ethan possivelmente não irão gostar tanto
assim do livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Mas há também outros atrativos
interessantes, como o novo humor gerado pelo trio hilário das velhacas tias de
Ethan (elas estão mais próximas dele do que nunca, literalmente); o
irresistível e divertidíssimo amor de tapas e beijos, ódio e desejo de Ridley e
Link; o teor gótico, que está tão apurado quanto antes e deliciosamente
atraente; a demonstração ainda que superficial de um novo seguimento de
bruxaria: o Vodu (as partes com o <i>bokor</i>
são arrepiantes); a ameaça que se torna consideravelmente maior, e pode ser,
por vezes, quase sentida; mais e mais revelações sobre Sarafine, a personagem
que sem dúvida alguma é a mais complexa e bem trabalhada da série e, como é
óbvio, uma de minhas favoritas; e muito, realmente muito mais. “Muito” esse que
eu gostaria realmente de citar aqui, mas aí estaria cometendo o maior pecado de
um resenhista: <i>spoiler</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Quanto à parte mais técnica do livro, a
tradução está, como sempre digo e estou cansado de dizer, impecável (aliás,
srta. Regiane Winarski: meus parabéns); a capa é absurdamente linda; as páginas
são amareladas; e tudo estaria perfeito se não fosse um problema com a minha
edição: as letras estão com a cor meio fraca, às vezes era cansativo ler
(principalmente no meu caso: tenho miopia). Também achei a fonte um pouco
pequena demais, acho que isso realmente deveria ser ajustado. Mas está tudo
ótimo em outros pontos: diagramação, revisão. Tudo nos conformes e bem feito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sou apaixonado por esse livro da série <i>Beautiful Creatures</i>, e continuo
afirmando que essa é uma das melhores séries de <i>Young Adult</i> Fantástico que já li. Se você já leu a série e ainda
não leu esse, corra! Realmente não perca tempo: <i>Dezoito Luas</i> está imperdível. E se você ainda não leu nenhum livro
da série, também não perca tempo: leia! <a href="http://achouoque.blogspot.com.br/2014/01/de-kami-garcia-e-margaret-stohl.html" target="_blank">Aqui</a> e <a href="http://achouoque.blogspot.com.br/2014/01/de-margaret-stohl-e-kami-garcia.html" target="_blank">aqui</a> você confere os links das
resenhas dos dois primeiros livros, postadas antes no Blog.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Algo a acrescentar? Discorda em algum
ponto? Algum comentário? Escreva nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-38409872750371717952014-02-03T14:32:00.000-08:002015-02-06T08:27:59.034-08:00de David O. Russell, AMERICAN HUSTLE (2013)<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<center>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="color: #38761d;">Nome no Brasil</span></b><span style="text-align: -webkit-center;">: </span><span style="text-align: -webkit-center;">Trapaça</span><span style="text-align: -webkit-center;">;</span><br style="text-align: -webkit-center;" /><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="color: #38761d;">Gêneros</span></b><span style="text-align: -webkit-center;">: Drama/Policial/Comédia;</span><br style="text-align: -webkit-center;" /><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="color: #38761d;">Roteiro</span></b><span style="text-align: -webkit-center;">: Eric Warren Singer e David O. Russell;</span><br style="text-align: -webkit-center;" /><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="color: #38761d;">Elenco</span></b><span style="text-align: -webkit-center;">: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence;</span><br style="text-align: -webkit-center;" /><b style="text-align: -webkit-center;"><span style="color: #38761d;">Nota </span><span style="color: #cccccc;">(de 0 a 5)</span></b><span style="text-align: -webkit-center;">: </span><u style="text-align: -webkit-center;">5</u><span style="text-align: -webkit-center;">.</span></span><br /><span style="font-family: inherit; text-align: -webkit-center;"><br />
</span></center>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://saltodeeje.ideal.es/wp-content/uploads/2014/01/estafa-americana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="http://saltodeeje.ideal.es/wp-content/uploads/2014/01/estafa-americana.jpg" height="426" width="640" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Desde que esse filme saiu que eu estava
perdido de vontade de assisti-lo. Eu sinceramente não tenho paciência alguma
para esses atrasos exorbitantes de lançamento no Brasil – isso é algo que
realmente me estressa, apesar de eu ter noção de todos os porquês disso –, então
quando o meu site preferido de Downloads liberou um RMVB legendado e bonito, eu
imediatamente coloquei pra baixar. Me estressava ver tantas premiações
acontecendo, tantas coisas no mundo do Cinema surgindo, e eu não entender a
maioria das coisas que os comentaristas e críticos diziam. Crítica ajuda, mas
não enche barriga e nem mata vontade: o negócio é assistir o filme. E, além de
tudo isso, um dos amores da minha vida da arte da atuação estava ganhando
inúmeros prêmios por sua interpretação nesse filme – não, não é a Jennifer
Lawrence (apesar de ter muitos bons comentários sobre essa moça nessa crítica)
–, e estava sendo uma traição eu demorar tanto tempo assim para dar-lhe o
merecido prestígio. Eu não poderia mais esperar para ver Amy Adams em <i>American Hustle</i>. Por isso que quando vi
na página inicial do site que o filme já estava disponível corri com o dedo,
cliquei e suspirei, animado e ansioso, quando o download começou. Logo, logo eu
veria se realmente aquele filme tão bem criticado e bem comentado supriria os
meus gostos e me surpreenderia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E não é que foi isso mesmo que aconteceu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXR8Xdz35COOk5UxJRKFQA4ajTbNgI8PKOWoe5c9SmWx_Q1Fl8emC22wTGRjv5fw07xt2cp5-RDH-Th6n2Lorj42OM4Ts-qEwDPDWJ9GndCm4wslAeFJ0WCM0aQl2iNKuy11D7YKxtLBR6/s1600/American+Hustle.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXR8Xdz35COOk5UxJRKFQA4ajTbNgI8PKOWoe5c9SmWx_Q1Fl8emC22wTGRjv5fw07xt2cp5-RDH-Th6n2Lorj42OM4Ts-qEwDPDWJ9GndCm4wslAeFJ0WCM0aQl2iNKuy11D7YKxtLBR6/s1600/American+Hustle.jpg" height="320" width="305" /></a><span style="font-family: inherit;"><i>American
Hustle</i> (ou <i>Trapaça</i>, no Brasil) é um filme que se
passa na década de 70 e conta a história de uma grande trapaça de dois
talentosíssimos trapaceiros. Irving RosenFeld (Christian Bale) e Sydney Prosser
(Amy <i>Fucking Brilliant</i> Adams), após descobrirem
serem o que chamam de alma gêmea, resolvem criar uma agência falsa de
transações bancárias para conseguir dinheiro fácil de pessoas desesperadas.
Irving e Sydney crescem no negócio trapaceiro, até serem descobertos pelo
charmoso e interesseiro agente do FBI Richie DiMaso (Bradley Cooper), o qual
demonstra estar muito mais interessado nos negócios de trapaça que Sydney e
Irving poderiam imaginar. É assim que começa uma jornada pela inteligência do
crime, suborno, mundo político, traições e noitadas de gala e de dança:
conseguirão Sydney, Irving e Richie alcançar o novo grandioso objetivo?
