Sendo sincero: eu nunca prossegui com um projeto
pessoal de Blog. Já tentei bastante, é claro, pra chegar a essa conclusão.
Sempre acabava num domínio do Blogger abandonado com quatro ou cinco posts
pessoais; uma vez durou mais que isso. Durou um ano. Mas, ainda assim, chegou
ao fim.
E chegou ao fim – também confesso – por preguiça.
Falta de vontade de continuar. Preguiça de divulgar, preguiça de escrever,
preguiça de postar, preguiça de estar ali sozinho. Medo de estar ali sozinho, também,
de certa forma. Nunca gostei de estar sozinho em projetos; me sinto mais
acolhido e bem quando estou em algo com alguém. As coisas fluem melhor, correm
de uma forma mais natural – até meu fluxo acontece corre de forma mais
aceitável e divertida. Nunca vi muita graça em estar sozinho.
Só que as coisas mudaram. Mudaram quando
precisei ficar sentimentalmente sozinho para me ver mais feliz. Acabei
descobrindo exatamente isso que eu acabei de dizer: ficar sozinho significava
me sentir bem. Se isso era possível emocionalmente – como está se provando ser
(você também ficaria se se metesse em tantas furadas amorosas como eu me meti) –,
por que não no âmbito profissional também?
E foi assim que comecei a meter a cara
nas coisas. Meti tanto a cara que, agora, estou finalmente escrevendo algo que
possivelmente se tornará meu primeiro livro, estou a todo fôlego como
colaborador no Blog de uma grande amiga (o querido e inesquecível Meu Outro Lado) e, finalmente, criando um projeto online pessoal.
Eu passei um tempo pensando sobre ele,
sobre essa ideia de realmente prosseguir com um Blog – mesmo após eu tendo
deixado tantos de mão – e, enquanto escrevo este texto, ainda ninguém sabe
sobre a existência dele. Sempre fui do tipo de pessoa que externou tudo para todo
mundo ver e ouvir; nunca comecei algo sem antes contar a ideia para alguém e
discuti-la. Porém, vi há algum tempo aquela magnífica entrevista de J. K.
Rowling nos Estados Unidos, para discutir o lançamento de seu também magnífico
livro, Casual Vacancy, e algo que ela
disse realmente me fez pensar. Ela disse precisar de um tempo, de um espaço só
para si; de um espaço para, só com ela mesma, pensar nas ideias e propostas que
tinha para escrever e viver. E, assistindo àquilo, vi que, sinceramente?, talvez
seja isso que eu precise. Preciso de introspecção. Preciso pensar só comigo as
coisas e decidir fazê-las ou não.
Mas com meu histórico de desistências, obviamente
eu nem tentar começar queria. Uai, pra quê? Pra ocupar mais um nome de Blog que
talvez alguém um dia pense e queira usar pra levar pra frente – pra realmente
levar pra frente – um projeto próprio? Mas foi aí que uma coisa me apareceu.
Uma coincidência que me fez prosseguir.
A coincidência foi estar considerando a
ideia do projeto e isso surgir na minha Timeline do Facebook:
E cá estou eu. Antes tentar e falhar que
desistir antes mesmo de ter ao menos tentado. Clichê e sábio (aliás, cá está
uma pessoa que ama clichês, se querem saber).
Neste Blog, pretendo trabalhar com as
diversas áreas da arte, comentando, informando, expondo e opinando sobre as
coisas que costumam me interessar: Literatura, Cinema, Séries etc. Talvez vez
ou outra ajam coisas pessoais, apesar do objetivo deste projeto não ser esse;
sempre estarei tentando manter isso ativo. Realmente, dessa vez, vou tentar
manter tudo de pé. Até porque estou animado e comprometido com a ideia.
Não prometo que não vou desistir, até
porque, apesar de estar mudando, eu me conheço. Mas, que não vou desistir sem
antes bastante ter me esforçado, eu prometo.
Aproveite!
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