Estariam mesmo eles sendo justos uns com os outros? Até que ponto em que a fidelidade
e a ambição podem andar juntas?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="text-indent: 21.3pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXR8Xdz35COOk5UxJRKFQA4ajTbNgI8PKOWoe5c9SmWx_Q1Fl8emC22wTGRjv5fw07xt2cp5-RDH-Th6n2Lorj42OM4Ts-qEwDPDWJ9GndCm4wslAeFJ0WCM0aQl2iNKuy11D7YKxtLBR6/s1600/American+Hustle.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="text-indent: 21.3pt;">Diferente do que muitos podem pensar por
se</span></span><span style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;"> tratar de um filme com uma temática um tanto policial e comediante, </span><i style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;">American Hustle</i><span style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;"> é um filme com uma boa
densidade e pluralidade. Lembro-me que li em algum lugar que se tratava de um
filme “policial de comédia-dramática”, e olhei aquilo com ceticismo. Como
diabos algo poderia conter doses de um filme policial, apresentar comédia e
ainda envolver-nos em drama? Para mim, isso era impossível – até assistir ao
filme de David O. Russel. </span><i style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;">American Hustle</i><span style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;">
traz as doses clássicas de um filme policial – FBI envolvido num caso de
descoberta de crimes e no plano de fundo de capturas –, porém com uma dose
realista e interessante, já que o ponto policial converge quase totalmente em
Richie (Cooper), o qual definitivamente não se trata de um policial honesto. A
ambição é um ponto trabalhado magnificamente, atirado para todos os lados. É a
ambição que move o enredo. A ambição de Sydney (Adams) e Irving (Bale) os
impulsiona a criar um negócio grandioso de trapaças; a ambição de Richie o
induz a juntar-se aos trapaceiros e tirar seu próprio proveito deste mundo
criminoso; a ambição dos políticos os compromete com os enganadores para
conseguirem alcançar seus desafiadores objetivos, e assim por diante. E esta
ambição, que é aonde todas as linhas se cruzam, é o que consegue manter todos
os “gêneros” do filme em harmonia. A comédia, o drama: tudo é movido pelo
desejo de ter mais – e, por vezes, pela inescrupulosidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Nenhum personagem no filme é linear, algo
que me encantou bastante. Existe sempre algum tipo de mudança, em algum
momento, nos personagens – algo que, se não os muda completamente, ao menos os
balança profundamente e mexe com suas personalidades e índoles, coisas que
sempre trazem impacto para toda a história e suas próprias vidas. <i>American Hustle</i> também é,
essencialmente, um filme de muita intensidade. As emoções são muito bem
transmitidas para o expectador. Há uma cena, mais ou menos lá pra uma hora de
filme, que é o perfeito, perfeito exemplo disso: a cena em que Sydney está numa
danceteria com Richie, o policial. É uma cena de emoções intensas, e, talvez,
para a personagem de Adams, a mais significativa emocionalmente para a
personagem: é uma cena de liberdade. Liberdade, aliás, é o que sempre está
sendo buscado no filme, seja para qual for o personagem e qual seja o sentido
de liberdade. Acho que encontrei as duas palavras que definem o filme: ambição
e liberdade. É aonde o enredo gira em torno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgCGes4Uf0fAuW6M2Sdy-ys7tNTCCucj_esqL7a5sbDB7t59YH7bw16KfrcpY4NddLREHXtWC4yUb5hx9uSmGvvSc7CFNpSUhFOLqJeVBDsv2Z4FKQxvI_978q0ZZoOVM0euG3EAGVp9JSqn23EW-njetbeshtUI2yqzSWDYV0YnwL4CLrWT5N75bR0bQDVdQ=" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://i.perezhilton.com/wp-content/uploads/2013/12/jennifer-lawrence-strut.gif" height="240" style="cursor: move;" width="320" /></a><span style="font-family: inherit;">O filme também é <i>muito</i> engraçado. Gosto do jeito cru que o humor é exposto em filmes
com a temática de <i>American Hustle</i>:
não é um humor falso, maquiado. É um humor explícito, forte, às vezes pesado,
às vezes negro. O humor da vida real. Acho que a maior expressão do humor no
filme é a personagem de Jennifer Lawrence, Rosalyn – uma personagem digna de
nota, aliás, apesar de ser apenas coadjuvante. O humor extremamente irônico,
por vezes cínico, desleixado e até impetuoso no qual a personagem de Lawrence
gira em torno é incrível. É realmente uma personagem interessantíssima, já que
representa cabalmente a margem daquele mundo de trapaças. Rosalyn é a esposa
real de Irving, com a qual tem um filho, que está sempre à margem da vida do
marido e que por isso é tão perdida, confusa e amargurada. O medo também é
outra temática trabalhada na personagem Rosalyn: o medo de tentar, de ir em
frente. Porém, também ouso dizer que a maior expressão da liberdade do filme –
o que citei como sendo um dos maiores pontos do enredo – é também da personagem
Rosalyn. É realmente uma grande, grande personagem.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.perezhilton.com/wp-content/uploads/2013/12/jennifer-lawrence-strut.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: inherit;"></span></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">De forma alguma, entretanto, eu poderia
esperar tamanha inteligência na forma com que o filme foi destrinchado e nas
ações e pensamentos dos personagens. Existe uma clara diferença entre esperteza
e inteligência, e normalmente o que vemos em filmes desse porte é a pura
esperteza de malandro. Mas realmente não é assim, dessa vez, nesse caso. A
dupla Sydney e Irving é realmente <i>inteligente</i>,
coisa que se prova com tudo o que demonstram ter feito e planejado com tanta
sutileza e <i>perfeição</i> nos últimos
vinte minutos de filme. Poucas vezes fiquei com os olhos tão arregalados pr’uma
tela de notebook, para um filme, como fiquei nos momentos finais de <i>American Hustle</i> (minha miopia agradece).
É incrível. É realmente muito, muito bom. Surpreendente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E já que dei tantas voltas ao redor de
atuação, vamos comentar isso propriamente, agora. Christian Bale e Bradley
Cooper estão bons, como sempre. São bons atores; tiveram uma boa atuação,
embora nada muito surpreendente. Entretanto, a dupla que realmente merece
aplausos, sem dúvida alguma, é Amy Adams e Jennifer Lawrence. Falando
primeiramente da querida e linda ruiva, Adams está grandiosa e diferente de
tudo o que você já pode tê-la assistido fazendo. Amy Adams está desafiadora.
Original. Gosto demais, demais, sempre amei – e por isso ela é uma de minhas
atrizes do coração – a forma natural com que Amy Adams atua. Há sempre um toque
<i>Amy Adams</i> em todos os personagens da
atriz, uma marca só dela, que é certa doçura e placidez. E tudo isso caiu
perfeitamente como uma luva no papel de Sydney, já que deveria ser uma mulher
manipuladora e sedutora. Por vezes, Amy Adams interpretou tão impecavelmente
bem seu papel que eu me perdi realmente nas percepções e acabei <i>realmente</i> me surpreendendo. Adams teve
de arcar com a personagem mais complexa do filme, e o fez muito, muito
belamente, corretamente e com muita classe. Realmente Adams merece os prêmios
aos quais está sendo indicada e aos quais está ganhando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Mas eu não posso deixar de realmente
concordar com o que todo mundo está dizendo sobre ela, Jennifer Lawrence:
incrível. Com toda a sinceridade do mundo, eu costumava não gostar nada de
Jennifer Lawrence. Nunca entendi toda a grande babação de ovo que existe em
torno dela por causa da franquia <i>Jogos
Vorazes</i>, não a achava uma atriz tão boa quanto diziam. Simplesmente achava
Lawrence uma atriz comum, normal, como muitas outras. Entretanto, seu trabalho
como a personagem Rosalyn é absurdo, absurdo de bom. A entrega de Lawrence para
a personagem é de embasbacar. Você sente a personagem. Você entende, você se
envolve com a personagem – e realmente não acredito que coisas assim sejam só
pela personagem em si, excluindo a atriz. O trabalho de montar um personagem
envolve muito do psicológico do ator e do entendimento do mesmo sobre aquele
ser a ser atuado, e realmente percebe-se que a química que rolou entre Lawrence
e Rosalyn foi fabulosa. Não existe como imaginar outra atriz interpretando
Rosalyn. Jennifer Lawrence está brilhante, surpreendente, e – Deus do céu, como
é difícil falar isso, já que no <i>cast</i>
está uma das minhas atrizes favoritas... – realmente rouba a cena. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstpKZuf47NVHwKU89TOouyI3PGZOVA_aKGduUBC4fzPdXM1bUrY_fTM7qMq40o7kADcHZ2TErF6jnGwhstHL0AqTlOhmfEAjTTK9BtMjt-j3AlRk7uxvzpzXrQQ__4hFHUw1m3KddwJQd/s1600/American+Hustle+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgstpKZuf47NVHwKU89TOouyI3PGZOVA_aKGduUBC4fzPdXM1bUrY_fTM7qMq40o7kADcHZ2TErF6jnGwhstHL0AqTlOhmfEAjTTK9BtMjt-j3AlRk7uxvzpzXrQQ__4hFHUw1m3KddwJQd/s1600/American+Hustle+2.jpg" height="318" width="640" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Vou dizer algo, aqui e agora, que é a
prova do quanto Lawrence me surpreendeu no quesito atuação e entrega ao
personagem: a última vez que vi tamanho potencial foi lá atrás, quando uma
atriz totalmente desconhecida encarou interpretar uma personagem de uma
adaptação cinematográfica de um grande best-seller. A atriz em questão
interpretou uma princesa, foi um grande sucesso, mas teve muitos dedos
apontados em sua cara por não ser assim considerada uma atriz tão grande. Hoje
em dia, essa atriz é uma das maiores de Hollywood, e, indubitavelmente, é uma
das coisas mais brilhantes que o Cinema já teve em questão de atuação. Vejo,
sinceramente, em Jennifer Lawrence, o potencial que não via em alguém desde
Anne Hathaway. E Deus queira que ela consiga se tornar tão grande como Hathaway
é, hoje em dia. Pois ela merece.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E, sim, a tão falada cena de Amy Adams
com Jennifer Lawrence é mesmo boa. Principalmente pelo que acontece no <i>final da mesma</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu não havia percebido, até escrever esta
crítica, o quanto que <i>American Hustle</i>
foi um filme que mexeu comigo. E realmente, realmente mexeu. Um grandioso
filme, rico, com atuações surpreendentes e um bom ritmo, um bom texto (e, meu
Deus, uma EXCELENTE trilha sonora). Vale a pena conferir <i>Trapaça</i>, que em breve estreará nos cinemas brasileiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Não se esqueça de voltar aqui quando ver,
e comentar o que achou! Estou ansioso pelos seus comentários. E se já ao filme
assistiu, deixe sua opinião nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
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<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Dezessete Luas;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> Margaret Stohl e Kami Garcia;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Galera <b><span style="color: #cccccc;">(selo da editora Record)</span></b>;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Regiane Winurski;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Número de Páginas</b></span>: 461;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Fantasia, Young Adult;</span><br />
<span style="color: #38761d; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>(de 0 a 5)</b></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">: </span><u style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">4</u><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">.</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUcjbc98JSrQlEeJAYF6o2oEzEd0isavVntWoDHMcrECzxTKt5PP_ob6hBSMYyp6G9PJRAm9x1rjTpaMuO43uU4AhGMAbwJci7iPJE-9mpXmalkvRCQQZKYa_PFqlUEPDySW7qQUGlmh-3/s1600/Dezessete+Luas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUcjbc98JSrQlEeJAYF6o2oEzEd0isavVntWoDHMcrECzxTKt5PP_ob6hBSMYyp6G9PJRAm9x1rjTpaMuO43uU4AhGMAbwJci7iPJE-9mpXmalkvRCQQZKYa_PFqlUEPDySW7qQUGlmh-3/s1600/Dezessete+Luas.jpg" height="416" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Li <i>Dezessete
Luas</i> num desafio comigo mesmo: eu teria de lê-lo em quatro dias. Isso para
mim era muito, já que, há um ano, eu não era exatamente como sou hoje, que
consigo ler cem páginas, cento e vinte num dia só. Eu havia viajado para o
sítio do meu pai e levei esse livro debaixo do braço e o desafio em mente: ler <i>Dezessete Luas</i> durante a minha estadia por
lá. Eu normalmente não faço absolutamente nada por lá, de qualquer forma, já
que não pega nem celular e nem internet; ora, bolas, então: qual seria a
dificuldade de mergulhar na continuação do incrível <i>Dezesseis Luas</i> e me afogar pra valer?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O segundo livro da série <i>Beautiful Creatures</i> nos apresenta outra
vez os personagens que já conhecemos, porém numa nova e diferente realidade.
Após incidentes ocorridos no passado (no primeiro livro da série), a relação de
Lena e Ethan está maculada: Lena Ravenwood não é a mesma de antes. Confusa,
triste, introspectiva e cada vez mais afastada, a Conjuradora – como são
chamados os dotados de magia – parece não estar feliz como outrora, e seu lado
sombrio cada vez mais grita dentro de seu eu para se libertar. É então que
perversas companhias começam a rondar a Ravenwood, e logo Ethan se vê perdendo
quase de vez sua tão transformada e transtornada namorada. A aventura, agora, é
no submundo dos Conjuradores, entre as vielas obscuras de um mundo pouco
habitado e pouco desbravado: conseguirão Ethan e seus amigos enfrentar os
monstros e seus próprios monstros? Conseguirão trazer Lena de volta?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Dezessete
Luas</i> conseguiu ser muito
mais, em inúmeros aspectos, satisfatório do que seu antecessor. Com uma
história mais densa, o enredo da série está mais interessante do que nunca, já
que as escritoras agora nos surpreendem com o que, certamente, todos nós, fãs
da saga, esperávamos: o mergulho no mundo dos Conjuradores. Pessoalmente, acho
que todo livro que se propõe a trabalhar um novo mundo, uma nova realidade,
seja uma simples ficção ou uma distopia, deve focar nem que seja mais do que só
um pouco nos novos aspectos políticos, locacionais, enfim, aqueles originais
trazidos pelo enredo – ou então tudo perde a graça. De que adianta você
oferecer toda uma nova realidade para o leitor se nem ao menos permite o mesmo
desfrutar dela? Não foi, certamente, o que aconteceu com a série <i>Beautiful Creatures</i>. Em <i>Dezessete Luas</i>, a aventura é focada
justamente nesse mundo subterrâneo que é o mundo dos Conjuradores, e inúmeros novos
significados e explicações desse novo mundo vão sendo demonstrados ao decorrer
do enredo, sempre daquela forma leve e despretensiosa comum à série. É uma
delícia você sempre descobrir mais sobre o mundo dos Conjuradores; foi um dos
universos que mais me deliciei em aprender e me satisfiz com os resultados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">A história, aqui, também se torna muito
mais intrínseca. Tudo, praticamente tudo está interligado. Pontas que você
nunca imaginou que poderiam ter conexão acabam se amarrando, e tudo é um
emaranhado que não se cansa de mostrar, revelar, inovar. <i>Dezessete Luas</i> é brilhantemente surpreendente: página após página o
leitor se depara com novidades que chegam a embasbaca-lo, como eu mesmo me vi
boquiaberto com coisas que gradativamente aconteciam, se juntavam e se
revelavam. Personagens têm ligações inimagináveis com outros personagens,
histórias remontam e têm raízes em outras histórias de outras pessoas; surgem
novos importantíssimos personagens – outros até mesmo <i>ressurgem</i> –, objetos interessantes aparecem, trevas e bondade se
confundem, e o leitor é colocado incessantemente à prova quanto a seus
pensamentos e opiniões perante inúmeros personagens. Esse, na verdade, é um
ponto magnífico: quem realmente é vilão? Quem realmente é do bem? Será que
realmente existe essa coisa toda de um lado do bem e um lado do mal? E o quanto
isso afeta toda a sua realidade e aqueles que lhe amam?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Considero<i> Dezessete Luas</i> o livro de passagem da série <i>Beautiful Creatures</i>: ele é aquele que vai plantar todas as
verdadeiras impressões sobre todos, absolutamente todos os personagens do
universo de Stohl e Garcia. É o livro mais revelador da saga. As escritoras
ainda conseguem manter a tensão e o mistério daquela forma relaxante, mas ao
mesmo tempo intensa, e a novidade é a imensa profundidade. Profundidade é uma
palavra que define bastante o livro, seja profundidade em enredo, seja
profundidade da forma de retratar o psicológico e emocional dos personagens,
seja no retratar da nova realidade da ficção. É perceptível também o quanto que
a escrita amadureceu; é notável que as escritoras consigam captar muito mais
dos personagens, e demonstrá-los fidedignamente. O humor também se mantem,
apesar do mistério e suspense serem os pontos fortes do livro (até porque não
tem como um livro não ter humor com um personagem tão ridiculamente cômico
quanto Link).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Está também mais gótico do que nunca,
coisa que adoro. Não espere algo <i>Crônicas
Vampirescas</i>, porém, ou aí sim você se decepcionará. O gótico encontrado em <i>Dezessete Luas </i>é um gótico juvenil, mais
leve, eu diria até um tanto descontraído; é um bom livro para se preparar para
ler um verdadeiro gótico, como Anne Rice. O título em inglês desse livro o
define muito, muito bem, aliás: <i>Beautiful
Darkness</i>. Darkness. Escuro, sombrio: isso é <i>Dezessete Luas</i>. Um belo livro que trabalha a escuridão de uma forma
deliciosa e até mesmo instrutiva – já que a série <i>Beautiful Creatures </i>aborda inúmeros pontos muito além da
superficialidade, como o que realmente é esperar, o verdadeiro poder de um amor
(seja qual for o amor) e, principalmente: se o bem e o mal realmente andam
separados, como inúmeras tradições nos ensinam ao longo da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Quanto à parte técnica do livro: as
páginas são amareladas, a fonte usada é linda e de um tamanho agradável de ler;
a diagramação é impecável e simples; a tradução é ótima e, diferente do meu
exemplar do primeiro livro onde encontrei diversas confusões na ortografia e
pontuação, a revisão está realmente ótima. Vale ressaltar, também, que a capa é
uma coisa extremamente <i>linda</i>. Sou
apaixonado por essa capa em tons de azul, preto e cinza, que traduz
inteiramente o ar que o livro traz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Dezessete
Luas</i> é uma continuação
que superou completamente o seu livro antecessor. Um livro intenso, incrível,
que vai além do esperado para um livro do gênero <i>Young Adult</i> – dentro do mesmo, certamente considero-o magnífico.
Para chocar, ensinar e apaixonar: a continuação de <i>Dezesseis Luas</i> é de tirar o fôlego e vale a pena ser lida! Não
deixe de conferir o Blog <i>Achou o Quê?</i>:
em breve mais resenhas sobre os dois outros livros da saga, <i>Dezoito Luas</i> e <i>Dezenove Luas</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Tem algo a acrescentar? Discorda de algo?
Deixe a sua opinião nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-33964964076057832612014-01-25T15:43:00.000-08:002015-02-06T08:29:12.875-08:00de Margaret Stohl e Kami Garcia, BEAUTIFUL CREATURES (2009)<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Título no Brasil</span></b>: Dezesseis Luas;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Quem escreveu?</b></span> Margaret Stohl e Kami Garcia;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Editora</span></b>: Galera <b><span style="color: #cccccc;">(selo da editora Record)</span></b>;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Tradução</span></b>: Regiane Winurski;</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Número de Páginas</b></span>: 488;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Gênero</span></b>: Fantasia, Young Adult;</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><span style="color: #38761d;"><b>Nota </b></span><span style="color: #cccccc;"><b>(de 0 a 5)</b></span>: <u>4</u>.</span></div>
<div style="text-align: center; text-indent: 28.399999618530273px;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7DnmmBR8pIUm9ExNM0r068M4E6I6lnoAQOnYUERmi_gZiadIwhSho5o-qpeZvaCy9SbjqgV8l-kpW4Tjc1KsiDUPgFziuyOch6MiMSDxhbujdfQYrBol-jkUZ3JEhyKPlNOMNZpQFFn7v/s1600/Dezesseis+Luas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7DnmmBR8pIUm9ExNM0r068M4E6I6lnoAQOnYUERmi_gZiadIwhSho5o-qpeZvaCy9SbjqgV8l-kpW4Tjc1KsiDUPgFziuyOch6MiMSDxhbujdfQYrBol-jkUZ3JEhyKPlNOMNZpQFFn7v/s1600/Dezesseis+Luas.jpg" height="457" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Enquanto ouço <i>Seven Devils</i> – música de <i>Florence
and the Machine</i> a qual fez parte da trilha sonora da adaptação do livro
presentemente resenhado –, consigo me lembrar perfeitamente de como foi ler <i>Dezesseis Luas</i>, o primeiro volume da
incrível série <i>Beautiful Creatures</i>, e
de como me senti enquanto lia. Acho que em poucas vezes fui tão envolvido e
conquistado por uma série em tão pouco tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Comecei de um jeito pouco usual, pro que
me é normal: assisti primeiro ao filme. Fui – digo isso com um orgulho tão
grande, gente; pode ser bobagem, mas pra mim é algo muito importante, mesmo – à
estreia, com um amigo. Uma estreia que apesar de não parecer estreia, já que se
quinze gatos pingados ocuparam as cadeiras do cinema foi muito e se esses
quinze gatos pingados demonstraram mais de meia reação durante todo o filme foi
também muito – os animadinhos com literatura fantástica e com o enredo ali eram
realmente só eu e meu amigo (vocês não tem noção do quanto foi triste ficar
pulando sentado e gritado de animação <i>sozinho</i>)
–, significou tanto ao ponto de me fazer perturbar tanto minha querida amiga
Karen, tanto, de uma forma tão irritantemente intensa e... <i>Chata</i> que, acho que tendo consciência de que foi ela quem me
induziu a ir ver o filme e ler a história, acabei ganhando da mesma com os dois
primeiros livros da série. Poucas vezes fiquei tão saltitante como quando o
moço dos correios me entregou aquele embrulho enorme nas mãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Foi mais ou menos nessa época, só que no
ano passado, que devorei <i>Dezesseis Luas</i>
pela primeira vez. A história fala de Ethan Wate, o qual primordialmente é só
mais um garoto quase comum na cidade de Gatlin: <i>quase</i>, já que um de seus grandes desejos, diferente da maioria das
pessoas que compõem aquela cidade – “as burras e as empacadas”, como seu pai
afetuosamente outrora caracterizara seus vizinhos –, é mandar-se daquela
realidade tediosa e imutável e ganhar o mundo. Ethan não contava, entretanto,
na radical e absurda mudança que sua rotina e seu futuro teriam quando uma
jovem finalmente chega à cidade, depois de ser expulsa de várias outras escolas
ao longo da América. A jovem é Lena Ravenwood: uma bela e introspectiva garota,
neta do homem mais assustador e considerado herege por toda a cidade: Macon
Ravenwood. Uma estranha conexão surge entre os dois jovens, entretanto, após um
incidente aparentemente comum numa estrada comum da comum Gatlin da Carolina do
Sul: uma conexão que os levará a um inesgotável e poderoso sentimento de amor,
e consequentemente a uma viagem mística e pelas vielas mais profundas (às vezes
literalmente) da história da magia, da bruxaria, do que corresponde à cidade e
de suas próprias árvores genealógicas. Uma viagem que pode custar mais
descobertas e coragem e lhes tirar mais coisas do que os dois jamais poderiam
imaginar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Beautiful
Creatures</i> acabou se
tornando uma de minhas séries favoritas da vida – ao lado de grandes amores
meus como <i>His Dark Materials</i> (<i>Fronteiras do Universo</i>) e <i>Harry Potter</i> – justamente por um caráter
que sempre, sempre considero quanto estou lendo qualquer coisa que trabalhe
fantasia: originalidade. Sendo completamente honesto, tornou-se realmente moda
escrever sobre feitiçaria depois do estrondoso sucesso de vendas que foi <i>Harry Potter</i>. Todo mundo quer seu <i>Harry Potter</i>, todo mundo quer chegar
aonde <i>Harry Potter</i> chegou, muitas
vezes com pretensões absurdas visionando o sucesso e a <i>best-sellerzice</i>. Coisas que, graças aos céus, eu realmente não vi
em <i>Beautiful Creatures</i>. Acho que devo
parabenizar realmente as autoras pela forma que retrataram o mundo da bruxaria
em seu livro, a qual não foi de uma forma exageradamente atual, de forma alguma
enjoativa e menos ainda uma cópia ao menos parcial do universo de J. K. Rowling:
Kami Garcia e Margaret Stohl trabalham com a magia e a feitiçaria primordial –
a magia e feitiçaria das antigas, folclóricas e góticas bruxas, dos vestidões
bem trabalhados, das magias em Latim e dos livros de feitiços pesados e
amaldiçoados – reproduzidas em um universo contemporâneo delicioso e cativante.
Eu realmente fiquei encantado pela forma linda com que Stohl e Garcia contextualizaram
esse tipo de aura bruxa gótica medieval sem retirar a essência da mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Numa narrativa rítmica e deliciosamente
fluida, <i>Dezesseis Luas</i> também não
perde outra essência que se propõe a trabalhar: o <i>Young Adult </i>(uma literatura que costuma ser destinada ao público
entre dezoito e vinte anos, de acordo com a <i>American
Library Association</i>). O que significa isso? Simples: uma literatura juvenil
que aborda temas um pouco mais adultos e de uma forma mais madura, sem perder
aquilo que é próprio do adolescente e do jovem adulto (nesse caso ainda tendo a
adição do gênero <i>Fantasia</i>, é claro).
Em <i>Dezesseis Luas</i>, você encontra
clichês adolescentes sim, assim como pensamentos adolescentes e uma realidade
também adolescente, porém de forma alguma enjoativa, menos ainda infantil, e que
não apenas se limita aos círculos de jovens. O jeito crescido com que Stohl e
Garcia trabalham muitas coisas no livro é realmente algo de se apaixonar,
principalmente no meu caso, que gosto de literatura juvenil, mas não aquelas <i>tão</i> juvenis assim, se é que você me
entende. Essa maturidade com que o livro normalmente é trabalhado na escrita
pode até ser pelo fato dos dois protagonistas serem adolescentes com maior
maturidade e sensatez, o que torna as coisas mais adultas e bem mais
interessantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Escrita, aliás, a qual eu simplesmente
adorei. Sabe aquela escrita leve, deliciosa, com tudo muito bem comedido, que
você simplesmente não consegue parar de ler? É tudo muito fluido, muito
natural; as peças do enredo se encaixam, e o ritmo caminha sempre rítmico,
naquela mescla de tons: mistério/calmaria/cômico. Isso é preciso ser ressaltado
também: <i>Dezesseis Luas</i> é engraçado de
uma forma gostosa, já que é, como dito, natural. <i>Dezesseis Luas</i> não é um livro pretensioso, como costumam ser os
primeiros livros de séries, que por vezes os escritores tanto se empolgam pra
conquistar os leitores que acabam forçando a barra em diversos aspectos. É um
livro para ler e se divertir – sem, é claro, esperar nada além do que é
proposto pelo gênero, que é o <i>Young Adult</i>
(esse é o problema de muita gente, aliás: querer criticar um tipo de Literatura
analisando-a por fora daquilo que é proposto). Também sobre a escrita: o livro
é escrito por duas autoras! E, gente. Não só como leitor, mas também como
escritor, eu posso lhes afirmar o quanto que é difícil fazer dar certo um
negócio escrito por duas mãos e mentes diferentes. O maior trunfo de duas
mentes trabalharem num mesmo livro é não fazer com que se perceba que foi mais de
uma que o escreveu. Já li um ou dois livros escritos por mais de um autor aonde
eram tão palpáveis os diferentes tipos de escrita que eu quase conseguia ouvir
os gritos das palavras anunciando a quem pertenciam. E eu garanto com todas as
letras: a escrita dupla de Margaret Stohl e Kami Garcia, <i>nesse sentido</i>, é uma das mais perfeitas que já tive contato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Além de que, puxa vida, ainda sem sair do
âmbito da escrita: um padrão em séries infanto-juvenis é quebrado em <i>Dezesseis Luas</i>. O protagonista usa
cuecas! É UM RAPAZ! O <i>caps lock</i>
ligado, veja bem, foi por causa do quão novo isso foi pra mim. Gente, por
favor: realmente já deu um pouquinho de garotas protagonizando séries e tudo o
mais no infanto-juvenil, não? Sou assumidamente feminista, antes que eu seja
acusado de machismo literário, mas é que isso se tornou tão, tão comum e batido
que, apesar de cada protagonista trazer sua singularidade, sinceramente, pra
mim, cansou. Eu leio, é claro, se a história me interessar, mas realmente me
abre os olhos se a narração for feita por um garoto pelo grau de diferenciação
do comum que uma literatura assim tem – referindo-me a primeira pessoa, é
claro. O que, DEUS do céu, também é preciso ser dito, e isso é realmente um
ganho importantíssimo que <i>Beautiful
Creatures </i>não só trouxe pra minha vida como leitor, mas também para meu eu
escritor: esse livro – essa série como um todo – foi o responsável por diminuir
em mim o preconceito gigante que eu tinha quanto à literatura escrita em
primeira pessoa. Eu simplesmente odiava. Não conseguia ler. Entretanto, a forma
deliciosíssima com que a primeira pessoa de Garcia e Stohl é empregada... Isso
tudo pode estar parecendo um verdadeiro exagero, eu sei, mas eu me rendi.
Realmente me rendi a essa escrita, e sou apaixonado por ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O enredo também é bem costurado, sem
pontas soltas, obviamente feito com cuidado antes de ser publicado. Algo que me
encantou muito também são os personagens: todos extremamente empáticos, até
mesmo os menos citados (como parte da família de Lena) – destaco Amma, Ridley,
Link e Sarafine (a incrível Sarafine!). O romance de Lena e Ethan também é algo
que não empaca a história: a construção desse amor e a percepção do mesmo é
algo que anda junto com o enredo, o que é realmente adorável. Adoro a edição
que tenho, a que tem a capa do pôster do filme, apesar da original também ser
maravilhosa; quanto às críticas à parte de construção e mais técnica do livro: amo
essa fonte usada pela editora Galera para os livros, a diagramação está bem
agradável, a tradução está de parabéns, mas lembro que houve algo que me
incomodou imensamente quando li – a revisão. Lembro-me de ter encontrado
algumas palavras incompletas e alguns erros esquisitos de pontuação, o que me
incomodou um pouco, já que sou tarado por revisões corretas em absolutamente
tudo. Mas meu exemplar é um pouco antigo; isso já deve, certamente, ter sido
consertado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">A verdade é que a minha leitura de <i>Dezesseis Luas</i> significou bem mais do
que apenas mais um livro. Realmente esse livro é muito importante pra mim, e
está marcado na minha vida como leitor. Um livro para ser lido para relaxar, se
divertir e viajar: <i>Dezesseis Luas</i>, de
Margaret Stohl e Kami Garcia, publicado pela brilhante <i>Galera Record</i>. Todos os
livros da série serão resenhados aqui no Blog, então não deixe de conferir!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Já leu o livro? Discorda de alguma coisa,
tem algo a acrescentar? Ainda não leu? Quais suas impressões sobre o livro?
Você deseja lê-lo? Escreva tudo nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-52216503213331480312014-01-22T17:40:00.000-08:002015-02-06T08:29:36.781-08:00de Chris Buck e Jennifer Lee, FROZEN (2013)<center>
<br />
</center>
<center>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><b><span style="color: #38761d;">Nome no Brasil</span></b>: <i>Frozen - Uma Aventura Congelante</i>;<br />
<b><span style="color: #38761d;"> Gênero</span></b>: Animação/Fantasia/Musical;<br />
<b><span style="color: #38761d;"> Roteiro</span></b>: Jennifer Lee;<br />
<b><span style="color: #38761d;"> Elenco</span><span style="color: #6aa84f;"> </span><span style="color: #cccccc;">(Vozes)</span></b>: Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff, Josh Gad, Santino Fontana;<br />
<b><span style="color: #38761d;"> Nota </span><span style="color: #cccccc;">(de 0 a 5)</span></b>: <u>5</u>.</span></center>
<center>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br />
</span></center>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.rotoscopers.com/wp-content/uploads/2013/09/frozen-poster-cast-new.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.rotoscopers.com/wp-content/uploads/2013/09/frozen-poster-cast-new.jpg" height="400" width="280" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Lembro-me de ter visto o trailer de <i>Frozen</i> sem querer, num dia qualquer quando decidi absolutamente do nada que queria assistir trailer de filmes. Vi o trailer de <i>Beautiful Creatures</i> (filme o qual amo tanto quanto a série literária de mesmo nome), vi um pequeno de <i>Maleficent</i> o qual já todos estávamos cansados de ver; vi, acho, o de <i>Black Swan</i> (um dos filmes do meu coração), o qual eu nunca havia visto... Em seguida vi o de <i>Mulan</i>, acho. Talvez após tenha visto o de <i>Les Misérables</i> (uma das coisas mais lindas que já assisti). E vi algum de algum outro desenho... Acho que foi o de <i>Brave</i>. E foi enquanto assistia a esse trailer que dei de cara com um ícone naquela barra à direita do Youtube, revelando um novo filme que estava para sair pela boa e velha Disney.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Frozen</i>? “<i>Isso é nome de música da Madonna</i>”: juro que pensei isso assim que dei de cara com aquele título. Já tirei um conceito prévio enorme do filme, então. Enquanto clicava e o lindo Google Chrome demorava pra carregar (como quase sempre na triste realidade da minha internet), eu já conseguia imaginar um filme à la Tim Burton, cheio de coisas levemente assustadoras e com um humor levemente mordaz. Quase tive a nítida imagem de uma Madonna em desenho irrompendo em um milhão de corvos e voando pelo mundo congelado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Vou lhes dizer uma coisa que, de vez em quando, gosto: quebrar a cara. Juro que não sou o tipo de pessoa que julga as outras, muito menos que tira preconceitos de qualquer que seja o assunto – porém, vez ou outra isso inevitavelmente acontece, e eu adoro quando estou errado. Pois adoro ser surpreendido. E o que eu julguei ser “<i>mais um filme da Disney com um humor forçado</i>” – “<i>ora, por favor, eles estão tentando </i>mesmo<i> implacar mais um clássico, né?!</i>” – acabou se tornando um dos filmes de animação mais lindos e importantes da minha vida.</span><br />
<span style="text-indent: 21.3pt;"><br />
</span> <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZCh6AZU339bv97vFFABVq47opIPKUtC-MC3zV0-cFZsHCK9Q0sqk6fqTq7D7iPaYiwJdtuvkNDyCbzOMuigeVupVx6g1s-j1XevglfZ_osRXpJqsh4nnnccLWbii3THiIYnwNUf5dNxj9/s1600/Frozen.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center; text-indent: 21.3pt;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZCh6AZU339bv97vFFABVq47opIPKUtC-MC3zV0-cFZsHCK9Q0sqk6fqTq7D7iPaYiwJdtuvkNDyCbzOMuigeVupVx6g1s-j1XevglfZ_osRXpJqsh4nnnccLWbii3THiIYnwNUf5dNxj9/s1600/Frozen.jpg" height="317" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As queridas irmãs, Elsa e Anna.</td></tr>
</tbody></table>
</div>
O filme traz uma temática curiosa: irmãs. Irmãs que, outrora muito amáveis uma com a outra, acabaram sofrendo um triste afastamento por conta de uma característica mágica da mais velha, Elsa (voz de – pelo amor de Deus, palmas, muitas palmas para o nome que será citado neste momento – Idina Menzel): seus poderes mágicos de gelo aparentemente incontroláveis. Ambas nunca, ou quase nunca, se encontraram após um acidente com a irmã mais nova, Anna (voz de Kristen Bell), causado pelos próprios poderes da irmã, a qual é obrigada a isolar-se para o bem não só da caçula, mas de todos que se aproximassem do que foi considerada uma maldição. As irmãs crescem afastadas, porém, é chegada a hora de uma nova rainha assumir o trono há muito não habitado do reino, e é esperado que Elsa faça absolutamente tudo nos perfeitos conformes. Entretanto, um desentendimento entre as duas irmãs gera um grave acidente, o que acaba revelando a verdadeira natureza de Elsa. É quando se dá início uma aventura em que todos os protagonistas se envolvem, com revelações, intrigas, euforia e muita, muita música.<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Georgia","serif";"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">O filme todo é uma busca. É a incessante busca por algo ou por alguém que movimenta toda a história de <i>Frozen</i>. E o que foi colocado no meio dessa busca – como a construção do romance, o sentimentalismo e todos os outros diversos pontos – é que é o fascinante. Algo que me deixou levemente chocado é que, apesar de ser um enredo bastante denso em variados sentidos, <i>Frozen</i> nunca se torna algo chato ou menos voltado para o mundo infantil. É um filme que pode ser visto por todas as idades por trazer significados e percepções diversos, percebidos de acordo com a faixa etária e a experiência de vida do expectador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Existem ensinamentos realmente, realmente bonitos e importantes em <i>Frozen</i>, e acho que o principal deles é o que remonta o amor. Isso, aliás, é algo a realmente parabenizar: pela primeira vez em tempos o verdadeiro sentido do amor trabalhado num filme, o amor verdadeiro que é dito e tão ouvido durante todo um longa, o amor que salva e que cura, não é o amor de um casal. O amor trabalhado por <i>Frozen</i> rompeu essa barreira clássica dos filmes produzidos pela Disney, já que foca não no amor no sentido romântico e carnal que o conhecemos, mas sim num sentido mais arcaico, primitivo, por vezes até considerado, hoje em dia, como antiquado: o amor consanguíneo. O amor de duas irmãs. Essa sacada é que faz o filme ser diferente de muita, muita coisa que é produzida pela indústria hoje. É o amor, sim, que é o ponto principal para um final feliz – mas um amor familiar. O amor mais puro e real que alguém pode sentir. Algo assim ser retratado, pra mim, chegou a ser algo realmente emocionante.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Dito isso, é preciso afirmar: o enredo de <i>Frozen</i> é uma delícia. É uma das animações mais completas e ricas que já vi no âmbito emocional. Existe de tudo nessa animação: aventura, profundidade sentimental, vilania (verdadeira e dissimulada vilania, e eu não vou dizer quem é a maior representação da vilania no filme ou irei estragar com a graça da coisa), bravura, coragem e muito mais, o que faz dele tão emocionante e um verdadeiro supridor de expectativas – pois sou do tipo de pessoa que assisto um filme ou algo na necessidade de ser suprido, de ser completo, de ser satisfeito, seja de qual forma for. E <i>Frozen</i> me encheu, no bom sentido, em muitas áreas, até algumas que realmente não imaginei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://static.tumblr.com/t7pmtl6/DtAmz27qp/elsa-sidebar.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center; text-indent: 21.3pt;"><img border="0" src="http://static.tumblr.com/t7pmtl6/DtAmz27qp/elsa-sidebar.gif" height="320" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Elsa (Idina Menzel), na cena de "<i>Let It Go</i>".</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;">Engraçado, com um cômico incrivelmente bem colocado, sem exageros ou sem errar no humor – pois sabemos o quanto é desastroso algo tentar ser engraçado e não conseguir –, é preciso também dizer que <i>Frozen</i> é um filme MUITO, muito lindo. Um dos filmes mais bonitos visualmente da história das animações Disney, e um dos mais originais também. Nas minhas pesquisas sobre o filme, acabei descobrindo que ele foi uma adaptação do conto de fadas <i>The Snow Queen</i>, do brilhante Hans Christian Andersen, conhecido por histórias infantis como <i>A Pequena Polegar</i>, <i>O Patinho Feio</i> e <i>A Pequena Sereia</i>. Também trabalhando com magia de uma forma muito interessante, já que toda essa parte do enredo é focada na confusa personagem Elsa (e o autocontrole do medo, das emoções e do mau que há dentro de cada um são propostas abordadas), acho que, obviamente, algo que torna <i>Frozen</i> único é a temática inverno e gelo. São temáticas que, ninguém pode negar, são moda, e que quando trabalhadas de forma criativa e com significado acabam se tornando memoráveis. Tornou-se uma das cenas mais memoráveis da história dos filmes animados a cena em que Elsa canta <i>Let It Go</i> e constrói seu novo lar. Não é tantas vezes que há tanta magia, emoção, beleza e espírito numa cena, apesar de se tratar de um filme de animação, ramo onde coisas assim são “mais fáceis” de serem encontradas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Aliás, há também outro magnânimo ponto que precisa ser ressaltado: música! Finalmente outro musical da Disney! Para quem foi criado, como eu, assistindo <i>Aladdin</i>, <i>Mulan</i> e afins, ver a Disney tantos e tantos anos sem lançar um musical significativo foi meio doloroso. Mas então eles têm essa brilhante ideia e lançam <i>Frozen</i>, e cá está novamente: um musical poderoso, absurdamente criativo, com belíssimas, divertidas e até poéticas composições, interpretadas por vocais brilhantemente bem escolhidos e poderosos. Kristen Bell cantou lindamente suas canções: Anna tem uma rica quantidade de músicas a ser interpretada, cada uma com seus sentimentos e particularidades de tons e entonações vocais que dependem de muitas características – emocional da personagem, situação em que a mesma se encontra na cena etc. –, e tudo foi corretissimamente defendido pela atriz. Realmente Bell está de parabéns. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Entretanto, perdoem-me, mas eu não posso deixar de me ajoelhar e mais uma vez reverenciar a grandiosa Idina Menzel. A atriz, veterana da Broadway, conhecida mundialmente por ter feito parte do <i>cast</i> original de <i>Wicked</i> (uma das coisas mais lindas que existem nesse mundo, e que você ainda não conferiu, pelo bem do mundo dos musicais, <i>confira</i>), nunca esteve tão brilhante. Elsa foi uma personagem que foi feita para ser dublada por Menzel; eu não poderia imaginar qualquer outra atriz/cantora dando vida vocal à mesma. Por favor: o que foram aquelas músicas cantadas por Idina Menzel? O que foram aquelas notas, aquela emoção intensa e aquela habilidade vocal na segunda vez de <i>For The First Time In Forever</i>? <i>O que foi </i>Let It Go<i>, senhoras e senhores</i>?? Que mulher/cantora é essa?!</span><br />
<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<center>
</center>
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span> <br />
<center>
<object classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" height="250" id="gsPlaylist9458017994" name="gsPlaylist9458017994" width="250"><param name="movie" value="http://grooveshark.com/widget.swf" /><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=94580179&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://grooveshark.com/widget.swf" width="250" height="250"><param name="wmode" value="window" /><param name="allowScriptAccess" value="always" /><param name="flashvars" value="hostname=grooveshark.com&playlistID=94580179&p=0&bbg=000000&bth=000000&pfg=000000&lfg=000000&bt=FFFFFF&pbg=FFFFFF&pfgh=FFFFFF&si=FFFFFF&lbg=FFFFFF&lfgh=FFFFFF&sb=FFFFFF&bfg=666666&pbgh=666666&lbgh=666666&sbh=666666" /><span><a href="http://grooveshark.com/search/playlist?q=de%20Chris%20Buck%20e%20Jennifer%20Lee%2C%20FROZEN%20(2013)%20Breno%20Torres" title="de Chris Buck e Jennifer Lee, FROZEN (2013) by Breno Torres on Grooveshark">de Chris Buck e Jennifer Lee, FROZEN (2013) by Breno Torres on Grooveshark</a></span></object></object></center>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="text-indent: 21.3pt;">Deu para perceber o quanto</span><span style="text-indent: 21.3pt;"> </span><i style="font-family: inherit; text-indent: 21.3pt;">Frozen</i><span style="text-indent: 21.3pt;"> </span><span style="text-indent: 21.3pt;">significou para mim, certo? Se você ainda não assistiu, assista! </span><span style="font-family: inherit;">Concorda, discorda de algo? Tem alguma ideia, algum ponto de vista a acrescentar? Escreva nos comentários!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3475263787538845968.post-87419578788431954302014-01-21T17:04:00.000-08:002015-02-06T08:30:05.810-08:00carta ao Leitor: Sendo sincero<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Sendo sincero: eu nunca prossegui com um projeto
pessoal de Blog. Já tentei bastante, é claro, pra chegar a essa conclusão.
Sempre acabava num domínio do Blogger abandonado com quatro ou cinco posts
pessoais; uma vez durou mais que isso. Durou um ano. Mas, ainda assim, chegou
ao fim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E chegou ao fim – também confesso – por preguiça.
Falta de vontade de continuar. Preguiça de divulgar, preguiça de escrever,
preguiça de postar, preguiça de estar ali sozinho. Medo de estar ali sozinho, também,
de certa forma. Nunca gostei de estar sozinho em projetos; me sinto mais
acolhido e bem quando estou em algo com alguém. As coisas fluem melhor, correm
de uma forma mais natural – até meu fluxo acontece corre de forma mais
aceitável e divertida. Nunca vi muita graça em estar sozinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Só que as coisas mudaram. Mudaram quando
precisei ficar sentimentalmente sozinho para me ver mais feliz. Acabei
descobrindo exatamente isso que eu acabei de dizer: ficar sozinho significava
me sentir bem. Se isso era possível emocionalmente – como está se provando ser
(você também ficaria se se metesse em tantas furadas amorosas como eu me meti) –,
por que não no âmbito profissional também?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E foi assim que comecei a meter a cara
nas coisas. Meti tanto a cara que, agora, estou finalmente escrevendo algo que
possivelmente se tornará meu primeiro livro, estou a todo fôlego como
colaborador no Blog de uma grande amiga (o querido e inesquecível <a href="http://mon-autre.blogspot.com.br/" target="_blank">Meu Outro Lado</a>) e, finalmente, criando um projeto online pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Eu passei um tempo pensando sobre ele,
sobre essa ideia de realmente prosseguir com um Blog – mesmo após eu tendo
deixado tantos de mão – e, enquanto escrevo este texto, ainda ninguém sabe
sobre a existência dele. Sempre fui do tipo de pessoa que externou tudo para todo
mundo ver e ouvir; nunca comecei algo sem antes contar a ideia para alguém e
discuti-la. Porém, vi há algum tempo aquela magnífica entrevista de J. K.
Rowling nos Estados Unidos, para discutir o lançamento de seu também magnífico
livro,<i> Casual Vacancy</i>, e algo que ela
disse realmente me fez pensar. Ela disse precisar de um tempo, de um espaço só
para si; de um espaço para, só com ela mesma, pensar nas ideias e propostas que
tinha para escrever e viver. E, assistindo àquilo, vi que, sinceramente?, talvez
seja isso que eu precise. Preciso de introspecção. Preciso pensar só comigo as
coisas e decidir fazê-las ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Mas com meu histórico de desistências, obviamente
eu nem tentar começar queria. Uai, pra quê? Pra ocupar mais um nome de Blog que
talvez alguém um dia pense e queira usar pra levar pra frente – pra realmente
levar pra frente – um projeto próprio? Mas foi aí que uma coisa me apareceu.
Uma coincidência que me fez prosseguir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">A coincidência foi estar considerando a
ideia do projeto e isso surgir na minha Timeline do Facebook:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://scontent-a-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-prn2/t1/1549512_258340764329848_186031567_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://scontent-a-mia.xx.fbcdn.net/hphotos-prn2/t1/1549512_258340764329848_186031567_n.png" width="285" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">E cá estou eu. Antes tentar e falhar que
desistir antes mesmo de ter ao menos tentado. Clichê e sábio (aliás, cá está
uma pessoa que ama clichês, se querem saber).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Neste Blog, pretendo trabalhar com as
diversas áreas da arte, comentando, informando, expondo e opinando sobre as
coisas que costumam me interessar: Literatura, Cinema, Séries etc. Talvez vez
ou outra ajam coisas pessoais, apesar do objetivo deste projeto não ser esse;
sempre estarei tentando manter isso ativo. Realmente, dessa vez, vou tentar
manter tudo de pé. Até porque estou animado e comprometido com a ideia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Não prometo que não vou desistir, até
porque, apesar de estar mudando, eu me conheço. Mas, que não vou desistir sem
antes bastante ter me esforçado, eu prometo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/1531886_688448034509693_846087772_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/1531886_688448034509693_846087772_n.png" width="292" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: inherit;">Aproveite!</span><span style="font-family: Georgia, serif;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00056013420188514656noreply@blogger.com0